Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
4 min de leitura
0 comentários
O raro Toyota Avensis 2.0 nunca vingou no Brasil, mas oferecia motor confiável, 12 km/l de consumo, 720 km de autonomia e espaço de sedã médio europeu.
Enquanto modelos como Corolla e Hilux conquistaram o coração do público brasileiro, o Toyota Avensis permaneceu como um sedã quase desconhecido por aqui. Produzido na Europa e focado em mercados do Velho Continente e da Ásia, o carro nunca teve grande destaque na América Latina, mas reunia características que poderiam ter feito dele um sucesso por aqui: motor 2.0 confiável, consumo equilibrado, autonomia generosa e espaço interno digno de sedã médio europeu.
Hoje, ele é lembrado como um dos Toyotas “fantasmas” do mercado brasileiro, que apareceu em poucas unidades importadas, mas que poderia ter disputado mercado com sedãs médios e grandes, como Honda Accord, Nissan Primera e até mesmo alguns Volkswagen Passat.
Motor 2.0 confiável e duradouro
O grande trunfo do Avensis era o seu motor 2.0 16V a gasolina, integrante da consagrada família de motores Toyota.
-
Kia K4 2025 conquista o topo em crash test e mostra evolução surpreendente
-
Lembra do Corsa? Modelo retorna de forma triunfal com 800 cv, 320 km/h, aceleração de 0 a 100 km/h em 2s e presente no mundo real e virtual
-
Carros da F1 de 2026 podem alcançar velocidades incríveis de 400 km/h
-
Toyota lança carro com design do Prius e mecânica do Yaris Cross! Hatch híbrido com motor 1.5 é comparado com Honda Fit; conheça o Toyota Aqua, modelo lançado no Japão
Entregava em média 145 a 150 cv de potência e torque próximo de 19 kgfm, com câmbio manual ou automático de quatro marchas em algumas versões mais antigas.
O foco nunca foi esportividade, mas sim a durabilidade mecânica e o baixo custo de manutenção. Donos do modelo na Europa relatavam a facilidade em rodar centenas de milhares de quilômetros sem maiores problemas, algo que se encaixa perfeitamente no DNA da Toyota, conhecida mundialmente por construir carros “inquebráveis”.
Consumo equilibrado e autonomia de viagem
Outro ponto que chamava atenção era o consumo. Para um sedã médio de mais de 1,4 tonelada, o Avensis tinha médias competitivas: fazia até 12 km/l em rodovias e cerca de 9 km/l em ciclo urbano.
Com um tanque de 60 litros, isso se traduzia em autonomia superior a 720 km em estrada, um número que até hoje impressiona. Essa eficiência combinada ao motor robusto o tornava ideal para quem queria conforto sem abrir mão de economia em viagens longas.
O Avensis era classificado como sedã médio-grande, com dimensões generosas:
- Comprimento: cerca de 4,60 metros
- Entre-eixos: 2,70 metros
- Porta-malas: acima de 500 litros
Esses números garantiam ótimo espaço interno para cinco adultos e ainda uma capacidade de bagagem acima da média. No mercado europeu, o Avensis era visto como uma alternativa mais refinada e espaçosa que o Corolla, ocupando o degrau logo abaixo do Camry.
No Brasil, essa configuração teria agradado famílias e executivos que buscavam conforto para longas viagens e uso diário sem recorrer a modelos premium de marcas alemãs.
Equipamentos e tecnologia da época
Apesar de não ser um sedã de luxo, o Avensis trazia uma lista de equipamentos bastante completa para sua época:
- Ar-condicionado automático digital
- Bancos de couro em versões mais completas
- Airbags frontais e laterais
- Freios ABS com EBD
- Piloto automático
- Sistema de som de alta qualidade com CD player e múltiplos alto-falantes
Esses itens reforçavam a proposta de ser um carro confortável e tecnológico, ainda que sem os exageros de preço dos modelos premium.
Por que o Avensis nunca vingou no Brasil?
Apesar de tantos atributos, o Avensis não teve grande penetração no mercado nacional. Entre os principais fatores estão:
Posicionamento confuso: no Brasil, o Corolla já cumpria o papel de sedã médio, e o Camry representava o degrau superior. O Avensis ficava em uma espécie de limbo entre os dois.
Importação limitada: como o carro era produzido na Europa, os custos de importação tornavam o preço pouco competitivo frente a rivais locais e ao próprio Corolla.
Falta de divulgação: a Toyota nunca apostou em campanhas fortes para o Avensis no Brasil, deixando-o praticamente desconhecido do grande público.
Mercado fechado: os brasileiros sempre tiveram maior apelo por SUVs e picapes, além do Corolla que já era líder de vendas. O Avensis não tinha espaço para competir.
Um Toyota raro que deixou legado
Apesar de nunca ter vingado por aqui, o Avensis deixou seu legado como um dos sedãs médios mais confiáveis da Toyota. Na Europa, era visto como rival de peso para Volkswagen Passat, Opel Vectra e Ford Mondeo, sempre elogiado pela robustez mecânica e pelo espaço interno.
No Brasil, se tivesse recebido maior atenção, poderia ter se posicionado como uma alternativa interessante para quem buscava algo maior que o Corolla, mas mais acessível que o Camry. Hoje, é lembrado apenas por entusiastas e colecionadores, tornando-se um Toyota raro e curioso para quem gosta de descobrir histórias automotivas que ficaram à margem do grande mercado.
O sedã que poderia ter feito história
O Toyota Avensis foi um carro completo para sua época: motor 2.0 confiável, consumo de até 12 km/l, autonomia de 720 km, espaço interno de sedã médio europeu e acabamento de qualidade. No entanto, por escolhas de mercado e estratégias comerciais, ele acabou sendo um ilustre desconhecido no Brasil.
Se tivesse recebido maior investimento, talvez hoje fosse lembrado ao lado do Corolla como um dos grandes sucessos da Toyota por aqui. Para quem aprecia carros diferentes e gosta de modelos fora do óbvio, o Avensis segue como um daqueles exemplos de “oportunidade perdida” no mercado nacional.
-
-
3 pessoas reagiram a isso.