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O sedã premium Renault que tentava ser rival de Accord e Fusion, mas nunca chegou as ruas brasileiras; esbanjava motor 3.0 V6 de 240 cv e 700 km de autonomia

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 03/09/2025 às 11:12
O sedã premium Renault que tentava ser rival de Accord e Fusion, mas sumiu das ruas mesmo oferecendo motor 3.0 V6 de 240 cv e 700 km de autonomia
Foto: O sedã premium Renault que tentava ser rival de Accord e Fusion, mas sumiu das ruas mesmo oferecendo motor 3.0 V6 de 240 cv e 700 km de autonomia
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Renault Latitude foi sedã executivo com motor V6 de 240 cv, autonomia de 700 km e conforto premium, mas nunca chegou oficialmente ao Brasil.

O Renault Latitude nasceu como uma aposta ousada para disputar o segmento dos sedãs grandes e executivos. Ele foi lançado em mercados como Europa, Ásia, Austrália e México, onde chegou a ser vendido como Safrane. Sua missão era clara: enfrentar rivais consagrados como Honda Accord, Toyota Camry e Ford Fusion V6.

Fabricado pela subsidiária sul-coreana Renault Samsung Motors, o Latitude combinava o refinamento europeu da marca com soluções práticas do mercado asiático. Embora tivesse potencial para atrair consumidores brasileiros, nunca foi oferecido oficialmente no país, o que contribuiu para que permanecesse praticamente desconhecido por aqui.

Motor V6 de 240 cv: potência e suavidade

No topo da gama, o Latitude era equipado com um motor 3.5 V6 a gasolina, que entregava 240 cv de potência e cerca de 31 kgfm de torque.

O câmbio automático de seis marchas completava o conjunto, garantindo trocas suaves e um rodar silencioso.

Esse motor proporcionava aceleração de 0 a 100 km/h em pouco mais de 9 segundos e velocidade máxima próxima de 220 km/h.

Não era um carro com pretensões esportivas, mas sim um sedã pensado para oferecer conforto em estradas e confiança em ultrapassagens, sem abrir mão de desempenho consistente.

Consumo e autonomia dignos de um executivo

Apesar do porte avantajado e da motorização potente, o Renault Latitude registrava números respeitáveis de eficiência.

Suas médias giravam em torno de 7,5 km/l na cidade e 10 km/l em rodovias, resultados adequados para um sedã grande V6.

Com um tanque de 70 litros, a autonomia ultrapassava os 700 km em estrada, permitindo longas viagens sem paradas frequentes para abastecimento — uma característica que reforçava seu perfil executivo e rodoviário.

Espaço e conforto de sedã europeu

Outro destaque do Latitude era o interior. Com 4,89 metros de comprimento e 2,76 metros de entre-eixos, oferecia cabine ampla para cinco adultos viajarem com tranquilidade.

O porta-malas de 477 litros atendia bem famílias em deslocamentos longos.

O pacote de conforto era generoso para os padrões da época:

  • Bancos dianteiros com ajustes elétricos e memória
  • Revestimento interno em couro
  • Ar-condicionado digital dual zone
  • Sistema de som premium Bose
  • Piloto automático
  • Sensores de chuva e de luminosidade

Esse conjunto o colocava em igualdade de condições com Accord e Fusion, além de ser uma alternativa mais acessível que o Toyota Camry em alguns mercados internacionais.

Por que nunca veio ao Brasil?

Mesmo com bons argumentos técnicos, a Renault decidiu não trazer o Latitude ao Brasil. A estratégia da marca era concentrar esforços em modelos mais populares e lucrativos, como Logan, Sandero e Duster.

Além disso, o segmento de sedãs grandes já enfrentava queda de participação no mercado nacional, justamente por conta da ascensão dos SUVs.

Concorrer contra Accord, Camry e Fusion exigiria investimento em marketing e pós-venda que a Renault não estava disposta a fazer.

Assim, o Latitude permaneceu como um carro global, mas restrito a mercados onde havia demanda maior por sedãs grandes.

Um sedã esquecido, mas cheio de atributos

O Renault Latitude é hoje um carro pouco lembrado, até mesmo nos países onde foi vendido. Mas seus atributos permanecem marcantes: motor V6 de 240 cv, consumo equilibrado, autonomia de 700 km e cabine espaçosa e refinada.

No Brasil, tornou-se apenas uma curiosidade automotiva — um modelo que poderia ter oferecido uma opção diferente aos consumidores que buscavam um sedã premium, mas que nunca chegou a ver nossas ruas de forma oficial. dominado por poucos.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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