O presidente argentino Javier Milei declarou que deseja retomar a soberania das Ilhas Malvinas. Este tema, que é uma questão sensível e unificadora para os argentinos, gerou uma resposta do Brasil, que reafirmou seu apoio à Argentina na disputa.
Em um momento de fortalecimento militar com a aquisição das caças F-16 da Dinamarca, o presidente argentino Javier Milei afirmou que quer as Ilhas Malvinas de volta. Esta declaração reacende um tema histórico entre Argentina e Reino Unido.
O Brasil, mantendo sua posição histórica, reafirma o apoio aos direitos legítimos da Argentina sobre as Ilhas Malvinas, mesmo com a diferença política entre os governos dos dois países.
Perdidas para o Reino Unido em uma guerra em 1982, as Ilhas Malvinas são vistas como um símbolo de orgulho nacional para Argentina
As Ilhas Malvinas, conhecidas como Falklands pelos britânicos, são uma questão sensível para a Argentina. Perdidas para o Reino Unido em uma guerra em 1982, as ilhas são vistas como um símbolo de orgulho nacional e são constantemente defendidas por diferentes governos argentinos.
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Em uma recente declaração, o presidente Javier Milei reafirmou o desejo de recuperar as ilhas. Em uma entrevista ao jornal “La Nación“, Milei disse: “Tivemos uma guerra que perdemos e temos de fazer todos os esforços para recuperar as ilhas pelos canais diplomáticos. Óbvio que vou defender as Malvinas.”
A posição do Reino Unido permanece firme em defesa do direito de autodeterminação dos habitantes das ilhas, que preferem permanecer no domínio sob britânico.
Historicamente, a disputa pelas Ilhas Malvinas começou no século XVIII e até hoje gera atritos. A Argentina considera como ilhas parte de seu território, baseando-se na descoberta pelo navegador português Fernão de Magalhães em 1520. O Reino Unido, por outro lado, afirma que a descoberta foi feita por John Davis em 1592.
Durante a Guerra das Malvinas em 1982, a Argentina, sob uma junta militar, acreditou que o Reino Unido não travaria uma guerra tão distante. No entanto, o Reino Unido invejou uma poderosa frota naval, resultando numa guerra de 74 dias que deixou 255 baixas britânicas e 649 argentinas, com vitória britânica.
Brasil, embora oficialmente neutro durante a guerra, ofereceu apoio logístico à Argentina
O Brasil, embora oficialmente neutro durante a guerra, ofereceu apoio logístico à Argentina e mediou as negociações de paz. Hoje, o Brasil mantém seu apoio à reivindicação argentina. Em nota oficial, o Itamaraty reafirmou: “O Brasil reafirma seu apoio aos direitos legítimos da Argentina na disputa de soberania com o Reino Unido sobre as Ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos periféricos.”
Apesar das diferenças políticas entre os governos do Brasil e da Argentina, ambos os países sul-americanos concordam na questão da descolonização das Ilhas Malvinas. Uma nota do Itamaraty destaca a necessidade de um ambiente de confiança para a retomada das negociações bilaterais, conforme recomendado pelas resoluções da ONU.
Essa disputa contínua entre Argentina e Reino Unido sobre as Ilhas Malvinas permanece um ponto de tensão, com o Brasil reiterando seu apoio à Argentina. A declaração de Javier Milei reacende um debate histórico, mostrando que a questão das Ilhas Malvinas ainda é um tema importante e delicado na política internacional.