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Ferrovia moderna ligando Salvador a Feira de Santana promete transformar o transporte no Nordeste com velocidade, sustentabilidade e integração logística. Projeto ganha força e pode virar modelo nacional.
O governo federal assumiu oficialmente recentemente o projeto do novo trem brasileiro que interligará Salvador a Feira de Santana, na Bahia.
Idealizada inicialmente pela CCR Metro Bahia e TIC Bahia Ltda., a iniciativa prevê um sistema ferroviário misto — passageiros e carga — com cerca de 98 km de extensão, projetado para rodar a até 160 km/h e reduzir o tempo de deslocamento para apenas 35 minutos.
Mais do que um modal de transporte, esse novo trem brasileiro representa uma transformação logística, urbana e ambiental em uma das regiões mais densamente trafegadas do Nordeste.
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Com foco pioneiro em mobilidade interurbana, o projeto foi incorporado ao Programa Nacional de Infraestrutura Logística, com apoio técnico e financeiro do Ministério dos Transportes.
A autorização concedida pela ANTT à TIC Bahia, usando o modelo de outorga e sem necessidade de licitação, acelera o cronograma.
Agora, o projeto entra na fase de consultas públicas, licenciamento ambiental e captação de R$ 6,8 a 7 bilhões para viabilizar o empreendimento.
A ligação ferroviária deverá contemplar oito estações de passageiros e dois pátios de carga, incluindo conexões com o metrô de Salvador, VLT e terminal rodoviário de Águas Claras.
O traçado passará por municípios como Simões Filho, Candeias, Santo Amaro e Amélia Rodrigues, reforçando a integração metropolitana e o potencial de desenvolvimento urbano local.
Benefícios do novo trem brasileiro na Bahia
Atualmente, a viagem entre Salvador e Feira de Santana pela BR‑324 leva em média 1 hora e 11 minutos — podendo se estender até 2 horas em horários de pico.
Com o novo trem brasileiro, esse trajeto será reduzido para apenas 35 minutos, superando a maioria dos trajetos metroviários urbanos da região.
O sistema oferecerá integração com modal metroviário, VLT, ônibus e rodoviário, dinamizando conexões porta a porta e diminuindo a dependência de rodovias saturadas.
Isso tende a aliviar os cerca de 40 mil veículos que trafegam diariamente pela BR‑324, incluindo cerca de 800 mil usuários do metrô e VLT de Salvador.
Impacto econômico e desenvolvimento regional
O trem terá capacidade de escoar cargas a até 120 km/h, favorecendo o transporte de produtos industriais, agrícolas e matérias-primas entre Feira e o porto da Baía de Todos‑os‑Santos.
Isso reforçará o papel de Feira como entroncamento estratégico — a cidade possui um PIB superior a R$ 10 bilhões e é o principal centro industrial do interior da Bahia.
Espera-se que a nova ferrovia instigue a valorização imobiliária e atraia investimentos nos municípios beneficiados, fomentando centralidades urbanas emergentes e beneficiando cerca de 4 milhões de pessoas que vivem nas regiões metropolitanas de Salvador e Feira.
Sustentabilidade e tecnologia ferroviária
Operando 100% elétrica e substituindo veículos com alto consumo de combustível e emissões, o novo trem brasileiro reduzirá significativamente o CO₂ emitido na BR‑324.
Além disso, o menor fluxo de caminhões diminui o desgaste das rodovias, reduzindo custos públicos.
O sistema será de bitola larga (1.600 mm), com eletrificação em 25 kV e controles digitais no padrão ETCS Nível 2.
Cronograma do novo trem brasileiro
Fase técnica e traçado: concluída maio/2025, sob responsabilidade da TIC Bahia e ANTT.
Consultas públicas e licenciamento ambiental: previstas para os próximos 3 anos, seguindo estimativas do cronograma até 2033.
Captação de R$ 6,8–7 bi: recursos já estimados para início da obra em até três anos.
Construção e implantação: estimada entre 2028‑2032, com operação plena a partir de 2033.
Embora ainda faltem detalhes sobre operadora, prazo final e financiamento, o cronograma anunciado é agressivo e muitos técnicos avaliam o plano como viável, considerando o trâmite atual.
O governo federal decidiu centralizar os estudos e ações para coordenar com eficiência a execução.
Exemplo nacional em infraestrutura ferroviária
O sucesso do novo trem brasileiro pode ser estratégico para replicar o modelo em outras regiões do país, como Pernambuco, Ceará e Goiás, onde projetos similares de trens urbanos estão em pauta.
O foco em infraestrutura ferroviária reflete uma mudança na matriz de mobilidade nacional, hoje dominada pelo transporte rodoviário.
Recentemente, o Metrô de Salvador bateu recorde diário de 435 mil passageiros (abril/2025), com crescimento de 4% no acumulado de 2025, reforçando a aceitação e a necessidade de ampliação dos transportes sobre trilhos na região.
Aprovado o projeto, o novo trem brasileiro poderá revolucionar a mobilidade e estimular o desenvolvimento econômico, social e ambiental da Bahia.
Você acredita que esse trem realmente tem potencial para tornar-se referência nacional e inspirar outros estados?
Posso estar enganado mas a foto do trem muito parecido com o viaduto 13 em vespasiano correia RS o mais alto da América Latina com 110 metros de altura
Que coisa boa. Valorizar o povo baiano, um povo que sofre com preconceitos o tempo todo. Parabéns aos gestores envolvidos.
Vai ficar pronto nos próximos 500 anos. E olhe lá.