Com uma propulsão nuclear que gera o equivalente a 80.000 cavalos de potência, a frota de quebra-gelos Arktika é a peça-chave da estratégia russa para controlar a Rota do Mar do Norte
Nas águas congeladas do Ártico, onde o gelo pode atingir 3 metros de espessura, a Rússia opera uma máquina sem igual. O Arktika, líder da classe de quebra-gelos Projeto 22220, é o maior e mais potente do mundo, um verdadeiro titã projetado para garantir o domínio russo na região. A chave para seu poder não está em armas, mas em seu coração: o motor do maior quebra-gelo nuclear do mundo.
Este sistema de propulsão não é apenas uma maravilha da engenharia; é a ferramenta que permite à Rússia exercer controle sobre a Rota do Mar do Norte, uma via marítima que o aquecimento global está transformando em um dos mais valiosos e disputados corredores comerciais do planeta.
O motor do maior quebra-gelo nuclear do mundo e sua tecnologia integral
O segredo da força do Arktika e de seus navios irmãos reside em seus dois reatores nucleares do tipo RITM-200. Desenvolvido pela Rosatom, a corporação estatal de energia atômica da Rússia, este reator deixa para trás o legado dos modelos da era soviética graças a uma inovação fundamental: o design “integral”.
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Neste formato, os principais componentes, como os geradores de vapor, ficam dentro do vaso de pressão principal do reator. Isso torna o sistema 50% mais leve e 45% mais compacto que seus predecessores, ao mesmo tempo em que é 40% mais potente. O combustível usado é o urânio de baixo enriquecimento, o que permite ao reator operar por sete anos contínuos antes de precisar ser reabastecido.
Da energia nuclear à força bruta, o sistema do motor do maior quebra-gelo nuclear do mundo
Para mover o gigante de 33 mil toneladas, o processo de conversão de energia é poderoso e engenhoso. Primeiro, os dois reatores RITM-200 geram, juntos, 350 megawatts de energia térmica. Esse calor ferve a água em um circuito secundário, produzindo vapor a alta pressão.
O vapor, por sua vez, move dois imensos turbogeradores, que convertem a energia térmica em 72 megawatts de eletricidade. Essa eletricidade alimenta três motores elétricos, que entregam uma potência combinada de 60 megawatts (cerca de 80.000 cavalos) diretamente para as três hélices do navio. Essa força colossal é o que permite ao quebra-gelo avançar de forma contínua sobre o gelo mais resistente.
O design para triturar gelo de 3 metros
Toda essa potência, no entanto, seria inútil sem um design de casco igualmente genial, projetado especificamente para a tarefa de triturar gelo. Ao contrário das proas em forma de cunha dos quebra-gelos mais antigos, a classe Arktika possui uma proa arredondada, em formato de “colher”. Esse design permite que o navio deslize para cima da camada de gelo e use seu peso imenso para esmagá-la de cima para baixo.
Outra inovação chave é a capacidade de calado duplo. O navio pode encher ou esvaziar tanques de lastro com milhares de toneladas de água, mudando a profundidade em que flutua. Isso o torna versátil o suficiente para operar tanto no mar profundo do Ártico quanto nos estuários rasos dos grandes rios da Sibéria, onde estão localizados os principais terminais de gás e petróleo da Rússia.
A frota do Projeto 22220 em 2025:,quatro gigantes em operação
A aposta da Rússia no Ártico é clara e contínua. Em meados desse ano, a frota do Projeto 22220 já conta com quatro quebra-gelos nucleares em plena operação: o Arktika (comissionado em 2020), o Sibir (2021), o Ural (2022) e o mais novo, o Yakutiya (2024).
Além desses, mais três navios da mesma classe já estão em diferentes fases de construção no Estaleiro Báltico, com entregas previstas para 2026, 2028 e 2030. O objetivo dessa frota é claro: manter a Rota do Mar do Norte navegável durante os 12 meses do ano, algo essencial para os projetos de exploração de recursos naturais da Rússia.
A arma estratégica, o papel militar e a lacuna de quebra-gelos
Embora sua missão principal seja comercial, o motor do maior quebra-gelo nuclear do mundo também impulsiona uma ferramenta de poder militar. Esses navios são essenciais para garantir a mobilidade da poderosa Frota do Norte da Marinha Russa, incluindo seus submarinos de mísseis balísticos, que formam a espinha dorsal da dissuasão nuclear do país.
A construção em série desses gigantes criou o que analistas chamam de “lacuna de quebra-gelos”. Em 2025, a Rússia opera uma frota moderna e em expansão, enquanto potências ocidentais, como os Estados Unidos e o Canadá, lutam para construir um único navio novo. Essa disparidade não é apenas numérica; ela representa décadas de vantagem na capacidade industrial e na vontade política sustentada para dominar o ambiente mais hostil do planeta.
A MÁQUINA RUSSA NÃO USOU AS MELHORES ARMAS CONTRA A UCRÂNIA MAIS É A MAIOR SUPER POTÊNCIA MILITAR DO MUNDO, QUEM RUIM NÃO TEM JEITO TEM QUE ATURAR.
A Rússia é, sem sombra de dúvidas, a Rainha do Ártico!
Essa vanguarda tecnológica lhe confere uma vantagem estratégica e comercial praticamente impossível de ser alcançada!
Rússia rules, ****!