Motor da Honda CG 125 foi a lenda das duas rodas no Brasil: rodava 200 mil km sem abrir, equipou milhões de motos e se despediu em 2008 após mais de 30 anos de sucesso.
Se existe um motor que pode ser chamado de lenda sobre duas rodas no Brasil, é o da Honda CG 125. Lançada no país em 1976, a CG nasceu com a missão de oferecer uma motocicleta simples, confiável e barata de manter, capaz de enfrentar o asfalto precário e as estradas de terra que ainda dominavam o cenário nacional.
Ao longo de mais de 30 anos de história, a CG 125 equipou milhões de motos e se consolidou como a moto mais popular do Brasil, vendida tanto para uso pessoal quanto profissional. Seu motor monocilíndrico, de baixa cilindrada e manutenção quase artesanal, virou sinônimo de robustez: relatos de unidades que rodavam 200 mil quilômetros sem nunca ter sido aberto ajudaram a criar a aura mítica em torno do modelo.
O motor “varetado” (OHV) da Honda CG 125 deixou de ser produzido em 2008, sendo substituído pelo sistema de corrente (OHC) nas versões mais recentes a partir de 2009. O motor com varetas, presente desde o início da linha da CG 125, era conhecido pela sua extrema durabilidade e resistência, inclusive à falta de óleo, e ainda é procurado por muitas pessoas.
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Simplicidade que virou símbolo
O segredo do sucesso do motor da CG 125 estava justamente na simplicidade. Era um monocilíndrico de quatro tempos, refrigerado a ar, com comando simples e peças fáceis de substituir. Isso permitia que até mecânicos de bairro — e em muitos casos os próprios donos — realizassem manutenções básicas.
A confiabilidade era tamanha que o motor aguentava rodar milhares de quilômetros com combustível de má qualidade e ainda assim entregava consumo impressionante, chegando a superar os 40 km/l em uso moderado.
Não demorou para que a CG se tornasse a principal moto de trabalho do Brasil, utilizada por entregadores, mototaxistas e pequenos comerciantes.
A moto do povo
A Honda CG 125 não foi apenas um veículo: foi um fenômeno cultural. Durante décadas, representou o primeiro veículo motorizado de milhões de brasileiros, principalmente em áreas rurais e cidades pequenas, onde o carro ainda era inacessível.
Com o tempo, a moto também ganhou espaço nas grandes cidades, se tornando símbolo de praticidade e agilidade no trânsito. Nos anos 1990, com o boom das entregas urbanas, a CG 125 consolidou sua imagem de “moto guerreira”, feita para rodar o dia inteiro sem reclamar.
O fim de uma era em 2008
A partir dos anos 2000, as regras de emissão de poluentes e a evolução tecnológica exigiram que o motor da CG 125 carburada fosse substituído. Em 2008, a Honda anunciou o fim da produção dessa versão, abrindo caminho para motores com injeção eletrônica e maior eficiência ambiental.
O fim do motor não significou o fim da moto. A família CG seguiu firme, passando pela versão 150, 160 e hoje segue entre as motos mais vendidas do Brasil. Mas para os apaixonados, a despedida da CG 125 marcou o fim de um ciclo: o de um motor que, com sua simplicidade quase artesanal, ajudou a motorização de massa no país.
Legado e nostalgia
Ao todo, mais de 10 milhões de unidades da Honda CG foram produzidas no Brasil desde seu lançamento em 1976. Grande parte delas saiu de fábrica equipada com o motor 125 que se tornou símbolo de confiança.
Ainda hoje, é possível ver modelos dos anos 1980 e 1990 circulando em perfeito estado, testemunhos vivos da durabilidade desse projeto. Para muitos motociclistas, a CG 125 foi a “escola” onde aprenderam a andar de moto, e também o primeiro veículo que permitiu acesso ao trabalho, à educação ou até mesmo à independência financeira.
O motor da Honda CG 125 não é apenas uma peça de engenharia. É um capítulo da história brasileira, que ajudou a conectar pessoas, encurtar distâncias e transformar o modo de vida de milhões
Sua despedida em 2008 marcou o fim de uma era, mas seu espírito continua rodando pelas ruas e estradas do país. Para muitos, a CG 125 não foi apenas uma moto: foi a companheira de uma vida inteira.
A durabilidade de qualquer motor depende do dono principalmente se exigir muito dele ,sem manutenção nada aguenta,cavalo mal tratado não aguenta o trabalho.
O Fusca de duas rodas.
Eu tenho uma e é muito resistente