Carhenge: monumento com 38 carros velhos que imita Stonehenge em Nebraska recebe 60 mil turistas por ano e virou ícone cultural dos EUA.
No coração dos Estados Unidos, no estado de Nebraska, existe um monumento tão improvável quanto fascinante: o Carhenge. Construído com 38 carros antigos pintados de cinza e posicionados de forma a imitar o enigmático Stonehenge, da Inglaterra, ele se tornou uma das maiores curiosidades automotivas do planeta.
O local recebe, em média, 60 mil visitantes por ano, que viajam até a cidade de Alliance para ver de perto esse espetáculo excêntrico de criatividade, história e cultura pop.
A origem do Carhenge
O Carhenge foi criado em 1987 pelo artista Jim Reinders como homenagem ao pai. Ele e sua família decidiram construir um memorial que não fosse convencional. Inspirados na forma mística de Stonehenge, decidiram recriar o monumento usando algo que fazia parte da identidade americana: carros antigos abandonados.
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Os 38 veículos, a maioria dos anos 1950 e 1960, foram fincados no chão ou empilhados em círculo, seguindo a mesma disposição das pedras de Stonehenge. Para dar ainda mais realismo, todos receberam uma camada de tinta cinza fosco, lembrando o aspecto das rochas milenares da Inglaterra.
Como é o monumento automotivo
O Carhenge tem cerca de 29 metros de diâmetro, a mesma medida do círculo original britânico. Alguns carros foram enterrados verticalmente, como colunas, enquanto outros foram colocados horizontalmente sobre eles, imitando as chamadas pedras de lintel.
O resultado é uma mistura surreal de sucata e arte, que rapidamente atraiu a atenção da mídia internacional.
O que nasceu como uma homenagem pessoal acabou se tornando um dos pontos turísticos mais curiosos dos EUA.
Do estranhamento à fama mundial
Quando foi inaugurado, em 1987, o Carhenge gerou polêmica. Parte da população local considerava a obra uma aberração, um “cemitério de carros” em pleno campo aberto. Com o tempo, no entanto, a atração conquistou o público e passou a ser reconhecida como um ícone cultural de Nebraska.
Hoje, o monumento aparece em guias turísticos, programas de TV e até em documentários sobre a criatividade americana. É comum ver caravanas de entusiastas do automobilismo e curiosos do mundo inteiro posando para fotos no círculo de carros.
Um símbolo pop no meio-oeste americano
Mais do que uma simples instalação artística, o Carhenge virou um símbolo pop. Ele representa a mistura da paixão americana por automóveis com a irreverência cultural que transforma até mesmo sucata em obra de arte.
O monumento também é palco de eventos sazonais, como celebrações do solstício de verão e festivais locais, que reúnem milhares de visitantes. Sua imagem já estampou capas de revistas, cartões-postais e até campanhas publicitárias.
A pequena cidade de Alliance, com pouco mais de 8 mil habitantes, viu no Carhenge uma oportunidade de se colocar no mapa. O fluxo de visitantes trouxe benefícios econômicos, movimentando restaurantes, hotéis e comércios locais.
Estima-se que cerca de 60 mil turistas passem pelo monumento todos os anos, transformando-o em um dos principais pontos turísticos do estado de Nebraska.
O sucesso foi tanto que a prefeitura assumiu a manutenção do local, garantindo que a obra de Jim Reinders continue preservada para futuras gerações.
Carhenge inspira réplicas e debates sobre arte
O impacto do Carhenge não ficou restrito ao Nebraska. O monumento inspirou artistas de outros países a criarem instalações semelhantes, usando carros como substitutos de pedras ou colunas. Além disso, ele é constantemente lembrado em debates sobre a definição de arte, provocando discussões entre críticos, artistas e o público em geral.
Para os moradores da região, no entanto, o Carhenge é parte da identidade local — uma prova de que a criatividade pode transformar até sucata em algo de valor cultural e turístico.
O legado do Carhenge
Hoje, quase quatro décadas após sua construção, o Carhenge permanece firme como um dos monumentos mais excêntricos dos Estados Unidos. Para muitos, ele é um lembrete de que a arte não precisa ser tradicional para emocionar e atrair pessoas.
Ao unir carros velhos e inspiração histórica, Jim Reinders criou algo único, que desafia padrões e prova que até mesmo o improvável pode se tornar memorável. O Carhenge é, acima de tudo, uma cápsula cultural, onde a história automotiva encontra a imaginação artística.