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O metal que não derrete nem em vulcão: conheça o tungstênio, mais denso que o aço e presente em mísseis, brocas, cirurgias e reatores nucleares

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 30/10/2025 às 19:18
O tungstênio é o metal com maior resistência e densidade já registrada, suportando temperaturas extremas acima de 3.400 °C e impulsionando avanços na indústria moderna.
O tungstênio é o metal com maior resistência e densidade já registrada, suportando temperaturas extremas acima de 3.400 °C e impulsionando avanços na indústria moderna. IMAGEM: Emtecorp Esferas e Componentes
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Capaz de resistir a temperaturas superiores a 3.400 °C, o tungstênio é o metal mais resistente já identificado, combinando densidade extrema, estabilidade térmica e condutividade elevada.

O tungstênio é um dos elementos mais impressionantes da Tabela Periódica e também um dos mais estratégicos da indústria mundial. Sua resistência ao calor, densidade superior ao aço e uso em setores críticos como defesa, medicina e energia nuclear fazem dele um protagonista silencioso do progresso tecnológico.

Mais do que um metal raro, o tungstênio é o símbolo da precisão e da durabilidade. Nem mesmo a temperatura de um vulcão é capaz de fundi-lo, e é exatamente essa característica que o torna insubstituível em ambientes onde o erro não é uma opção.

O metal com o ponto de fusão mais alto do planeta

Entre todos os metais conhecidos, o tungstênio ocupa o topo da escala térmica.

Seu ponto de fusão é de 3.422 °C, quase o triplo do ferro e cinco vezes o do alumínio.

Essa resistência faz com que ele mantenha a forma e a função em condições onde qualquer outro material cederia.

Descoberto em 1783 pelos irmãos espanhóis Fausto e Juan José Elhuyar, o tungstênio, também chamado de volfrâmio, recebeu o símbolo químico W, uma homenagem ao mineral volframita, encontrado inicialmente nos Andes peruanos.

Desde então, tornou-se essencial para aplicações em que o calor e a pressão são extremos.

Densidade, condutividade e estrutura cristalina únicas

Além de resistente ao calor, o tungstênio é um dos materiais mais densos da Terra, superando o aço e o titânio.

Essa propriedade, aliada à alta condutividade elétrica e à baixa dilatação térmica, faz dele um componente ideal em equipamentos de precisão e sistemas de alta performance.

Na forma pura, porém, o tungstênio é frágil e difícil de moldar.

Por isso, é frequentemente combinado com outros metais em ligas que equilibram resistência e maleabilidade, permitindo sua aplicação em estruturas aeroespaciais, ferramentas de corte e blindagens táticas.

Da mineração ao metal puro: um processo técnico e controlado

O caminho até o tungstênio metálico é complexo e requer múltiplas etapas.

Ele começa na extração de minerais como volframita, scheelita e ferberita, geralmente associados a rochas graníticas.

As maiores reservas estão na China, Rússia e Canadá, com presença relevante também no Brasil, Vietnã e Portugal.

Após a mineração, o minério é triturado, moído e concentrado para separar o tungstênio de outras substâncias.

Em seguida, passa por torrefação, lixiviação e redução, processos que eliminam impurezas e convertem o material em metal puro.

O resultado é um elemento de altíssima pureza, capaz de atender padrões industriais e militares rigorosos.

Aplicações estratégicas na indústria e na defesa

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O carboneto de tungstênio, uma das formas mais conhecidas do metal, é usado na fabricação de brocas, facas industriais e ferramentas de corte.

Misturado a plásticos ou cerâmicas, melhora a condutividade e a resistência térmica, tornando-se essencial na indústria eletrônica e metalúrgica.

Nas ligas com titânio, molibdênio e tântalo, o tungstênio ganha ainda mais importância. Ele atua em mísseis, blindagens e componentes aeroespaciais.

Já no campo da energia nuclear, é empregado em barras de controle e escudos contra radiação, onde estabilidade e densidade são vitais para a segurança.

A combinação de durabilidade, densidade e estabilidade térmica faz do tungstênio um metal estratégico para qualquer nação industrializada.

Ele está presente em laboratórios, fábricas, hospitais e sistemas militares, sustentando a base tecnológica de setores inteiros sem jamais aparecer sob os holofotes.

Hoje, quando se fala em materiais de alta performance, o tungstênio é referência absoluta, seja no micro de um bisturi ou no macro de um foguete.

Você imaginava que o tungstênio estava tão presente no nosso dia a dia? Deixe sua opinião nos comentários e conte onde mais você acha que esse metal pode estar atuando silenciosamente.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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