Após o colapso da Odebrecht, a venda da Braskem se tornou uma novela de bilhões, com disputas entre o investidor Nelson Tanure, bancos credores e uma Petrobras cada vez mais assertiva sobre o futuro da petroquímica.
O outrora poderoso império Odebrecht, hoje rebatizado como Novonor, está em seus momentos finais. A peça central e mais valiosa de seu desmonte forçado é a sua participação na Braskem, a maior empresa petroquímica da América Latina. A venda da Braskem não é apenas um negócio, é o capítulo final de um dos maiores escândalos de corrupção da história e uma batalha complexa que definirá o futuro do setor no Brasil.
Em 2025, o cenário é de impasse. A gigante de petróleo dos Emirados Árabes, Adnoc, que era a favorita, saiu da disputa. Agora, uma nova proposta do investidor brasileiro Nelson Tanure está na mesa, mas a decisão final depende de um cabo de guerra entre os interesses dos bancos credores e de uma Petrobras fortalecida, que não abre mão de ter mais poder sobre sua sócia estratégica.
A Lava Jato e a maior recuperação judicial da América Latina
A história da venda da Braskem começa com o colapso de sua controladora. O nome Odebrecht ficou mundialmente conhecido pelo seu envolvimento central na Operação Lava Jato, um esquema de corrupção sistêmica que pagou mais de US$ 788 milhões em propinas em 12 países.
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Com a reputação destruída e sem acesso a crédito, o grupo ruiu. Em 17 de junho de 2019, a Odebrecht protocolou o maior pedido de recuperação judicial da história da América Latina, com uma dívida de R$ 98,5 bilhões. O principal ativo para pagar essa conta é, justamente, sua valiosa participação na Braskem.
A joia da coroa e seus problemas: O que está em jogo na venda da Braskem?
Fundada em 2002, a Braskem é um ativo estratégico, sendo a maior produtora de resinas das Américas e líder mundial em biopolímeros. Seu controle, no entanto, é dividido: 50,1% das ações com direito a voto são da Novonor (antiga Odebrecht) e 47% são da Petrobras.
Qualquer comprador não levará apenas a empresa, mas também seus problemas. A Braskem enfrenta uma forte crise no setor petroquímico e, pior, um passivo gigantesco e de custo ainda incerto causado pelo desastre ambiental em Maceió (AL), onde a mineração de sal-gema da empresa causou o afundamento do solo em vários bairros.
A saída da Adnoc e a nova proposta na mesa em 2025
Por meses, a principal interessada na venda da Braskem foi a Adnoc, a estatal de petróleo dos Emirados Árabes. A empresa chegou a fazer uma oferta de R$ 10,5 bilhões pela fatia da Novonor. No entanto, em maio de 2024, a Adnoc anunciou oficialmente que estava retirando sua proposta, mudando todo o cenário da negociação.
Outras empresas brasileiras, como Unipar e J&F, também fizeram propostas. Mas em 2025, o nome mais forte na disputa é o do investidor Nelson Tanure. Sua proposta é considerada a mais viável, pois busca negociar diretamente com os bancos credores e, crucialmente, oferece um papel de maior poder de gestão para a Petrobras.
Por que a venda da Braskem está travada?
A demora na venda da Braskem se explica pelos interesses conflitantes de dois atores que têm o poder de veto. O primeiro é o sindicato de cinco grandes bancos (Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e BNDES). Eles detêm as ações da Braskem como garantia de uma dívida de R$ 15 bilhões. Como o valor de mercado das ações hoje é muito menor que a dívida, os bancos relutam em aprovar uma venda que os forçaria a assumir um prejuízo bilionário.
O segundo ator é a Petrobras. A estatal, que antes também queria vender sua parte, mudou de estratégia sob a nova gestão. Agora, a empresa vê a Braskem como estratégica e exige ter mais poder nas decisões, um alinhamento que qualquer novo dono terá que aceitar.
O futuro incerto de um gigante da petroquímica
Em 2025, a novela da venda da Braskem continua. A proposta de Nelson Tanure parece ser o caminho mais pragmático para destravar o negócio, pois tenta acomodar os interesses de todos. No entanto, o ceticismo dos bancos e a postura assertiva da Petrobras mantêm o futuro da maior petroquímica da América Latina em aberto. O desfecho desta que é uma das maiores negociações do Brasil será o verdadeiro ponto final na história do antigo império Odebrecht.
Estatal da Arábia dona de empresa de refinaria no Brasil, estatal da Itália dona de empresa de energia no brasil,estatais do Canadá dona de empresas de água nas cidades do Brasil,mas o Brasil não pode ter empresa estatais,mas na china comunista todas empresas são estatais e tá lá o PIB de 9%ao ano , enquanto o Br seguindo o consenso de Washington não sai do 4 submundo acorda povo
Graças ao bom Deus um dia o povo Brasileiro haverá de se ver livre de ESTATAIS. São o melhor negócio do mundo para as duas mais odiadas castas do Brasil, os funcionários públicos e os politicos corruptos. Em toda estatal o povo paga a conta e entra com o KHÚ. O ESTADO e o FUNCIONALISMO PUBLICO ficam com o lucro e entram com a PIKHA. E se der prejuízo o povo paga de novo.
Nunca usufruímos de ESTATAIS. Aqui são mosso cancer, nosso fardo, mais uma carga no lombo do povo escravo deste país.