Fabricada por empresas especializadas como a alemã Mecklenburger Metallguss (MMG), o hélice do maior navio cargueiro do mundo é uma maravilha da engenharia, projetada para mover os gigantes de 24.000 contêineres da MSC e Evergreen com máxima eficiência.
No coração dos maiores navios de contêineres do mundo, que rasgam os oceanos em 2025, existe uma peça de engenharia tão colossal que desafia a imaginação. O hélice do maior navio cargueiro do mundo pode pesar mais de 100 toneladas, ter a altura de um prédio de dois andares e custar até 4 milhões de dólares. Feita de uma liga especial de bronze, cobre e níquel, ela é o motor silencioso da economia global.
Esta peça não é apenas grande; ela é o resultado de uma tecnologia de ponta, criada para otimizar o consumo de combustível e a eficiência em um mercado cada vez mais competitivo. Este texto desvenda os segredos por trás da fabricação, do custo e da ciência que permitem a esses gigantes de metal moverem as riquezas do mundo.
A era dos gigantes: como navios como o MSC Irina, lançado em 2023, exigiram hélices cada vez maiores
O tamanho do hélice é uma resposta direta à evolução dos próprios navios. Nas últimas duas décadas, a indústria naval entrou em uma corrida por navios cada vez maiores para obter economia de escala. O marco dessa nova era são os navios da classe “Megamax”, com capacidade para mais de 24.000 contêineres (TEU).
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Um exemplo é o MSC Irina, lançado em março de 2023, que estabeleceu um novo recorde mundial com sua capacidade de 24.346 TEU. Com quase 400 metros de comprimento, esses navios precisam de hélices monumentais para se moverem de forma eficiente. Outro exemplo histórico foi o Emma Maersk, que em 2006 já usava um hélice de 131 toneladas.
A ciência por trás do diâmetro de 10 metros e da liga de bronze-alumínio-níquel
Um hélice do maior navio cargueiro do mundo é um show de engenharia. Seu design de passo fixo é otimizado para a eficiência máxima em velocidade de cruzeiro, uma prática conhecida como “slow steaming” que se tornou padrão após a crise financeira de 2008.
Tamanho e velocidade: para ser eficiente em baixas velocidades, o hélice precisa ser enorme. As dos navios mais modernos têm um diâmetro que varia de 10 a 11,6 metros, o que equivale à altura de um prédio de três andares. Elas giram lentamente, movendo um volume de água gigantesco com menos esforço.
Material: a escolha do material é crucial para resistir à corrosão da água do mar e à cavitação (o fenômeno de bolhas que implodem e destroem o metal). A liga usada é uma bronze-alumínio-níquel (NAB), que forma uma camada protetora de óxido de alumínio, garantindo a durabilidade da peça.
O processo de fabricação na alemã MMG, da impressão 3D do molde ao polimento manual
A fabricação de uma peça de 100 toneladas é um processo que mistura tecnologia de ponta com artesanato. A empresa alemã Mecklenburger Metallguss (MMG), líder mundial no setor, domina esse processo.
O primeiro passo é criar um molde em tamanho real. Antigamente, isso era feito em madeira, mas hoje se usa impressão 3D para criar o padrão. Depois, o molde é preenchido com a liga de bronze derretida a quase 1.000°C. O resfriamento é lento e controlado, podendo levar duas semanas.
Após a fundição, o hélice bruto passa por uma fresadora CNC de 5 eixos que, guiada pelo modelo digital, esculpe as pás com uma precisão de centésimos de milímetro. O acabamento final, no entanto, é feito à mão por artesãos que polem a superfície até ela ficar com um brilho espelhado.
O preço da potência: o custo de US$ 2,5 milhões por hélice e o retorno do investimento em menos de um ano
O custo de um hélice do maior navio cargueiro do mundo é alto, mas se paga. Embora o valor de US$ 4 milhões seja plausível para um pacote completo de propulsão, um hélice sozinho custa, em média, de US$ 1 milhão a US$ 2,5 milhões.
O investimento se justifica pela economia de combustível. Uma pequena melhora de 3% na eficiência, por exemplo, pode economizar até US$ 96.000 em uma única viagem de ida e volta entre a Ásia e a Europa. Em alguns casos de modernização de navios (retrofit), um hélice novo, com custo de US$ 650.000, gerou uma economia anual de mais de US$ 1 milhão, pagando o investimento em menos de um ano.
Da suíça MSC à sul-coreana Hanwha Ocean, quem está por trás do hélice do maior navio cargueiro do mundo
A criação de um navio gigante é um esforço global. O dono do navio, como a MSC (Suíça/Itália) ou a Evergreen (Taiwan), encomenda o projeto. O estaleiro, como a sul-coreana Hanwha Ocean ou a chinesa CSSC, constrói o casco.
O motor principal é projetado por um duopólio europeu: a MAN Energy Solutions (Alemanha) ou a WinGD (Suíça/China). Mas a fabricação do hélice em si fica a cargo de poucas fundições especializadas no mundo. A MMG, da Alemanha, é a líder indiscutível, com mais de 60% do mercado de hélices com mais de 80 toneladas, tornando o hélice do maior navio cargueiro do mundo um produto de alta tecnologia com pouquíssimos fabricantes capazes.
Olá! Primeira vez que leio o nome escrito corretamente. Na Marinha, hélice é substantivo masculino! Parabéns ♡
Eu entendo que esse anúncios ajudam a gerar renda, mas PELO AMOR DE DEUS, tá de mais!!!!!!!!! Não dá pra ver a notícia de tanto troço que pula já tela!!!!!!!
Uma ninharia o preço. Os alemães deveriam cobrar pelo ganho marginal em efetividade. Talvez o equivalente a este valor por ano de operação. O Bill Gates faz isso sem poder, com o pacote Office. Alemão não sabe vender. Precisa de Judeu por trás.