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O “Farol” de Trump sobre a CIA na Venezuela – Autorização de Operações Secretas

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 18/10/2025 às 16:24
CIA e Trump na Venezuela: O que está por trás da autorização de operações secretas dos EUA? Entenda os riscos para as forças armadas.
Foto: IA
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CIA e Trump na Venezuela: O que está por trás da autorização de operações secretas dos EUA? Entenda os riscos para as forças armadas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, agitou o cenário geopolítico ao admitir, nesta semana, ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA) na Venezuela.

Este reconhecimento, raro no alto escalão do governo americano, abre um leque de possibilidades sobre as intenções de Washington na América Latina e levanta sérias questões sobre o futuro das relações bilaterais.

O quê a autorização permite? Ela pode dar à CIA a capacidade de realizar ações que variam desde ataques letais a suspeitos de tráfico de drogas até operações mais amplas visando, potencialmente, a mudança de regime do governo de Nicolás Maduro.

A Normatel Engenharia anunciou a abertura de vagas de emprego imediatas para atuação na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), localizada em Ipojuca, Pernambuco. As oportunidades abrangem cargos técnicos e de engenharia, com destaque para o setor de instrumentação, elétrica e planejamento.

Quem autorizou? O próprio presidente Trump.

Onde as operações seriam realizadas? Na Venezuela e possivelmente na região do Caribe.

Como são chamadas essas autorizações? Tecnicamente, são conhecidas como “descobertas presidenciais”.

Por quê a ação foi justificada? Trump apontou que a circulação de “grandes quantidades de drogas” da Venezuela para os EUA seria a razão principal.

Essa revelação acende um alerta global, sobretudo por ser um reconhecimento atípico de ações geralmente classificadas como sigilosas.

A autorização presidencial não requer a aprovação do Congresso, mas tem implicações profundas na política externa e segurança nacional dos EUA.

O poder da “descoberta presidencial” e a ação da CIA

As chamadas “descobertas presidenciais” são mecanismos legais nos EUA que permitem aos presidentes autorizar ações secretas.

Segundo a lei americana, essas operações precisam ser consideradas “necessárias para apoiar objetivos identificáveis de política externa que sejam importantes para a segurança nacional dos EUA“.

Historicamente, essa autorização já deu origem a ataques com drones, financiamento e entrega de armas a grupos insurgentes, além de esforços para a mudança de regime em diferentes países.

No entanto, a maioria desses detalhes permanece sob sigilo.

Mick Mulroy, ex-agente da CIA, explicou que os parâmetros de ação são definidos na própria autorização, mas não há “realmente nenhuma limitação” nem exigência de aprovação do Congresso.

O Congresso só poderia bloquear tais operações por meio de nova legislação ou limitando o financiamento.

O presidente, por sua vez, pode alterar as restrições por meio de novos decretos executivos.

Um caminho “muito perigoso”: Histórico de intervenções dos EUA

A decisão de Trump traz à tona um histórico complexo e, muitas vezes, controverso de intervenções dos EUA em outras nações, especialmente na América Latina.

Uma vez aprovadas pelo presidente, as ações da CIA podem envolver assassinatos seletivos, operações secretas para influenciar a política local ou assistência para equipar grupos armados que buscam derrubar governos.

Há precedentes marcantes. Em 1979, o presidente Jimmy Carter autorizou a CIA a financiar guerrilheiros afegãos contra a invasão soviética.

Anos depois, Ronald Reagan permitiu que a agência estendesse ajuda secreta aos Contras, que tentavam derrubar o governo sandinista na Nicarágua.

Mais recentemente, a Operação Timber Sycamore envolveu o treinamento e apoio a rebeldes sírios.

Dexter Ingram, ex-diretor do Escritório de Combate ao Extremismo Violento do Departamento de Estado, demonstrou preocupação, alertando que o país não possui um “histórico muito admirável” de intervenções.

“Há uma longa história, e nem sempre é positiva. Acho que temos que olhar para a nossa história: é um caminho muito perigoso”, ponderou.

Venezuela sob a lente da segurança nacional americana

No contexto específico da Venezuela, a autorização para a CIA realizar operações secretas não detalha se a agência está, de fato, agindo ou apenas planejando operações de contingência.

Contudo, Trump justificou as ações, incluindo bombardeios navais no Mar do Caribe, alegando o combate ao tráfico de drogas que sai do país sul-americano em direção aos EUA.

As operações seriam sigilosas e poderiam ter diferentes focos contra variados alvos. Organizações como o Tren de Aragua e o Cartel dos Sóis, designadas pelos EUA como terroristas, poderiam ser potenciais alvos de ações paramilitares ou de drones.

Marc Polymeropoulos, veterano de 26 anos da CIA, destacou que a metodologia “encontrar, consertar e acabar” – desenvolvida pela agência durante a “guerra global contra o terror” – poderia ser facilmente adaptada e aplicada a essas redes criminosas na Venezuela.

A presença da CIA e o envolvimento das forças armadas na região, portanto, marcam um novo e tenso capítulo na política externa de Trump em relação à América do Sul.

O mundo observa atentamente as próximas movimentações de Washington.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia, Geopolítica, Economia. Apaixonada por leitura e escrita.

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