Ruoming Pang, ex-Apple, entra para o time da Meta com salário acima de US$ 200 milhões em nova divisão de IA liderada por Alexandr Wang
Na disputa global por talentos em inteligência artificial, a Meta deu um passo ousado com a contratação de um engenheiro. A empresa de Mark Zuckerberg contratou Ruoming Pang, um especialista em IA que atuava na Apple, com um pacote salarial que pode ultrapassar US$ 200 milhões ao longo de alguns anos.
A movimentação impressiona não só pelo valor, mas também pela sinalização clara de que a Meta está determinada a liderar a nova era da superinteligência artificial.
Recrutamento bilionário
O nome de Ruoming Pang ganhou destaque após a divulgação de um relatório que detalha o acordo milionário. De origem chinesa, Pang passará a integrar um novo e discreto laboratório da Meta focado em superinteligência, supostamente sediado na Califórnia.
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O valor prometido a ele — superior a US$ 200 milhões — é considerado um dos maiores já oferecidos para um cargo corporativo, superando inclusive pacotes de muitos CEOs de grandes bancos. A compensação, segundo o relatório, será distribuída ao longo de “vários anos” e está atrelada a metas de desempenho e permanência na empresa.
Isso significa que Pang só terá acesso total ao valor se cumprir as exigências e continuar na Meta por tempo suficiente. Ainda assim, mesmo parcialmente, o montante o coloca entre os engenheiros mais bem pagos do mundo.
De Princeton ao laboratório secreto
A trajetória de Ruoming Pang é extensa. Ele possui graduação em ciência da computação pela Universidade Jiao Tong de Xangai, mestrado pela Universidade do Sul da Califórnia e doutorado pela Universidade de Princeton.
Após concluir os estudos, Pang passou 15 anos no Google, atuando como engenheiro de software principal. Em 2021, ele foi contratado pela Apple, onde liderava uma equipe especializada em modelos de inteligência artificial.
Agora, ele entra para o seleto grupo de especialistas que integram o novo projeto secreto da Meta. O laboratório de superinteligência da empresa já abriga diversos ex-funcionários da OpenAI, criadora do ChatGPT.
Meta acelera corrida da IA
O pacote oferecido a Pang não é um caso isolado. A Meta está investindo pesado na contratação de talentos. Outros nomes recentes incluem Nat Friedman, ex-CEO do GitHub, e Shuchao Bi, ex-Google e cocriador do YouTube Shorts.
De acordo com informações da Bloomberg e da Reuters, a Meta reorganizou suas iniciativas de IA em uma nova divisão chamada Meta Superintelligence Labs. A liderança do grupo ficará nas mãos de Alexandr Wang, ex-CEO da Scale AI.
O foco da divisão será desenvolver sistemas de IA capazes de executar tarefas com a mesma precisão — ou superior — que humanos. A Meta quer se antecipar a rivais como Google, OpenAI e Anthropic, que também investem pesado no setor.
IA já presente no WhatsApp e Instagram
Enquanto isso, os usuários já começam a perceber as mudanças nos produtos da Meta. A empresa lançou recentemente o botão Meta AI no WhatsApp. Ele permite iniciar conversas com um chatbot que responde a perguntas sobre notícias, clima, esportes e outros temas.
O botão também está disponível no Facebook, Messenger e Instagram. Para acessá-lo, basta tocar no ícone em forma de anel azul e roxo.
Apesar de estar visível na interface, a Meta afirma que o botão é opcional. Os usuários não são obrigados a usá-lo. Além disso, uma nova função chamada Processamento Privado deve ser incorporada ao WhatsApp, oferecendo sugestões de escrita e resumos com tecnologia de IA.
Oferta milionária marca novo momento
A contratação de Ruoming Pang e os valores envolvidos mostram o quanto a corrida pela inteligência artificial está aquecida. Segundo o relatório, nem mesmo a Apple tentou cobrir a proposta da Meta, mesmo tendo em Pang o líder de uma área estratégica.
A Meta, por sua vez, demonstra estar disposta a gastar alto para atrair os melhores profissionais. E a estratégia parece clara: montar o time mais forte possível para liderar a próxima fase da revolução tecnológica.