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O dia em que o Sol vai se apagar por 7 minutos: eclipse histórico promete noite em pleno dia no Brasil

Publicado em 03/10/2025 às 22:26
O eclipse histórico de 2186 promete noite em pleno dia no Brasil, quando o Sol será encoberto em totalidade por mais de 7 minutos, permitindo observação inédita da coroa solar e revelando novos dados para a ciência.
O eclipse histórico de 2186 promete noite em pleno dia no Brasil, quando o Sol será encoberto em totalidade por mais de 7 minutos, permitindo observação inédita da coroa solar e revelando novos dados para a ciência.
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Eclipse histórico terá a mais longa duração já registrada e poderá ser observado do Brasil, com direito a “noite em pleno dia”.

Um eclipse histórico já tem data marcada no calendário da astronomia: em 2186, o alinhamento perfeito entre Sol, Lua e Terra deve mergulhar o céu em escuridão total por 7 minutos e 29 segundos, um feito raríssimo para um eclipse solar total. Para o Brasil, a expectativa é de observação privilegiada, com faixas do país vendo a totalidade e outras regiões assistindo à versão parcial do fenômeno.

Mais do que espetáculo, o evento promete abrir novas janelas de estudo sobre a coroa solar e a dinâmica do nosso astro, graças ao tempo de escuridão ampliado. Conforme Xataka, quanto mais longa a totalidade, mais dados cabem em um único eclipse, o que favorece medições finas de temperatura, estrutura e ventos na alta atmosfera solar.

O que torna este eclipse “o mais longo” da era moderna

A raridade do eclipse histórico está na combinação de fatores orbitais que maximizam a duração da sombra da Lua sobre a Terra.

O alinhamento mais preciso, a geometria do trajeto da sombra e a velocidade relativa dos astros trabalham juntos para estender a totalidade a patamares quase inéditos.

Outro ingrediente é a posição orbital que reduz a velocidade aparente da sombra sobre a superfície, fazendo o “passeio” da escuridão durar mais.

Resultado: um intervalo de observação muito acima da média, tempo suficiente para campanhas científicas complexas e imagens de altíssima resolução da coroa solar.

Onde e como ver: Brasil no mapa da totalidade

A faixa de totalidade do eclipse histórico deve cruzar grandes porções do Atlântico, trechos da América do Sul e áreas do continente africano.

Para o público brasileiro, há chance real de observação no território nacional, com milhões de pessoas acompanhando total ou parcialmente o fenômeno.

Mesmo fora do caminho central, a visão parcial do eclipse histórico ainda será marcante: o disco solar parecerá “mordido”, a luz ambiente cai, a temperatura local pode baixar levemente e o comportamento de aves e insetos muda.

Tudo isso em pleno dia, por vários minutos, compondo um cenário que costuma emocionar até quem nunca olhou para o céu.

Ciência em tempo real: o que os pesquisadores vão medir

Durante a totalidade, instrumentos conseguem “apagar” o brilho ofuscante do Sol e dissecar a coroa, camada externa e quentíssima onde se originam jatos, arcos magnéticos e parte das ejeções que afetam comunicações e satélites.

Saber mais sobre essa região ajuda a entender o “clima espacial” e seus impactos no nosso cotidiano tecnológico.

Além da coroa, medir a granulação da fotosfera, o perfil de linhas espectrais e a dinâmica de protuberâncias revela pistas sobre campos magnéticos e aquecimento atmosférico.

Em 7 minutos de escuridão total, dá para repetir sequências, calibrar instrumentos e comparar filtros, aumentando a precisão de cada resultado.

Linha do tempo: eclipses que mudaram a nossa compreensão do Universo

Eclipses longos sempre foram laboratórios naturais.

Em 1919, por exemplo, medir a luz de estrelas “desviada” pelo campo gravitacional do Sol durante um eclipse total ajudou a confirmar previsões da relatividade.

Quanto maior a janela de totalidade, mais robustos os testes — e 7 minutos são ouro para a ciência.

Para o eclipse histórico de 2186, novas técnicas de imagem, sensores e processamento devem extrair detalhes finíssimos da coroa, criando séries temporais que alimentam modelos do ciclo solar.

É a chance de observar o Sol com “olhos” que não existiam em eclipses passados, conectando tradição e vanguarda científica.

O que esperar no dia: sinais de que a totalidade está chegando

Mesmo quem não olha diretamente para cima percebe a aproximação do eclipse histórico.

A luz ambiente fica metálica, as sombras ganham bordas nítidas e em “garras”, e a temperatura pode cair.

Pássaros recolhem-se, vento muda, e, nos instantes finais antes da totalidade, surgem os “contas de Baily” e o famoso “anel de diamante”. É o Sol dando seu último brilho antes da noite breve.

Passada a totalidade, tudo se repete ao contrário, com a luz voltando em segundos e o cotidiano retomando o curso.

O registro desse antes-durante-depois, com fotos e vídeos de diferentes pontos do país, ajuda a ciência cidadã e eterniza a experiência.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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