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O Mercedes-Benz SL 500 R129 vermelho da Princesa Diana — conversível de US$ 130 mil, motor V8 de 322 cv, lançado em 1989 e primeiro carro estrangeiro da realeza britânica a desafiar o protocolo real

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 27/10/2025 às 13:06
O Mercedes-Benz SL 500 R129 vermelho da Princesa Diana combinava motor V8, luxo e polêmica, tornando-se símbolo de independência e modernidade nos anos 90
O Mercedes-Benz SL 500 R129 vermelho da Princesa Diana combinava motor V8, luxo e polêmica, tornando-se símbolo de independência e modernidade nos anos 90
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O conversível Mercedes-Benz SL 500 R129 da Princesa Diana, equipado com motor V8 de 5.0 litros e 322 cv, marcou os anos 90 ao unir luxo, inovação e uma ousada quebra de tradição dentro da realeza britânica.

Em 1991, a Princesa Diana era uma das figuras mais famosas do planeta. Reconhecida pela elegância, carisma e influência, ela vivia sob o olhar atento da imprensa mundial.

Naquele período, os rumores sobre as dificuldades em seu casamento com o Príncipe Charles já ganhavam destaque, e sua imagem pública oscilava entre o glamour e a vulnerabilidade.

Diana também era conhecida por seu gosto refinado por carros potentes, sendo frequentemente fotografada em seu Jaguar XJ-SC V12 verde, um modelo feito sob encomenda, com bancos traseiros adaptados para acomodar seus filhos, William e Harry.

Em setembro de 1990, o Príncipe William iniciou os estudos em um internato e já não cabia no banco traseiro do Jaguar.

Pouco tempo depois, em outubro de 1991, a família realizou uma viagem oficial ao Canadá, onde a imprensa captou o desconforto da princesa durante os compromissos.

Ao retornar, Diana decidiu romper com uma tradição centenária e fez uma escolha que escandalizou o Reino Unido: trocou seu Jaguar britânico por um Mercedes-Benz R129 SL500 vermelho metálico, entregue em dezembro de 1991.

Assim, tornou-se a primeira integrante da Família Real britânica a dirigir, por conta própria, um carro estrangeiro.

A controvérsia do Mercedes vermelho

O gesto foi interpretado como uma afronta simbólica à monarquia e à indústria automobilística britânica.

O Palácio de Buckingham tentou conter a repercussão informando que o veículo, avaliado em US$ 130 mil, havia sido apenas alugado “para uso pessoal” da princesa, e que ela continuaria utilizando um sedã Jaguar em eventos oficiais.

No entanto, a decisão de Diana foi duramente criticada por políticos e sindicatos, que viam o episódio como uma quebra de patriotismo e apoio a indústria inglesa.

Após meses de pressão, em setembro de 1992, a princesa devolveu o carro à Alemanha — não sem antes transformar o modelo em um dos veículos mais comentados da década.

O nascimento de um clássico moderno

O Mercedes-Benz SL500 (R129) surgiu em 1989 como sucessor da consagrada série R107, que esteve em produção por 16 anos. Projetado em 1984 e apresentado no Salão do Automóvel de Genebra, o modelo representava uma nova geração de design e tecnologia.

Seu criador, Bruno Sacco, buscava um equilíbrio entre modernidade e longevidade estética, seguindo o conceito de “afinidade vertical”: cada carro deveria dialogar com o anterior, mas sem se tornar obsoleto. O resultado foi um dos roadsters mais elegantes e reconhecíveis já produzidos pela marca.

Durante seus 12 anos de fabricação, de 1989 a 2001, o R129 consolidou-se como um marco da engenharia automotiva.

O modelo incorporava avanços inéditos em segurança e conforto, tornando-se referência entre conversíveis de luxo. Foi também o primeiro SL equipado com sistemas eletrônicos sofisticados e recursos automatizados, que redefiniram a experiência de dirigir um carro esportivo.

Desempenho e tecnologia de ponta

A SL500 vinha equipada com um motor V8 de 5.0 litros, capaz de gerar cerca de 322 cavalos de potência. Essa configuração proporcionava uma combinação rara de força e suavidade, oferecendo desempenho esportivo sem abrir mão do conforto.

O carro trazia tecnologias pioneiras, como airbags, freios ABS e suspensão adaptativa (ADS), além de santantônios retráteis automáticos — um dispositivo de segurança inovador para a época.

Como roadster completo, o modelo contava com capota de lona elétrica e um teto rígido removível (hardtop), garantindo versatilidade entre o estilo esportivo e o uso cotidiano.

Somado ao acabamento interno luxuoso e ao design inconfundível de Sacco, o veículo tornou-se símbolo de status e modernidade entre as elites globais.

O legado de um ícone

A decisão de Diana de dirigir o Mercedes vermelho consolidou sua imagem como mulher independente, moderna e disposta a desafiar tradições.

Mais do que um carro, o SL500 representou um momento de afirmação pessoal em meio à crise conjugal e à pressão pública. O veículo permaneceu em sua posse por menos de um ano, mas o suficiente para se tornar parte inseparável de sua história.

Hoje, o famoso Mercedes-Benz R129 SL500 da princesa Diana ocupa um lugar de honra no museu da Mercedes-Benz, em Stuttgart, estacionado ao lado do Papamóvel.

Um símbolo de design, tecnologia e, acima de tudo, da liberdade que Diana tanto buscou — dentro e fora das estradas.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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