Utilizado em missões de combate a incêndios florestais, o Supertanker é um colosso dos ares com capacidade de despejar milhares de litros de água em poucos segundos
Com capacidade para transportar 90 mil litros de água por voo, o Boeing 747 Supertanker se destacou como o maior avião de combate a incêndios já operado no mundo.
Projetado para despejar o equivalente a 36 piscinas residenciais em uma única missão, o Supertanker foi adaptado para enfrentar incêndios florestais de grande escala com precisão e velocidade.
Com uma estrutura derivada de um Boeing 747-400, modelo amplamente usado na aviação comercial, essa aeronave foi transformada em uma plataforma aérea de combate ao fogo, equipada com sistemas de dispersão controlada e tanques pressurizados de alta capacidade.
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Como funciona o Supertanker em operações de combate aéreo
O Supertanker foi desenvolvido a partir de um Boeing 747-400, o mesmo modelo amplamente utilizado em voos comerciais internacionais, e transformado em um avião anti-incêndio com estrutura adaptada para missões emergenciais.
Seu tanque interno foi projetado para liberar água ou retardante químico de forma controlada, por meio de um sistema de pressurização.
O despejo pode ser feito em uma única descarga ou dividido em múltiplas passagens, dependendo da intensidade e da extensão das chamas.
Quantos litros o avião despeja e qual a área de cobertura
A aeronave comporta mais de 90 mil litros de água ou retardante, substância utilizada para conter a propagação do fogo.
A área de cobertura por missão pode chegar a três quilômetros de extensão por 45 metros de largura, equivalente a mais de oito campos de futebol lado a lado.
Com esse alcance, o avião que apaga incêndios se mostra fundamental para proteger zonas urbanas, regiões de mata densa e áreas inacessíveis por equipes terrestres.
Capacidade de voo e estrutura operacional do Supertanker
Para suportar todo esse volume, o peso operacional ultrapassa 300 toneladas, equivalente ao de quatro ônibus urbanos completamente lotados.
Mesmo assim, o Supertanker é capaz de atingir velocidades superiores a 900 km/h e executar manobras em baixa altitude com segurança.
A cabine foi modernizada com equipamentos de navegação e monitoramento de última geração, permitindo que as ações aéreas sejam coordenadas com precisão com os brigadistas em solo.
Histórico de atuação em megaincêndios florestais
O avião de combate a incêndios ganhou repercussão internacional ao ser empregado em grandes desastres ambientais, como os incêndios na Califórnia (EUA), no Chile e na região da Amazônia.
Além do despejo de água, o Supertanker atuava como plataforma aérea de observação, identificando focos ativos e áreas de risco para orientar o deslocamento das equipes de resgate.
Custo de operação e aposentadoria da aeronave
Cada hora de voo do Supertanker podia custar mais de US$ 15 mil, valor que exigia articulação entre governos e instituições privadas para viabilizar sua utilização.
Apesar do alto custo, autoridades o consideravam justificável diante dos danos provocados por incêndios florestais descontrolados.
O Supertanker foi operado por empresas especializadas, como a Global Supertanker Services, até ser aposentado em 2021.
Desde então, passou a ser referência para o desenvolvimento de novos modelos de aviões-tanque, com maior eficiência e sistemas de recarga mais ágeis.
Alternativas ao redor do mundo e cenário no Brasil
Hoje, vários países mantêm frotas de aviões anti-incêndio, incluindo modelos como o Airbus A400M, o CL-415 canadense e versões adaptadas do C-130 Hercules.
No Brasil, o foco tem sido no uso de aviões agrícolas adaptados, especialmente em áreas do Cerrado e da Amazônia. Além disso, há estudos sobre cooperação internacional em casos de emergência climática.
O papel das aeronaves no enfrentamento da emergência climática
O aumento na frequência e na intensidade dos incêndios florestais em diversas partes do planeta evidencia a necessidade de tecnologia aérea especializada.
O uso de aeronaves como o Supertanker mostra que a aviação pode ser uma aliada crucial na resposta rápida a incêndios, desde que integrada a políticas públicas, prevenção local e sistemas de monitoramento ambiental eficientes.
Diante desse cenário, será que o Brasil deveria investir em uma aeronave como o Supertanker ou priorizar alternativas regionais mais sustentáveis?