Fintech brasileira atinge valor histórico e consolida liderança no país, impulsionada por lucros recordes e expansão internacional.
O Nubank, fundado em 2013 por David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible, alcançou um marco inédito no setor financeiro. Em 28 de outubro de 2025, segundo o Companies Market Cap, a fintech atingiu US$ 76,5 bilhões em valor de mercado — o equivalente a R$ 412,7 bilhões no câmbio da data. Assim, o banco digital ultrapassou a Petrobras e se tornou a empresa mais valiosa do Brasil, ocupando também a segunda posição na América Latina, atrás apenas do Mercado Livre, avaliado em cerca de US$ 89 bilhões.
Além disso, esse avanço ocorre em meio à expansão internacional da marca, especialmente no México e na Colômbia, o que reforça o poder das fintechs latino-americanas e a transformação do sistema bancário tradicional. Enquanto isso, a Petrobras, listada na B3, está avaliada em aproximadamente R$ 401 bilhões, pressionada pela instabilidade dos preços do petróleo e pela oscilação das commodities globais.
Crescimento acelerado e domínio global da fintech
A trajetória do Nubank é marcada por uma escalada consistente e sustentada. Em setembro de 2025, o banco digital já havia ultrapassado o Itaú Unibanco, avaliado hoje em R$ 391 bilhões. Agora, no cenário global, o Nubank figura entre os 40 maiores bancos do mundo, superando instituições tradicionais como o BNY Mellon (US$ 75,6 bilhões), o Barclays (US$ 75 bilhões) e o Deutsche Bank (US$ 66,4 bilhões).
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Por outro lado, bancos brasileiros tradicionais aparecem abaixo na lista: o Bradesco, com US$ 33 bilhões, e o Santander Brasil, com US$ 41 bilhões. Dessa forma, esses números evidenciam a revolução digital liderada pela fintech e o fortalecimento da América Latina no mercado financeiro global.
Lucros recordes e valorização nas bolsas internacionais
Mesmo com uma leve queda de 0,44% no pregão de 28 de outubro de 2025, quando as ações fecharam a US$ 15,93, o Nubank acumula valorização de 54% no ano, segundo a Bolsa de Nova York (NYSE). Esse desempenho, portanto, reflete um modelo de negócios eficiente, baseado em inovação, tecnologia e fidelização de clientes.
No entanto, o destaque do segundo trimestre de 2025 foi o lucro líquido recorde, que impulsionou uma série de recomendações positivas de grandes instituições financeiras. O JP Morgan, por exemplo, manteve a classificação Overweight (compra) e projetou que o Nubank pode atingir US$ 140 bilhões em valor de mercado. Assim, esse patamar colocaria a empresa ao lado de gigantes como Pfizer, BHP Group e TotalEnergies.
Expectativas otimistas para o terceiro trimestre
Com isso, a divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2025, marcada para 13 de novembro, gera alta expectativa entre investidores e analistas. De acordo com a XP Investimentos, o Nubank deve apresentar mais um resultado sólido, impulsionado pelo crescimento dos lucros no Brasil e pela expansão das operações mexicanas.
Além disso, especialistas afirmam que o banco digital se destaca por sua eficiência operacional, controle de custos e diversificação de produtos, o que fortalece sua posição no mercado e amplia seu potencial de valorização futura. Desse modo, o Nubank continua atraindo investidores e consolidando sua reputação como uma das fintechs mais promissoras do mundo.
O impacto e o futuro da empresa mais valiosa do país
Portanto, a superação da Petrobras representa uma virada simbólica no mercado brasileiro e reflete a transformação digital em curso no sistema financeiro. Ao mesmo tempo, o feito do Nubank mostra o avanço das empresas tecnológicas em setores antes dominados por corporações estatais.
Atualmente, a fintech se consolida como símbolo da nova economia, baseada em tecnologia, acessibilidade e inclusão financeira. Com isso, a liderança no Brasil e a vice-liderança na América Latina transformam o Nubank em referência global e inspiração para novas empresas.
Entretanto, especialistas alertam que o grande desafio será manter o ritmo de crescimento em um cenário global incerto, com variações cambiais e mudanças regulatórias. Ainda assim, a fintech demonstra resiliência e adaptabilidade, características que reforçam sua posição de destaque no mercado internacional.
Diante desse cenário, surge uma questão inevitável: o Nubank conseguirá manter seu ritmo e se tornar a maior empresa da América Latina nos próximos anos?



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