Um novo supercomputador de inteligência artificial contará com meio milhão de chips e será alimentado por energia nuclear
A empresa britânica Fluidstack assinou um memorando de entendimento com o governo francês para a construção de um supercomputador de inteligência artificial (IA).
O anúncio foi feito durante o AI Action Summit, em Paris, com a presença do presidente Emmanuel Macron. O projeto terá um investimento de US$ 10,3 bilhões.
Acordo estratégico para IA na França
O memorando foi assinado por figuras importantes do governo francês: o Ministro da Economia, Finanças e Soberania Industrial e Digital, Eric Lombard, e o Ministro da Indústria e Energia, Marc Feracci. Do lado da Fluidstack, o cofundador e presidente da empresa, César Maklary, oficializou o compromisso.
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A proposta é transformar a França em referência global em computação para IA, aproveitando a energia limpa e abundante do país. Segundo o Fluidstack, o supercomputador utilizará até 1 gigawatt (GW) de potência computacional dedicada exclusivamente para IA.
Infraestrutura e energia sustentável
A primeira fase do projeto prevê a instalação de cerca de 500.000 chips de IA de última geração. O diferencial não é fornecido de energia: toda a operação será alimentada por eletricidade descarbonizada, predominantemente nuclear, com reaproveitamento de calor residual para maior eficiência energética.
O fornecimento de carga será da RTE, empresa nacional francesa de distribuição de energia. A conexão rápida à rede permitirá que o supercomputador opere sem interrupções, garantindo alto desempenho para o treinamento de modelos avançados de IA.
A Fluidstack planeja expandir uma capacidade além de 1 GW até 2028, consolidando a França como potência em infraestrutura para IA.
Liderança em inovação e soberania digital
A parceria entre Fluidstack e o governo francês faz parte da estratégia do país para fortalecer sua soberania digital e segurança energética. Segundo César Maklary, o projeto ajudará a contribuir para a próxima geração de inovações em inteligência artificial.
No LinkedIn, o executivo afirmou que a França, na próxima década, deixará de exportar eletricidade para exportar inteligência, reforçando a aposta do país em IA.
Apoio do governo francês
Em seu discurso no AI Action Summit, o presidente Macron destacou que a França já ocupa uma posição de liderança na inteligência artificial, investindo em formação de talentos e desenvolvimento tecnológico desde 2017.
“A França é o país europeu líder em inteligência artificial. Desde 2017, treinamos nossos talentos, desenvolvemos nossa pesquisa e fortalecemos nossos principais participantes em saúde, espaço, defesa e modelos de grandes linguagens“.
Impacto econômico e novos negócios
O projeto também promete gerar milhares de investimentos em infraestrutura de IA, pesquisa e computação de alto desempenho.
A Fluidstack acredita que, além da revolução tecnológica, o supercomputador trará benefícios econômicos e consolidará a França como referência global no setor.
Com informações de Interesting Engineering.