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Tecnologia de argamassa polimérica para substituir o cimento em alvenaria de vedação promete economia de materiais e mão de obra, com regras técnicas da ABNT NBR 16590 e uso focado em “junta fina”.
A busca por economia na construção civil ganhou um aliado, a argamassa polimérica para assentamento de blocos e tijolos em alvenaria de vedação. Trata-se de um composto pronto para uso, que substitui o cimento aplicado em cordões, que elimina mistura e reduz perdas.
É importante deixar claro que não substitui o cimento em vigas, pilares ou lajes. Segundo a ABNT, o uso é normatizado desde 2017 pela NBR 16590 (partes 1 e 2), voltada especificamente à vedação.
Estudos e dados de mercado apontam ganhos de produtividade e redução de custos por metro quadrado. A principal alavanca é o rendimento com “junta fina” e o corte de etapas no canteiro. Em cenários reais, a queda de custo direto na alvenaria chega a patamares da ordem de 30%.
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A aplicação correta exige projeto, bloco adequado e nivelamento da primeira fiada com argamassa convencional, além de equipe orientada. A própria norma detalha critérios de aplicação, embalagem e desempenho, dando previsibilidade técnica ao método.
Argamassa polimérica que substitui o cimento: o que é, como funciona e onde usar
A argamassa polimérica é um composto não cimentício fornecido em bisnagas de 3 kg ou baldes, pronto para uso. Aplica-se em dois cordões horizontais sobre os blocos, sem adição de água. O foco é assentar blocos de vedação com limpeza e regularidade de juntas, sem a necessidade de usar cimento.
A ABNT NBR 16590 estabelece requisitos de produto, métodos de ensaio e boas práticas de aplicação. A publicação das partes 1 e 2 em 2017 consolidou o uso em sistemas de vedação vertical, inclusive com remissão à NBR 15575 para requisitos de desempenho da parede.
Limitações são claras: não é para fundações, elementos estruturais ou lajes. A primeira fiada deve ser ajustada com argamassa convencional para corrigir irregularidades do piso; depois, o assentamento segue com o composto polimérico em junta fina.
Por que pode cair até 30% o custo da alvenaria de vedação
Três fatores puxam a economia: rendimento, desperdício quase zero e produtividade. Como o material chega pronto, reduz-se armazenagem de areia/cimento, controle de traço e sobras. Varejistas descrevem “aplicação direta, sem misturas”, reforçando a eliminação de etapas de preparo.
Estimativas comparativas mostram queda relevante de custo por m² quando a alvenaria de vedação migra do traço tradicional para a junta fina polimérica. Um estudo publicado na Revista Espacios comparou composições e encontrou redução de 36% no custo por metro quadrado em cenário de referência.
Fabricantes e guias técnicos também reportam rendimento muito superior ao da argamassa tradicional, chegando a ordens de grandeza como “até 20x” de rendimento e grande corte de perdas, a depender do bloco e do treinamento da equipe. Use como referência, não como garantia.
Produtividade na obra: mais m²/dia por pedreiro
A etapa de assentamento acelera porque não há mistura, tempo de cura da massa nem deslocamentos para betoneira. Em linhas gerais, relatos de campo indicam que o pedreiro produz mais m² por dia com junta fina.
Materiais de fabricantes e revisões técnicas falam em até 3x de aumento de produtividade em comparação ao sistema convencional, cenário ligado à qualidade do bloco, logística e capacitação da equipe. Trate a cifra como teto técnico, não como promessa universal.
Mais produtividade significa menos horas de mão de obra para erguer o mesmo volume de paredes. Em orçamentos típicos, a mão de obra pesa no custo final; portanto, ganhos de ritmo convertem em economia direta.
Exemplo prático: impacto no orçamento de uma casa de 100 m²
Para uma casa de 100 m², costuma-se ter algo como 200 m² de paredes de vedação. Em composições comparativas, estudos reportam redução de 30% a 36% no custo por m² ao migrar para argamassa polimérica, combinando material e mão de obra.
Se um orçamento local estimar R$ 9 mil para levantar a vedação com argamassa tradicional, a mesma frente pode cair para cerca de R$ 6 mil com argamassa polimérica, mantendo bloco compatível e equipe treinada. É estimativa, variando por praça, bloco, frete e BDI.
O efeito escala importa, quanto maior a metragem, maior tende a ser a economia absoluta, pela soma de menos horas, menos perdas e canteiro mais enxuto.
Custos indiretos e logística: canteiro mais limpo e previsível
Como o produto dispensa preparo, a obra reduz ou elimina betoneira, pontos de água e áreas de estoque de areia/cimento, além de diminuir retrabalho de limpeza. Grandes varejistas destacam “aplicação direta, sem misturas” e uso em alvenaria de vedação.
Com embalagem compacta e validade estendida, o controle de inventário fica mais simples e rastreável por lote. Isso facilita inspeção e conformidade com a NBR 16590, que define requisitos claros de identificação e embalagem.
Menos manipulação de agregados reduz poeira e perdas. Em auditorias internas, isso costuma refletir em melhor organização do canteiro e menor custo colateral de limpeza.
O que você acha do uso da argamassa polimérica para substituir o cimento em alvenaria de vedação? Comente sua opinião se acha que a tecnologia entrega o que promete ou se o hype de marketing exagera frente às condições reais de obra.
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