A embaixada do governo de Nicolás Maduro começou a funcionar depois que o movimento de oposição venezuelano liderado por Juan Guaidó fechou sua representação no país após a posse de Lula.
A única representação diplomática da Venezuela funciona fora de Brasília. Lula era próximo de Hugo Chávez, falecido em 2013. Ao mesmo tempo, iniciou-se o processo de embaixada de Maduro em Brasília.
Ministro das Relações Exteriores anunciou a embaixada de Maduro em Brasília. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, anunciou o restabelecimento das relações entre os dois países, encerrando anos de distância entre Jair Bolsonaro e Maduro. Enquanto isso, a oposição venezuelana está adotando novas táticas para tentar ganhar força no país e decidiu no final do ano passado encerrar o governo interino que Guaidó criou em 2019 sob o argumento de que ele “não servia mais” para buscar mudanças políticas.
O fim do reconhecimento de Guaidó levou ao fechamento da representação diplomática do governo interino no Brasil e em outros países, inclusive nos Estados Unidos. Representantes da oposição baseados em outros países agora estão considerando se ficam lá ou voltam para a Venezuela.
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Embaixador para a embaixada de Maduro em Brasília
O governo de Maduro indicou Manuel Vicente Wadel, ex-cônsul geral da Venezuela em São Paulo, como seu futuro embaixador na Venezuela, mas o nome precisa ser confirmado por Lula. Ele foi declarado persona non grata durante o governo Bolsonaro.
Mas Vadell e outros funcionários não precisaram ser obrigados a deixar o Brasil por decisão do Supremo Tribunal Federal. Com pedido de habeas corpus, Freddy Efrain Meregote Flores, encarregado de negócios ad interim da embaixada em Brasília, permaneceu em Brasília para manter contato com o PT. O recurso foi interposto por Paulo Pimenta, secretário da Secretaria de Comunicação Social.
O chanceler brasileiro decidiu enviar o Embaixador Flavio Helmond Macella a Caracas como Encarregado de Negócios, que será o encarregado de reabrir a embaixada e o consulado-geral, que funcionam no mesmo edifício comercial e residência do embaixador em Caracas. Todos esses são ativos da liga. Sua equipe do Itamaraty terá que contratar pessoal local.
Analistas acreditam que a decisão da Assembleia Nacional de oposição de acabar com o governo interino de Guaidó é necessária, mas tarde demais. O chavismo vê a medida como uma vitória, pois continua a dividir a oposição venezuelana e a exacerbar a perda de credibilidade política de Guaidó.
Em comunicado nas redes sociais, Guaidó disse que a oposição precisa buscar a unidade com o objetivo comum de derrotar o chavismo nas próximas eleições. Desde 2019, Guaidó se declarou presidente da Venezuela e foi reconhecido por cerca de 50 países, incluindo Estados Unidos e Brasil. Mas o político está perdendo poder, com três principais partidos da oposição pressionando pelo fim de seu governo interino.