Nova geração do SUV cupê da Fiat chega com motor híbrido leve, mais espaço interno e design renovado, marcando a estreia da plataforma Smart Car no modelo produzido em Betim (MG).
A Fiat prepara a nova geração do Fastback para ganhar as linhas de produção de Betim (MG) no último trimestre de 2026.
Segundo apuração do portal Autoesporte com fontes ligadas à marca, a agenda prevê apresentação no Brasil no segundo trimestre de 2026, início da fabricação no terceiro trimestre e lançamento entre o fim de 2026 e o início de 2027.
O SUV cupê adotará motor 1.0 turbo híbrido leve de 130 cv e evoluirá em espaço interno, mantendo o perfil de carroceria com queda acentuada do teto.
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Plataforma Smart Car e estratégia da Fiat
A segunda geração do Fastback será o segundo Fiat nacional a utilizar a plataforma Smart Car, uma derivação de base técnica já aplicada a produtos da Stellantis como Citroën C3, Aircross e Basalt, além de projetos globais recentes.
A mudança aposentará a arquitetura MLA usada hoje e abre caminho para custos mais competitivos e ganho de conteúdo.
Em comunicação da Stellantis, o ecossistema Smart Car foi desenhado para acomodar motores a combustão, soluções híbridas e opções elétricas, o que explica a estratégia de padronizar a base para vários lançamentos até o fim da década.
Enquanto o Grande Panda inaugura a linguagem de design da Fiat e estreia como primeiro produto nacional sobre essa base, o Fastback integra um pacote de cinco novos modelos para o Brasil até 2030.
A fabricante aposta em sinergias com outros projetos do grupo e em volumes locais para ampliar competitividade, sem alterar o foco do Fastback como SUV de perfil cupê.
Cronograma de apresentação e lançamento
O plano preliminar estabelece três marcos.
Primeiro, revelação oficial no Brasil entre abril e junho de 2026, com foco em design, motorização e pacote de conectividade.
Depois, produção seriada a partir do terceiro trimestre de 2026 em Betim.
Por fim, chegada às lojas entre o fim de 2026 e o começo de 2027.
Esse escalonamento acompanha a maturação do ecossistema Smart Car em outros modelos da Stellantis já à venda na região, como o Aircross de sete lugares e o Basalt, que também exploram soluções de baixo custo industrial com conteúdo atualizado.
Design e faróis exclusivos
O novo Fastback seguirá a nova identidade visual da Fiat vista no Grande Panda apresentado na Europa, com superfícies mais retas, volumes limpos e elementos que remetem a robustez.
As proporções de cupê continuam centrais: teto com forte inclinação, tampa traseira integrada e balanços enxutos para favorecer a aerodinâmica.
Na dianteira, o projeto adota capô alto e plano, além de faróis com assinatura exclusiva.
A placa deve migrar para o para-choque, liberando a tampa do porta-malas e reforçando o aspecto esportivo.
Dependendo da versão, a marca estuda logotipo iluminado, recurso antecipado em conceito exibido em 2024.
A linguagem busca coerência com a gama global e, ao mesmo tempo, diferenciação frente a SUVs de proposta familiar.
Mais espaço e conforto interno
O aproveitamento estrutural da Smart Car permitirá melhor distribuição de espaço, sobretudo para quem viaja atrás.
A distância entre-eixos, hoje de 2,53 metros, deve subir para cerca de 2,60 m e pode alcançar 2,64 m, medida idêntica à do “primo” Citroën Basalt.
Esse avanço tende a melhorar o ângulo de joelhos e a acomodação dos pés, além de facilitar o acesso a cadeirinhas infantis.
A recalibração de bitolas e suspensões também deve contribuir para estabilidade e conforto em pisos ruins.
Motor híbrido leve e opção Abarth
Sob o capô, o Fastback nacional da família Smart Car manterá o 1.0 GSE T3 turbo flex com sistema híbrido leve de 12 V (BSG), conjunto já aplicado às linhas 2026 de Pulse e Fastback atuais.
No novo SUV, a configuração deve repetir 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, acoplada ao câmbio CVT com sete marchas simuladas.
Para a variante Abarth, a expectativa é preservar o 1.3 turbo flex de 185 cv, privilegiando desempenho e respostas de aceleração, sem abrir mão de eficiência em ciclo urbano.
A adoção do sistema híbrido leve prioriza partidas mais suaves, apoio em baixa rotação e regeneração de energia em desacelerações, sem alterar os hábitos de uso do motorista.
Em cenários reais, a solução contribui para consumo e emissões menores, mantendo custos de manutenção inferiores aos de híbridos plenos.
Posicionamento no mercado brasileiro
O Fastback de segunda geração continuará posicionado acima do Pulse, com foco no cliente que busca estilo de cupê, porta-malas generoso e consumo contido.
A plataforma compartilhada com produtos de Citroën e Opel dentro da Stellantis facilita a padronização de eletrônica, módulos de assistência e conectividade, acelerando a adoção de atualizações de software e de itens de segurança ativa conforme a regulação evolui na região.
Em mercados externos, a arquitetura já sustenta opções mild-hybrid e elétricas, uma pista de que versões mais eletrificadas podem ganhar tração conforme a rede de recarga avança e os incentivos amadurecem.
No Brasil, a estratégia industrial de Betim tende a favorecer escala e fornecimento local, reduzindo exposição cambial.
Em paralelo, a nova linguagem de design ajudará a diferenciar o Fastback das linhas aventureiras tradicionais, preservando a identidade da Fiat e aproximando o modelo de propostas globais que combinam preço competitivo e conteúdo tecnológico.
Interior e tecnologia
Além do ganho de entre-eixos, a cabine deve trazer melhor ergonomia e materiais revistos, seguindo o padrão observado nos lançamentos mais recentes da Stellantis para mercados emergentes.
A marca trabalha para integrar central multimídia atualizada, painel digital em versões superiores e pacotes de assistência mais completos, com ênfase em frenagem automática de emergência e monitoramento em baixa velocidade.
A reorganização de comandos e a melhoria de porta-objetos também estão no radar para atender ao uso urbano.
Ainda que o porta-malas atual do Fastback já seja referência entre SUVs compactos, a mudança de plataforma costuma permitir ajustes de assoalho e abertura que facilitam o carregamento de volumes maiores ou mais pesados.
A expectativa é manter a vantagem em capacidade sem penalizar o desenho cupê.
Próximos passos da Fiat
Até o anúncio oficial da Fiat, os marcos do projeto seguem sujeitos a ajustes internos e à coordenação com outros lançamentos de Stellantis no país.
A ordem, porém, preserva a lógica industrial: mostrar o carro, iniciar a produção e, na sequência, liberar as vendas dentro da janela prevista para o ciclo 2026/2027.
Na vizinhança da marca, produtos como Citroën Basalt e Aircross já estão nas ruas e ajudam a consolidar a cadeia de suprimentos do ecossistema Smart Car na região, reforçando a viabilidade do cronograma.
Com esse pacote de mudanças, o Fastback tende a avançar em eficiência, espaço e tecnologia sem abrir mão da proposta de visual cupê que o distinguiu desde a estreia.
Na sua opinião, qual desses elementos mais pesa na decisão de compra de um SUV desse porte?