SUV híbrido bicombustível da Renault combina gasolina e GLP com sistema elétrico de 48 V e promete autonomia de até 1.500 km por abastecimento, nova tração 4×4 e câmbio DCT de seis marchas.
O Duster europeu estreia em 2025 uma nova configuração híbrida e bicombustível, chamada Hybrid-G 150 4×4, capaz de alcançar até 1.500 km de autonomia por abastecimento, segundo dados oficiais da Renault.
O modelo combina um motor 1.2 turbo de três cilindros com um sistema elétrico de 48 V, câmbio DCT de 6 marchas com aletas e tração integral, ativada por um motor elétrico no eixo traseiro.
A marca informa que o conjunto pode reduzir os custos de uso em até 30% em comparação com versões somente a gasolina.
-
4 carros usados bons para trabalho com baixo custo de manutenção entre R$ 25 mil e R$ 58 mil: Toyota, Chevrolet, Fiat e VW oferecem modelos econômicos, espaçosos e confiáveis
-
4 carros que foram esquecidos no Brasil, mas ainda são bons negócios
-
Ela roda até 25 km, carrega na tomada comum e não exige CNH: conheça a scooter elétrica Bikelete 350W que custa menos de R$ 4 mil
-
Fiat Argo surpreende e toma liderança no mercado automotivo em outubro; Polo cai e Tera estreia no top 10
Trem de força híbrido com motor 1.2 turbo
O sistema híbrido leve utiliza o motor 1.2 turbo associado a um propulsor elétrico de 23 kW (31 cv) instalado na traseira, responsável por acionar as rodas posteriores.

Esse motor é acoplado a uma caixa de duas velocidades e possui função de desacoplamento quando a tração traseira não é exigida, com o objetivo de diminuir o consumo.
De acordo com a fabricante, o Duster pode operar em modo elétrico por até 60% do tempo em trajetos urbanos.
A energia é armazenada em uma bateria de 0,84 kWh, recarregada por regeneração durante frenagens e desacelerações.
Transmissão DCT e eficiência em estrada
Pela primeira vez na linha Dacia/Renault, o Duster adota um câmbio de dupla embreagem de 6 marchas com trocas manuais por aletas no volante.
Segundo informações da marca, o novo conjunto foi desenvolvido para proporcionar respostas mais rápidas e melhor eficiência energética em condições de uso rodoviário.
O sistema aproveita o apoio elétrico nas retomadas e acelerações, com foco em desempenho e consumo equilibrado.
Autonomia estendida com sistema bi-combustível
O Hybrid-G 150 4×4 possui dois tanques de 50 litros, um destinado à gasolina e outro ao GLP (gás liquefeito de petróleo).

Essa combinação permite alternar o combustível conforme o custo e a disponibilidade em cada país.
A estratégia, segundo a Renault, garante economia de até 30% no custo por quilômetro.
O cálculo considera o ciclo de homologação WLTP, utilizado como referência na Europa.
Tração 4×4 elétrica e modos de condução
A tração nas quatro rodas é comandada eletronicamente e gerida por um seletor de terrenos com cinco modos de condução: Auto, Eco, Neve, Lama/Areia e Off-road.
O sistema distribui o torque entre os eixos conforme a necessidade de aderência.
Há também controle de descida para garantir estabilidade em aclives acentuados.
Segundo engenheiros da marca, a proposta é manter o desempenho em diferentes tipos de piso sem comprometer o consumo.
Duas carrocerias: Duster e Bigster
A solução híbrida será aplicada tanto no Duster quanto no Bigster, SUV de maior porte da Renault para o mercado europeu.
Ambos utilizam a plataforma CMF-B, também empregada em outros modelos do grupo.
A fabricante afirma que a arquitetura elétrica traseira e o câmbio DCT foram desenvolvidos para se adaptar aos dois veículos, respeitando peso e proporções de cada projeto.
Dados técnicos do sistema Hybrid-G 150 4×4
O sistema elétrico de 48 V auxilia partidas, manobras e deslocamentos de baixa velocidade, além de atuar em frenagens regenerativas.
O motor traseiro de 31 cv fornece tração instantânea quando há necessidade de torque adicional, mas pode ser desconectado automaticamente para evitar perdas mecânicas em situações de baixa demanda.
A potência combinada é de 154 cv, conforme divulgado pela Renault na apresentação técnica do conjunto.
Visual e equipamentos da nova geração
A terceira geração do Duster, apresentada oficialmente em novembro de 2023, passou a exibir um design com linhas mais angulares, novo painel e materiais atualizados no interior.
A gama europeia conta com versões Essential, Expression, Journey e Extreme, que se diferenciam pelo nível de equipamentos e acabamento.
De acordo com o comunicado da empresa, as modificações visam atender às exigências de segurança e eficiência energética da União Europeia, mantendo o posicionamento de SUV de custo competitivo.
Linha 2026 no Brasil e motores atualizados
No Brasil, o Duster permanece na segunda geração, que recebeu atualização em fevereiro de 2025.
O motor 1.3 TCe turbo-flex passou a gerar 163 cv e 25,5 kgfm de torque, enquanto o 1.6 SCe aspirado manteve 112 cv (etanol) e 109 cv (gasolina), com ajustes para atender às normas do Proconve L8.
As versões seguem disponíveis com câmbio manual ou CVT, conforme o nível de acabamento.
A Renault ainda não confirmou oficialmente a chegada da terceira geração ao país.
Planos futuros e novo SUV nacional
Fontes do setor automotivo afirmam que a montadora estuda a produção de um novo SUV nacional sobre a plataforma CMF-B, projeto identificado internamente pelo codinome Boreal.
Imagens de protótipos em teste no Brasil reforçam a possibilidade de que o modelo seja fabricado regionalmente na segunda metade da década.
A empresa, no entanto, não divulgou cronograma oficial de lançamento nem detalhes sobre motorização ou posicionamento de mercado.
Perspectivas para o consumidor brasileiro
Para analistas do setor, a estreia do Duster híbrido na Europa mostra o direcionamento da Renault em buscar maior autonomia e menor custo de operação por quilômetro rodado.
Caso o sistema Hybrid-G 150 4×4 venha a ser adotado no Brasil, a combinação de gasolina e GLP e o suporte elétrico de 48 V poderiam representar uma alternativa de eficiência dentro da linha de SUVs compactos.
Por enquanto, o foco da marca segue voltado à linha atual e ao desenvolvimento de novos produtos com base local.
Você acredita que o público brasileiro adotaria um SUV híbrido bicombustível como o Hybrid-G 150 4×4, mesmo sem produção nacional imediata?



Seja o primeiro a reagir!