Imagine solicitar guarda-costas armados pelo celular, assim como pede um carro por aplicativo. Com o lançamento do ‘Protector’, isso já é possível. O app oferece seguranças profissionais sob demanda, tornando acessível um serviço antes reservado à elite.
A segurança pessoal sempre foi uma preocupação para muitos, especialmente em grandes metrópoles onde a criminalidade pode ser um fator de risco constante.
Nos Estados Unidos, um novo aplicativo está chamando a atenção ao prometer um serviço que vai além dos tradicionais aplicativos de transporte: a possibilidade de contratar seguranças privados armados com apenas alguns toques na tela do celular.
A proposta inovadora está disponível, por enquanto, apenas em Los Angeles e Nova York, e já figura entre os aplicativos mais baixados da App Store na categoria Viagens.
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O serviço, batizado de Protector, promete facilidade e acessibilidade na contratação de escoltas privadas, funcionando de maneira similar a um Uber, mas voltado para a segurança de quem precisa se deslocar em situações de risco ou transportar bens valiosos.
Como funciona o serviço de segurança privada
O aplicativo opera de forma simples e intuitiva. Ao abrir o Protector, o usuário pode agendar a escolta de seguranças armados para o horário desejado, definindo até mesmo a quantidade de veículos e o tipo de vestimenta dos profissionais.
As opções vão desde roupas casuais, para garantir discrição, até trajes formais que evidenciam a presença dos agentes de segurança.
Os profissionais disponíveis na plataforma possuem experiência comprovada em operações de segurança.
De acordo com a desenvolvedora do aplicativo, os guarda-costas cadastrados incluem veteranos do exército, militares da ativa, policiais experientes e agentes de segurança privada credenciados.
Antes da contratação, o usuário pode visualizar o perfil e o currículo de cada escolta disponível.
O serviço tem um valor mínimo de cinco horas, com custo médio de US$ 500 (aproximadamente R$ 2,6 mil na conversão direta).
Esse valor cobre deslocamento e acompanhamento durante atividades como compras, viagens ou reuniões.
Além disso, há possibilidade de planos estendidos para serviços contínuos, como a escolta diária de executivos e empresários.
Para esses casos, os valores podem ultrapassar US$ 5 mil (cerca de R$ 26 mil), dependendo do tempo de serviço e da quantidade de seguranças envolvidos.
Sucesso e controvérsias nas redes sociais
Desde seu lançamento, o Protector tem sido alvo de discussões nas redes sociais. Vídeos no TikTok de influenciadores digitais utilizando o serviço viralizaram, gerando tanto elogios quanto críticas.
Alguns usuários destacam a utilidade do aplicativo em situações de alto risco, enquanto outros questionam a necessidade e a acessibilidade de um serviço desse tipo.
Especialistas em segurança e tecnologia também debatem as implicações do modelo de negócios do aplicativo.
A contratação facilitada de segurança armada levanta questões sobre regulamentação e possíveis abusos.
Diferentemente de empresas tradicionais de segurança privada, que operam sob normas rígidas e licenciamento extensivo, aplicativos como o Protector podem não estar sujeitos às mesmas exigências.
Além disso, críticos apontam que a presença de seguranças armados em situações cotidianas pode gerar desconforto social e até riscos desnecessários, principalmente em locais públicos.
Em contrapartida, defensores do aplicativo argumentam que essa é uma solução necessária para pessoas que se sentem vulneráveis e desejam uma proteção extra em deslocamentos específicos.
Disponibilidade limitada e futuro incerto
Apesar do sucesso inicial, o aplicativo ainda tem algumas limitações. No momento, ele está disponível apenas para dispositivos iOS, sem previsão de lançamento para Android.
Além disso, a empresa responsável pelo Protector não mantém um site oficial, utilizando apenas redes sociais como forma de divulgação e contato com clientes.
A falta de um suporte mais estruturado gera preocupações quanto à confiabilidade do serviço a longo prazo.
Sem um site oficial e canais de atendimento bem definidos, há dúvidas sobre como a empresa lidará com possíveis problemas operacionais e reclamações dos usuários.
O crescimento da plataforma pode levar a uma expansão para outras cidades dos Estados Unidos ou até mesmo para outros países, caso consiga superar desafios regulatórios.
A demanda por segurança privada sob demanda é uma tendência crescente, mas sua viabilidade a longo prazo dependerá de como os órgãos reguladores e a sociedade lidam com essa nova proposta.
Atualmente, especialistas apontam que a regulamentação pode ser um dos maiores desafios do aplicativo.
Nos Estados Unidos, a segurança privada está sujeita a legislações estaduais específicas, e a atuação de um serviço como o Protector pode precisar de autorizações adicionais para operar de forma legal em mais regiões.
Por enquanto, o Protector segue como uma alternativa inovadora e controversa para aqueles que buscam proteção personalizada, mas sua aceitação e permanência no mercado ainda são incertas.
Se expandido globalmente, o serviço poderá enfrentar ainda mais desafios, pois diferentes países possuem regras rígidas para a atuação de profissionais armados em ambientes civis.
A questão que permanece é: até que ponto a segurança privada pode ser tratada como um serviço sob demanda sem comprometer a segurança pública? Essa será uma das discussões principais caso o aplicativo continue crescendo e atraindo atenção mundial.