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Trump quer restringir duração de vistos para estudantes e jornalistas. O governo Trump propôs mudanças que limitam o tempo de permanência nos EUA para quem possui vistos para estudantes e jornalistas, criando novos obstáculos para estrangeiros.
A proposta divulgada nesta quarta-feira (27) pelo governo americano prevê prazos fixos para vistos F (estudantes internacionais), vistos J (intercâmbio cultural) e vistos I (profissionais da imprensa). Hoje, esses vistos têm validade conforme a duração do curso, do programa ou do contrato de trabalho. Se a nova regra for aprovada, vistos para estudantes e jornalistas teriam limites de tempo bem menores, exigindo pedidos frequentes de extensão de permanência.
Segundo o Valor Econômico, a medida reflete o endurecimento da política migratória promovida por Donald Trump e já provoca reação entre organizações internacionais.
O que muda nos vistos para estudantes e jornalistas?
Atualmente, os portadores de vistos para estudantes e jornalistas podem permanecer nos EUA durante todo o período do programa acadêmico ou contrato de trabalho, sem precisar solicitar renovações frequentes. A proposta do governo Trump altera essa regra.
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Para estudantes e intercambistas, o período máximo seria de quatro anos. Já para jornalistas, a permanência seria reduzida para 240 dias. No caso de cidadãos chineses, o limite cairia ainda mais: apenas 90 dias. Depois desse período, seria necessário solicitar uma extensão formal para permanecer no país.
Quantos estrangeiros seriam impactados?
Os números ajudam a dimensionar o alcance da medida. Cerca de 1,6 milhão de estudantes internacionais vivem hoje nos EUA com visto F. Além disso, o governo concedeu, em 2024, 355 mil vistos de intercâmbio e 13 mil vistos para jornalistas estrangeiros.
Com prazos fixos, todos esses grupos ficariam sujeitos a mais burocracia e incerteza. O governo justifica a medida como forma de “monitorar e supervisionar melhor” os titulares desses vistos.
Por que a medida gera polêmica?
Segundo especialistas ouvidos pelo Valor Econômico, a proposta aumenta os obstáculos para estrangeiros e pode reduzir a atratividade dos EUA como destino acadêmico e profissional. Universidades, centros de pesquisa e veículos de imprensa internacional já manifestaram preocupação.
Organizações como a NAFSA, que reúne educadores em mais de 4.300 instituições, lembram que uma medida semelhante foi apresentada no fim do primeiro mandato de Trump, em 2020, mas acabou descartada pelo governo Biden em 2021.
Além disso, críticos apontam que a proposta faz parte de um movimento mais amplo de endurecimento contra a imigração legal, que já incluiu cancelamento de green cards e maior rigor ideológico na concessão de vistos.
Qual é o próximo passo?
A proposta ainda está em fase de consulta pública. A população terá 30 dias para enviar comentários antes que o regulamento possa ser confirmado ou ajustado. Enquanto isso, estudantes e jornalistas estrangeiros seguem sob as regras atuais, com validade atrelada ao curso ou contrato de trabalho.
O debate sobre os vistos para estudantes e jornalistas nos EUA mostra como as mudanças nas políticas migratórias afetam diretamente milhares de pessoas que buscam estudar, trabalhar ou exercer atividades profissionais no país. A proposta pode limitar oportunidades e aumentar a burocracia, mas ainda depende de avaliação pública antes de entrar em vigor.
E você, acredita que essas restrições podem afastar estudantes e jornalistas dos EUA ou realmente fortalecem o controle migratório? Deixe sua opinião nos comentários.
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