Se você achava que financiar um imóvel no Brasil já era complicado, prepare-se! As novas regras da Caixa Econômica prometem mudar o cenário e, claro, deixar a aquisição da casa própria um pouco mais desafiadora. A partir de 1º de novembro, o banco estatal, responsável por cerca de 70% dos financiamentos no Brasil, vai implementar uma série de alterações que aumentam a entrada exigida para quem sonha em sair do aluguel.
A principal mudança que vem por aí com as novas regras da Caixa Econômica, envolve o aumento do valor da entrada nos financiamentos. Se antes, com o Sistema de Amortização Constante (SAC), o comprador precisava desembolsar 20% do valor do imóvel, agora, esse percentual subiu para 30%. Já no sistema Price, a mudança é ainda mais radical, com a entrada subindo de 30% para 50%.
Essas alterações estão diretamente ligadas à necessidade de adequação ao cenário econômico atual, que inclui a alta constante da Selic, a taxa básica de juros. A elevação da Selic, atualmente acima dos 10%, pressiona todo o mercado de crédito imobiliário, fazendo com que os bancos ajustem suas condições para acompanhar o custo do dinheiro.
Mas as novas regras da Caixa Econômica não se aplicam somente ao banco
Outros grandes players do setor, como Itaú, Bradesco e Santander, também estão revendo suas taxas. O Itaú, por exemplo, já aumentou sua taxa média, que agora é de 10,79% ao ano, acrescida da Taxa Referencial (TR). O Bradesco, por sua vez, está “avaliando” possíveis reajustes, enquanto o Santander, em comunicado, já adiantou que o aumento das taxas é uma tendência, dado o cenário de juros de longo prazo.
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Como ficam os financiamentos no Brasil após as mudanças?
Essas novas regras da Caixa Econômica podem dificultar ainda mais o acesso ao crédito para compra de imóveis, especialmente para as famílias que dependem dos financiamentos no Brasil para realizarem o sonho da casa própria. Com a entrada exigida mais alta, o financiamento imobiliário exigirá um planejamento financeiro ainda mais robusto por parte dos compradores.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o crédito imobiliário no Brasil deve somar R$ 270 bilhões em 2024, com uma alta expressiva já registrada no primeiro semestre de 2023. No entanto, mesmo com esse crescimento, o custo do crédito está aumentando, devido à alta da Selic e à queda na captação de recursos pela poupança, tradicional fonte de financiamento.
Sandro Gamba, presidente da Abecip, já havia alertado que a situação deve continuar a se complicar, especialmente após a Resolução 5.119 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que ampliou o prazo de liquidez das Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Isso deve pressionar ainda mais os financiamentos no Brasil.
Alternativas ao financiamento tradicional
Diante das dificuldades impostas pelas novas regras da Caixa Econômica e o aumento das taxas de juros, muitos consumidores estão buscando alternativas para driblar o custo elevado do crédito imobiliário. De acordo com Fabio Louzada, planejador financeiro e fundador da Eu me banco, entre as opções estão o consórcio imobiliário e os leilões de imóveis.
“O consórcio pode ser interessante para quem não tem pressa em adquirir o imóvel. Já os leilões oferecem a possibilidade de comprar com até 50% de desconto, mas é preciso ter cuidado com os detalhes, como dívidas de condomínio e IPTU, que podem acabar saindo mais caro do que o valor do próprio imóvel”, alerta Louzada.
Essas opções, embora viáveis, exigem atenção aos detalhes contratuais e um planejamento financeiro meticuloso, especialmente no caso dos leilões, que envolvem especificidades como a quitação de dívidas pendentes do imóvel adquirido.
Novas regras da Caixa Econômica impactam milhares de pessoas
As novas regras da Caixa Econômica prometem mexer no bolso de quem deseja comprar um imóvel. Com a alta da entrada exigida e o aumento das taxas de juros, o financiamento imobiliário ficará mais caro e o sonho da casa própria mais distante para muitos brasileiros. Enquanto isso, alternativas como consórcios e leilões surgem como opções, mas não sem riscos.
Agora, mais do que nunca, é fundamental que quem deseja comprar um imóvel esteja atento às condições de crédito e avalie com cuidado o momento certo para fechar negócio. Afinal, cada real economizado faz diferença nesse cenário desafiador de financiamentos no Brasil.