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Nova mina de grafite no Brasil terá megainvestimento de R$ 350 milhões para atender demanda mundial de baterias de veículos elétricos

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 05/06/2024 às 15:42
Appian Capital Brazil inicia a operação de uma mina de grafite no Brasil, visando atender à demanda por baterias de veículos elétricos.
Foto: Copilot

Com um investimento robusto de R$ 350 milhões, a Appian Capital Brazil inicia a operação de uma mina de grafite no Brasil, visando atender à crescente demanda por baterias de veículos elétricos.

Conforme noticiado pelo site PetroNotícias na última terça-feira, (04/06), a Appian Capital Brazil está investindo massivamente na implantação de uma operação de grafite no Brasil. Este investimento robusto, de R$ 350 milhões, está sendo direcionado à mina Boa Sorte, localizada no distrito de União Baiana, no município de Itagimirim, Bahia. Com essa iniciativa, a empresa visa fortalecer sua posição no setor de mineração e atender à crescente demanda por materiais essenciais na fabricação de baterias para veículos elétricos.

Criação da Graphcoa e início da construção de planta de beneficiamento

No final de 2022, a Appian Capital Advisory LLP consolidou uma joint-venture com a criação da Graphcoa, uma empresa destinada a explorar e desenvolver depósitos promissores de grafite no Brasil.

A Graphcoa já possui projetos em andamento no Sul da Bahia e no Norte de Minas Gerais.

A construção de uma planta de demonstração para o beneficiamento de grafita é um passo crucial nesse processo.

A planta de demonstração terá uma capacidade inicial de produção de 5,5 mil toneladas anuais de grafite, com a expectativa de que esse número possa ser significativamente ampliado.

A Appian Capital Brazil prevê que, com o desenvolvimento completo do projeto, a produção possa atingir até 25,5 mil toneladas anuais.

Esse aumento de capacidade dependerá dos resultados dos estudos de viabilidade que serão concluídos em 2025.

Grafite: Um mineral essencial para o futuro

O grafite é um componente vital na produção de ânodos de baterias, especialmente as usadas em veículos elétricos.

A demanda por baterias de alta eficiência está crescendo exponencialmente, impulsionada pela transição energética global e pelo aumento da eletrificação dos transportes.

Segundo Paulo Castellari, CEO da Appian Capital Brazil, “Este é um marco significativo para o Grupo Appian.

Somado aos atuais ativos de cobre e níquel sulfetado do nosso portfólio, este novo mineral crítico ampliará a atuação do Grupo no setor de metais estratégicos.”

“O grafite esférico, produto final produzido a partir do grafite que será lavrado em nossos projetos, representa 95% dos ânodos de baterias de veículos elétricos”.

Isso significa que a produção da Graphcoa pode suprir uma parte significativa da demanda global por grafite de alta qualidade, essencial para a produção de baterias eficientes e duradouras.

Benefícios econômicos e sociais da nova mina de grafite

Além de fortalecer o setor de mineração, a implantação da mina de grafite trará significativos benefícios econômicos e sociais para a região.

A construção da planta de demonstração deve gerar aproximadamente 300 postos de trabalho diretos no auge das obras.

Esses empregos são fundamentais para o desenvolvimento econômico local, oferecendo novas oportunidades e impulsionando a economia regional.

Potencial de expansão e futuro da produção no Brasil

A produção inicial de concentrado de grafite está prevista para o primeiro trimestre de 2025, quando será submetida à avaliação de qualidade por clientes estratégicos.

A partir dessa análise, a Graphcoa poderá ajustar e otimizar seus processos para garantir a máxima eficiência e qualidade do produto final.

Se os estudos de viabilidade confirmarem a viabilidade da expansão, os investimentos na mina de grafite podem alcançar até R$ 1,5 bilhão.

Com cerca de 26% das reservas mundiais de grafite, o Brasil está estrategicamente posicionado para se tornar um ator chave no mercado global de baterias.

A mina Boa Sorte, juntamente com outros projetos da Graphcoa, poderá colocar o Brasil na vanguarda da transição energética, abastecendo a demanda global por baterias de veículos elétricos.

Com informações do PetroNotícias.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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