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Nova capital em formato de águia gigante terá palácio presidencial mais curioso do mundo, com 177 metros de envergadura e 77 de altura no meio da selva

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 04/11/2025 às 15:11
Palácio presidencial em forma de águia com asas de 177 m ergue-se em Nusantara, a nova capital planejada da Indonésia, reunindo arte, engenharia e símbolo nacional. (Imagem gerada por IA)
Palácio presidencial em forma de águia com asas de 177 m ergue-se em Nusantara, a nova capital planejada da Indonésia, reunindo arte, engenharia e símbolo nacional. (Imagem gerada por IA)
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A nova capital da Indonésia, Nusantara, ganha destaque mundial com a construção de um palácio presidencial em forma de águia mitológica, o Istana Garuda, símbolo nacional que une arquitetura monumental, engenharia complexa e identidade cultural.

Há cidades que nascem de mapas e outras que se constroem a partir de símbolos nacionais.

No coração da ilha de Bornéu, a Indonésia reúne as duas ideias ao mesmo tempo.

A nova capital do país, Nusantara, abriga um projeto arquitetônico em forma de águia mitológica, o Istana Garuda, concebido para ser o palácio presidencial.

O empreendimento combina um gesto arquitetônico de grande escala com o esforço do governo em firmar a identidade visual e institucional da nova sede administrativa.

O projeto prevê uma estrutura com envergadura de 177 metros e cerca de 77 metros de altura, implantada no eixo cívico de Nusantara, em East Kalimantan.

Criado pelo escultor e arquiteto Nyoman Nuarta, o edifício já serviu de cenário para cerimônias do Dia da Independência, reforçando seu papel simbólico dentro do conjunto urbano.

A construção integra o pacote de obras prioritárias do governo indonésio, que conduz a transferência gradual de órgãos federais de Jacarta para a nova capital.

Detalhe estrutural das “asas” metálicas do palácio Istana Garuda projetado por Nyoman Nuarta na capital Nusantara, Bornéu. (Imagem: Kemenparekraf)
Detalhe estrutural das “asas” metálicas do palácio Istana Garuda projetado por Nyoman Nuarta na capital Nusantara, Bornéu. (Imagem: Kemenparekraf)

Arquitetura e escultura no mesmo edifício

O desenho do Istana Garuda combina elementos de arquitetura monumental e escultura.

O corpo central abriga gabinetes e salas de representação presidencial, enquanto as “asas” funcionam como cobertura e principal elemento visual.

Segundo informações divulgadas pelo governo, o objetivo é unir funcionalidade institucional — com ambientes para reuniões, cerimônias e recepções — ao significado simbólico de um dos maiores ícones da cultura nacional.

O projeto foi selecionado em concurso público e integra a estratégia oficial de adotar obras de destaque visual como marcos da identidade de Nusantara.

A estrutura prevê vãos para iluminação e ventilação naturais, solução que, de acordo com o material técnico, contribui para o conforto térmico e a eficiência energética do edifício.

Desafios de engenharia

A forma do palácio impõe desafios técnicos específicos.

As asas, que se estendem por quase 180 metros, exigem sistemas estruturais de alta rigidez e controle de vibração adequados às condições de vento da região.

Segundo engenheiros envolvidos na obra, o conjunto utiliza materiais que equilibram leveza e resistência mecânica, reduzindo peso e mantendo estabilidade.

As áreas internas foram projetadas para atender ao clima equatorial, com sistemas de climatização e sombreamento voltados à eficiência energética e à proteção contra umidade.

Por questões de segurança institucional, o edifício inclui rotas de evacuação, múltiplos acessos e áreas de controle compatíveis com o uso presidencial e o fluxo de eventos oficiais.

Planejamento urbano e descentralização

Detalhe estrutural das “asas” metálicas do palácio Istana Garuda projetado por Nyoman Nuarta na capital Nusantara, Bornéu. (Imagem: Kemenparekraf)
Detalhe estrutural das “asas” metálicas do palácio Istana Garuda projetado por Nyoman Nuarta na capital Nusantara, Bornéu. (Imagem: Kemenparekraf)

A escolha de East Kalimantan para abrigar a nova capital faz parte da política de descentralização administrativa adotada pela Indonésia.

Jacarta enfrenta superpopulação, subsidência do solo e riscos climáticos, e o governo busca reduzir a pressão sobre a cidade, criando um polo administrativo planejado no leste do país.

De acordo com o plano urbanístico de Nusantara, o Istana Garuda foi projetado para atuar como eixo cívico e institucional da nova capital, cercado por edifícios ministeriais, zonas verdes e áreas de serviços públicos.

Urbanistas consultados por veículos locais destacam que o edifício deve funcionar como ponto de referência para a organização espacial e simbólica do distrito governamental.

Durante 2024, o canteiro de obras atingiu estágio que permitiu eventos oficiais e visitas presidenciais, mesmo com partes ainda em execução.

O governo adotou um modelo de implantação por fases, priorizando setores essenciais antes da conclusão total das fachadas e áreas de apoio — prática comum em megaprojetos públicos do Sudeste Asiático.

O simbolismo do Garuda

O Garuda é figura central na mitologia e na iconografia da Indonésia.

Presente no brasão nacional e em insígnias militares, o pássaro mitológico simboliza liberdade, força e unidade nacional.

A transformação dessa imagem em arquitetura estatal, segundo especialistas em cultura e design, reforça o papel do símbolo como elemento de coesão entre tradição e modernidade.

Imagens do palácio circularam amplamente em redes sociais e veículos internacionais desde a divulgação do projeto.

Analistas de comunicação pública apontam que a combinação entre “nova capital planejada” e “palácio em forma de águia gigante” desperta interesse internacional e ajuda a posicionar Nusantara no mapa global de megaconstruções cívicas.

Comparações com outras capitais planejadas

Detalhe estrutural das “asas” metálicas do palácio Istana Garuda projetado por Nyoman Nuarta na capital Nusantara, Bornéu. (Imagem: Kemenparekraf)
Detalhe estrutural das “asas” metálicas do palácio Istana Garuda projetado por Nyoman Nuarta na capital Nusantara, Bornéu. (Imagem: Kemenparekraf)

A criação de uma capital planejada não é novidade na história contemporânea.

Brasília (Brasil), Camberra (Austrália) e Abuja (Nigéria) foram concebidas com a intenção de descentralizar o poder e representar visualmente a identidade nacional.

No caso indonésio, o diferencial está na apropriação literal de um símbolo nacional como forma arquitetônica, algo que especialistas em urbanismo descrevem como “exemplo singular de monumentalidade figurativa” no contexto asiático.

Para estudiosos da arquitetura pública, o projeto do Istana Garuda busca equilibrar função administrativa, significado cultural e presença visual — componentes considerados estratégicos em cidades planejadas.

Segundo essa leitura, o edifício deve servir tanto à representação do Estado quanto à consolidação da identidade urbana de Nusantara.

Avanço das obras e próximos passos

O avanço do palácio tem sido interpretado por analistas locais como um indicador do ritmo geral de execução do projeto de Nusantara.

O governo alterna entregas parciais de equipamentos públicos com a continuidade de obras do distrito governamental.

A transferência das estruturas federais deve ocorrer de forma gradual, à medida que ministérios e sedes administrativas alcancem condições operacionais.

Fontes oficiais confirmam a inclusão do Istana Garuda entre as obras prioritárias da nova capital e o uso do espaço em cerimônias nacionais.

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Permanecem sem divulgação completa os custos detalhados, o cronograma final de comissionamento dos ambientes internos e a lista de fornecedores por disciplina técnica, informações que costumam ser divulgadas por etapas em empreendimentos de grande porte.

Significado político e urbano

Para especialistas em gestão pública e planejamento urbano, o Istana Garuda cumpre dupla função: representa o poder do Estado e sinaliza a consolidação de um novo centro administrativo.

A localização no eixo cívico central e o uso em eventos oficiais indicam que o edifício já atua como marco de referência, mesmo antes da conclusão total do distrito.

A avaliação técnica é que a escala monumental e o simbolismo cultural contribuem para fixar a imagem de Nusantara como capital de longo prazo.

O desempenho estrutural e a eficiência energética ainda serão observados após o início pleno das operações presidenciais, etapa prevista para ocorrer conforme o avanço das demais obras públicas.

Especialistas apontam que a visibilidade do Istana Garuda deve manter o projeto sob acompanhamento internacional, servindo como indicador da execução e da sustentabilidade da nova capital indonésia.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas e também editor do portal CPG. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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