País africano libera importação de animais vivos do Brasil; Porto de Lomé, entre os 100 maiores do mundo, deve facilitar a logística e ampliar negócios.
O Brasil passou a ter aval do Togo para exportar bovinos e bubalinos vivos. A autorização foi comunicada oficialmente pelo governo brasileiro em 17 de setembro de 2025, em nota conjunta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Itamaraty. Segundo a mesma comunicação, o Togo importou US$ 173 milhões em produtos do agro brasileiro em 2024.
O movimento integra a estratégia de expansão de mercados do agronegócio. Desde 2023, o Brasil contabiliza 437 aberturas de mercado em 72 destinos, conforme dados oficiais. O anúncio cita que o Porto de Lomé opera como “hub” logístico regional, o que pode acelerar a chegada de cargas brasileiras à África Ocidental.
A capital togolesa possui um porto ranqueado entre os 100 maiores em contêineres. Relatório da Lloyd’s List posicionou Lomé na 93ª colocação em 2024, com 1,9 milhão de TEUs movimentados em 2023. Isso reforça a capacidade de distribuição para mercados vizinhos.
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Para produtores e exportadores, a sinalização reduz incertezas e permite preparar operações, respeitando protocolos sanitários e requisitos de bem-estar animal exigidos pelo importador e pela legislação brasileira. O Mapa indica que a abertura fortalece as relações bilaterais e amplia a inserção de produtos brasileiros na região.
Autorização sanitária do Togo abre mercado de bovinos vivos e bubalinos
A liberação das autoridades sanitárias togolesas viabiliza o envio de animais vivos diretamente do Brasil. O anúncio foi destaque em canais oficiais de governo, com data de 17 de setembro de 2025.
De acordo com o Mapa, a decisão cria novas oportunidades para os segmentos de cria, recria e genética. Operações dependem de certificações sanitárias, habilitação de propriedades e cumprimento de regras de transporte.
Para embarcadores, o ponto de partida é mapear requisitos documentais, fluxo de inspeções e eventuais quarentenas, de modo a evitar atrasos. O caráter oficial da abertura reduz riscos comerciais e sustenta a negociação de lotes com compradores togoleses.
Porto de Lomé: hub logístico para exportação do Brasil à África Ocidental
O Porto de Lomé funciona como plataforma de distribuição para países da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao/ECOWAS). O Mapa destaca o porto como um “hub” que deve facilitar a entrada de produtos brasileiros na sub-região.
Segundo a Lloyd’s List, Lomé ocupou a 93ª posição no ranking global de 2024 e movimentou 1,9 milhão de TEUs no ano-base 2023, à frente de diversos terminais africanos. A escala e a eficiência portuária favorecem rotas marítimas regulares e conexões de curta distância.
Para cargas vivas, essa infraestrutura não elimina controles sanitários, mas reduz gargalos logísticos. A previsibilidade de janelas de atracação e de transbordo é um diferencial para minimizar tempo de viagem e preservar bem-estar animal.
Impacto para o agronegócio: novos mercados, logística e requisitos
A nova autorização soma-se ao ciclo recente de aberturas de mercado. De acordo com dados oficiais, o Brasil alcançou 437 novas aberturas em 72 destinos desde 2023, resultado de ações conjuntas de Mapa e MRE. O Togo entra nesse mapa como ponto estratégico na África Ocidental.
Exportadores devem planejar fretes, seguros e compliance sanitário com antecedência. A avaliação de rotas, sazonalidade de demanda e disponibilidade de navios boiadeiros define custos e prazos competitivos. A coordenação entre produtores, tradings e autoridades é essencial para evitar retenções.
Para compradores togoleses, o Brasil oferece volume, genética e regularidade de oferta. A conexão via Lomé pode facilitar reexportações a países vizinhos, ampliando o alcance dos produtos agropecuários brasileiros na região.
Comércio Brasil–Togo: números, produtos e oportunidades
Em 2024, o Togo importou US$ 173 milhões do agro brasileiro. Entre os itens com maior peso estão o complexo sucroalcooleiro, além de carnes e pescados. A entrada de bovinos e bubalinos vivos diversifica essa pauta.
A tendência é que a logística por Lomé gere ganhos de escala e redução de custos por contêiner e por animal, a depender de rotas e acordos comerciais. O status de hub amplia o alcance regional das exportações.
Para 2025 e 2026, o foco recai sobre a execução operacional: alinhamento de certificados, prazos de embarque, manejo e bem-estar. A previsibilidade regulatória e a infraestrutura portuária são variáveis centrais para consolidar negócios recorrentes.
Deixe seu comentário: a exportação de animais vivos para a África Ocidental fortalece a presença do Brasil ou seria mais estratégica a venda de carne processada com maior valor agregado?