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Nordeste dá novo passo em megaprojeto bilionário que vai ligar o Atlântico ao Pacífico: ferrovia de 1.527 km tem novo trecho de 35,7 km confirmado na Bahia, com obras em 2026 e 2.400 empregos diretos

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 04/09/2025 às 18:29
Governo lança edital da Fiol II na Bahia. Trecho terá 35,7 km, R$ 507 milhões em obras e 2,4 mil empregos diretos até 2026.
Governo lança edital da Fiol II na Bahia. Trecho terá 35,7 km, R$ 507 milhões em obras e 2,4 mil empregos diretos até 2026.
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Nordeste ganha megaprojeto bilionário que vai ligar o Atlântico ao Pacífico: ferrovia de 1.527 km tem novo trecho de 35,7 km confirmado na Bahia, com obras em 2026 e 2.400 empregos diretos

Governo federal lança edital para novo trecho da Fiol II na Bahia, parte da ferrovia bioceânica que conectará Atlântico ao Pacífico. Projeto prevê 35,7 km, R$ 507 milhões em investimentos e milhares de empregos diretos.

O governo federal lançou nesta quinta-feira (04) o edital para a construção de um novo trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol II), na Bahia.

O segmento terá 35,7 quilômetros de extensão, entre os municípios de Guanambi e Caetité, no sertão baiano.

As obras devem começar no fim do primeiro semestre de 2026, com expectativa de gerar 2,4 mil empregos diretos.

O investimento previsto é de R$ 507,1 milhões, valor que cobre tanto a elaboração do projeto quanto a execução do trecho. O prazo estimado para conclusão é de 43 meses.

Em vermelho, trecho II da Fiol, cujo edital de construção foi lançado pelo governo Lula — Foto: Reprodução/InfraSA
Em vermelho, trecho II da Fiol, cujo edital de construção foi lançado pelo governo Lula — Foto: Reprodução/InfraSA

Ferrovia bioceânica e integração continental

A Fiol II integra um projeto de alcance continental.

O traçado é parte do futuro corredor ferroviário bioceânico, planejado para ligar o Atlântico, no litoral da Bahia, ao Pacífico, no Peru.

A rota começará no Porto de Ilhéus e seguirá até o Porto de Chancay, cruzando o interior do Brasil e os Andes, abrindo uma nova alternativa comercial com os países da costa oeste da América do Sul e com a Ásia.

Com 1.527 quilômetros previstos, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste conectará Ilhéus a Figueirópolis, no Tocantins.

Nesse ponto, encontrará a Ferrovia Norte-Sul, ampliando a rede ferroviária do país e fortalecendo o escoamento de grãos, minérios e outros produtos brasileiros.

Ajustes no traçado da Fiol II

Segundo o diretor de Empreendimentos da Infra S.A, André Luís Ludolfo, o trecho que acaba de ser licitado precisou passar por ajustes técnicos antes da publicação do edital.

A modificação levou em conta a proximidade de uma barragem da região, que poderia sofrer riscos estruturais caso a ferrovia fosse construída junto à represa.

“Havia a possibilidade de a obra impactar a barragem, com risco de trincas ou rupturas. O novo traçado foi planejado para afastar o reservatório, oferecendo maior segurança ambiental e estrutural”, explicou Ludolfo.

Escoamento da produção agrícola e mineral

A Fiol II, que terá ao todo 485 quilômetros entre Caetité e Barreiras, foi concebida como um eixo estratégico para o transporte de cargas no interior baiano.

Atualmente, cerca de 245 quilômetros já contam com trilhos instalados. O restante segue em obras ou aguarda licitação.

De acordo com Ludolfo, a ferrovia facilitará o escoamento da produção agrícola e mineral da Bahia, especialmente grãos e graneis agrícolas do oeste do estado.

A conexão futura com a Ferrovia Norte-Sul também ampliará o alcance do transporte até outras regiões do Brasil.

“Nossa expectativa é que a Fiol II se consolide como um novo corredor logístico e indutor do desenvolvimento socioeconômico regional”, afirmou.

Quando concluída, a linha se integrará ainda à Fiol I, já em implantação, que liga Caetité ao Porto de Ilhéus.

Essa interligação formará um corredor completo até o litoral, garantindo competitividade às exportações brasileiras, principalmente de commodities e fertilizantes.

Impacto econômico e regional na Bahia

O anúncio do novo trecho reforça a estratégia do governo de usar a expansão da malha ferroviária como vetor de crescimento econômico.

Além da criação de milhares de postos de trabalho diretos durante a fase de obras, a expectativa é de que a ferrovia reduza custos logísticos, aumente a competitividade da produção nacional e estimule investimentos em áreas próximas ao traçado.

Na Bahia, a ferrovia deve beneficiar diretamente produtores de soja, milho e algodão do oeste do estado. Também facilitará o transporte de minério de ferro extraído na região de Caetité.

O Porto de Ilhéus será o ponto de escoamento dessas cargas, consolidando-se como terminal estratégico do agronegócio e da mineração.

Avanços e desafios da obra

Apesar do potencial, a implantação da Fiol tem enfrentado atrasos desde a concepção, ainda nos anos 2010. Diversos trechos só avançaram após concessões à iniciativa privada e readequações de projeto.

O lançamento do edital desta quinta-feira é considerado um passo importante para manter o cronograma da ferrovia.

O desafio, segundo especialistas do setor logístico, será garantir a execução dentro dos prazos previstos e assegurar que a integração com outras linhas, como a Norte-Sul, ocorra de maneira eficiente.

Sem essa conexão plena, parte do potencial da ferrovia pode ser reduzido.

Conexão ferroviária entre Brasil e Peru

No plano mais amplo, a Fiol se insere no projeto da ferrovia bioceânica, que pretende ligar o Brasil ao Peru.

Embora ainda em fase de estudos e negociações internacionais, o corredor é visto como alternativa estratégica para reduzir a dependência dos portos brasileiros no Atlântico e diversificar as rotas de exportação para a Ásia.

Caso o projeto seja concluído, o país poderá encurtar distâncias no comércio internacional, diminuindo o tempo de transporte até mercados asiáticos em comparação com o trajeto atual, que passa pelo Canal do Panamá ou pela rota marítima até o Cabo da Boa Esperança, na África.

Perspectivas futuras

A publicação do edital marca um novo capítulo da expansão ferroviária no país.

O governo aposta na ferrovia como pilar de uma logística mais sustentável e menos dependente do transporte rodoviário, ainda predominante no Brasil.

Para a população do sertão baiano, a expectativa é que o empreendimento vá além do transporte de cargas e traga oportunidades de emprego, renda e dinamização da economia local.

Com a licitação aberta e o início das obras previsto para 2026, a Fiol II começa a sair do papel em mais um trecho.

Resta a dúvida: o Brasil conseguirá acelerar a execução do megaprojeto para transformar em realidade a tão sonhada ligação entre Atlântico e Pacífico?

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Roberto carlos Miguel
Roberto carlos Miguel
05/09/2025 13:05

Vão tomar no **** bando de **** do Carvalho!
Bolsomerda preso a **** vos espera!
O **** está com dor de cotovelo!
É tetra Lula 2026!
Viva o Brasil, viva soberania!
Os bolos são traidores da Pátria!

Israel Ondas dos Santos
Israel Ondas dos Santos
Em resposta a  Roberto carlos Miguel
05/09/2025 19:31

Mas um **** do **** **** **** que vai chorar muito quando Bolsonaro voltar antes do esperado kkkkkkkkkkk. Lula vassalo da China, ainda vem falar em soberania

Tr 4
Tr 4
05/09/2025 10:03

KKKKKKKKkkk o Lula não para já está falando em outro grande projeto para o Brasil kkkkkkkkkk ele gosta de projeto que não acaba como transposição do rio são Francisco a ponte Salvador Itaparica e etc para desviar o dinheiro do contribuinte e chamar a atenção dos eleitores kkkkkkkkkk sabemos que ele Lula não termina obras e só conversa para inglês ver. Fora Lula **** ****

Climaco cezar
Climaco cezar
04/09/2025 20:24

Que vergonha copiar e colar um texto de 03 anos atrás .vou pedir para te bloquear

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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