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Nem iPhone nem Android: Mark Zuckerberg fala que isso pode aposentar seu smartphone mais rápido do que você imagina

Escrito por Geovane Souza
Publicado em 12/09/2025 às 10:35
Nem iPhone nem Android: Mark Zuckerberg fala que isso pode aposentar seu smartphone mais rápido do que você imagina
Mark Zuckerberg disse acreditar que os óculos inteligentes irão gradualmente substituir o smartphone como principal interface do dia a dia.
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CEO da Meta volta a prever uma “era pós-telefone” e acelera a corrida por realidade aumentada com os óculos Ray-Ban Meta e o protótipo Orion, enquanto o mercado de smartphones dá sinais de estagnação.

A Meta tem repetido que a próxima grande plataforma de computação não caberá mais no bolso, mas no rosto. Em entrevista no fim de 2024 e, mais recentemente, na teleconferência de resultados do 2º trimestre de 2025, Mark Zuckerberg disse acreditar que os óculos inteligentes irão gradualmente substituir o smartphone como principal interface do dia a dia, criando um “mundo pós-telefone” em cerca de uma década.

A aposta se apoia em assistentes com IA generativa embutida e em experiências de realidade aumentada que “misturam” digital e mundo físico sem exigir que o usuário segure uma tela o tempo todo. Segundo ele, quem não adotar essa categoria poderá ficar em “desvantagem cognitiva”. Essa visão foi detalhada em entrevista ao podcast Decoder, do The Verge, e reiterada aos investidores em 2025.

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O que a Meta já tem hoje: Ray-Ban Meta e recursos de IA

No presente, a vitrine da estratégia são os Ray-Ban Meta, óculos com câmera 12 MP, captação por cinco microfones e áudio aberto que permitem tirar fotos, gravar vídeos e acionar o Meta AI por voz.

A empresa adicionou tradução em tempo real entre inglês, espanhol, francês e italiano e expandiu chamadas e mensagens por apps do ecossistema Meta, além de melhorias no reconhecimento visual. Esses recursos começaram a chegar no fim de 2024, com expansão em 2025 para novos mercados.

Em setembro de 2024, a Meta apresentou publicamente o Orion, seu primeiro par de óculos de realidade aumentada com projeção digital no campo de visão e controle por interface neural de pulso em desenvolvimento. A própria empresa admite que o modelo para consumidor final ainda levará tempo por custos e complexidade, mas o anúncio sinaliza a direção de produto que pode, no futuro, dispensar o telefone para muitas tarefas cotidianas.

Por que falar no “fim” do smartphone agora

O pano de fundo é um mercado de smartphones que perdeu fôlego. Dados da Canalys mostram que os embarques globais caíram 1% no 2º trimestre de 2025, a primeira queda em seis trimestres, reflexo de consumidores mais cautelosos e de um ciclo de inovação percebido como incremental. Em paralelo, fabricantes tentam reaquecer a demanda com recursos de IA on-device, enquanto a Meta promove um salto de forma com wearables.

Os óculos inteligentes da Meta têm pontos fortes claros: mãos livres, assistente por voz sempre disponível, gravação “first-person” e tradução ao vivo que ajuda em viagens e interações rápidas. Testes independentes, porém, apontam limitações em fala acelerada, gírias e ambientes barulhentos, além de autonomia e conforto que ainda variam conforme o uso. Em outras palavras, a experiência evolui rápido, mas ainda não substitui plenamente o telefone para todo mundo.

Se a promessa é viver com uma câmera no rosto, a privacidade vira tema central. A expansão do Meta AI para a Europa só ocorreu após negociações com reguladores e ajustes de transparência, reflexo de regras mais rígidas de proteção de dados. Especialistas também alertam para riscos de captura de imagens de terceiros sem consentimento. A combinação de regulação, custos e pressão social definirá a velocidade dessa migração.

“Substituir” é previsão, não decreto

Importante separar o headline da realidade. Apesar do entusiasmo do CEO, o próprio CTO da Meta, Andrew Bosworth, reconheceu em 2025 que a troca completa do smartphone por óculos não é para “agora”. Há dependências de ecossistema, hábitos de uso e barreiras técnicas a superar. Em resumo, a Meta mira uma transição gradual, com períodos longos de convivência entre as duas categorias. Fim dos celulares é mais narrativa de futuro do que fato consumado.

Para além de anúncios, o que dirá se a tese se sustenta são métricas como: tempo de uso diário dos óculos, engajamento com IA multimodal no “mundo real”, adoção de tradução offline, chegada de apps nativas não-Meta, evolução de bateria e conforto e, sobretudo, respostas de reguladores a novos recursos. Se esses indicadores avançarem, a visão de uma plataforma pós-telefone ganha tração.

Zuckerberg não “decretou” o fim imediato do smartphone, mas colocou a Meta na liderança da narrativa sobre o próximo ciclo computacional com óculos inteligentes + IA. Há sinais de mercado que embasam a aposta e lacunas que precisam ser preenchidas.

Você acha que óculos com câmera e IA devem se tornar padrão de uso em locais públicos ou isso ameaça a privacidade e o convívio social? Deixe seu comentário e conte de que lado você está nessa possível era pós-smartphone.

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Geovane Souza

Especialista em criação de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com atuação focada em crescimento orgânico, performance editorial e estratégias de distribuição. No CPG, cobre temas como empregos, economia, vagas home office, cursos e qualificação profissional, tecnologia, entre outros, sempre com linguagem clara e orientação prática para o leitor. Universitário de Sistemas de Informação no IFBA – Campus Vitória da Conquista. Se você tiver alguma dúvida, quiser corrigir uma informação ou sugerir pauta relacionada aos temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: gspublikar@gmail.com. Importante: não recebemos currículos.

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