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Nem China, nem Estados Unidos: perguntaram ao ChatGPT quem começaria a terceira guerra mundial e a resposta foi direta; ‘há um país que acenderia o estopim sem disparar o primeiro tiro’

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 19/09/2025 às 18:09
Analistas apontam que a Rússia pode ser o estopim da Terceira Guerra Mundial sem disparar o primeiro tiro, em meio a tensões globais.
Analistas apontam que a Rússia pode ser o estopim da Terceira Guerra Mundial sem disparar o primeiro tiro, em meio a tensões globais.
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Perguntaram ao ChatGPT qual nação poderia iniciar a Terceira Guerra Mundial e a resposta surpreendeu. A análise coloca um país específico como provável catalisador de um conflito global, ainda que sem disparar o primeiro tiro.

A inteligência artificial também entrou no debate sobre geopolítica.

Quando questionado sobre quem poderia iniciar a Terceira Guerra Mundial, o ChatGPT apresentou uma resposta clara: não seriam Estados Unidos nem China, mas sim a Rússia, vista como o país com maior chance de acender o estopim de um conflito global — mesmo sem disparar o primeiro tiro.

O tema está no centro das análises internacionais desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, episódio que reacendeu discussões sobre segurança coletiva e ampliou o protagonismo da OTAN.

A resposta da IA reflete um consenso frequente entre especialistas: grandes guerras raramente começam com ataques diretos entre superpotências, mas a partir de crises regionais que se expandem.

Rússia e o risco de escalada

O envolvimento militar russo na Ucrânia expôs sua disposição em alterar fronteiras pela força e reordenar o equilíbrio europeu.

A ofensiva resultou em sanções severas, mobilizou cerca de 50 países em apoio a Kiev e levou a OTAN a intensificar operações no leste do continente.

Além da guerra em andamento, a retórica do Kremlin e os exercícios conjuntos com a Bielorrússia aumentaram a percepção de ameaça.

Analistas indicam que, em caso de ataque a um membro da OTAN, seria inevitável a aplicação do Artigo 5º, que prevê defesa coletiva.

Uma escalada assim transformaria rapidamente um conflito regional em embate global.

As alianças em jogo

A Rússia mantém proximidade política e econômica com Bielorrússia e coopera em diferentes níveis com China, Coreia do Norte e Irã.

Embora os interesses de cada país não coincidam integralmente, todos reforçaram investimentos em modernização militar, cenário que ampliaria os riscos caso houvesse uma guerra de grandes proporções.

Especialistas ouvidos em publicações acadêmicas e centros de estudo apontam que a combinação de alianças formais no Ocidente e laços estratégicos da Rússia com regimes aliados aumenta o potencial de efeito dominó.

Isso explicaria por que a inteligência artificial destacou Moscou como ponto mais provável de ignição.

O fator China e a disputa no Indo-Pacífico

No tabuleiro asiático, o foco recai sobre Taiwan.

Uma ofensiva chinesa contra a ilha envolveria Estados Unidos e parceiros regionais como Japão, Austrália e Filipinas.

Washington não tem um tratado de defesa mútua com Taipei, mas a Lei de Relações com Taiwan (Taiwan Relations Act) prevê suporte militar para garantir sua capacidade defensiva.

Se crises ocorressem ao mesmo tempo na Europa e no Indo-Pacífico, especialistas avaliam que o Ocidente poderia enfrentar dificuldades operacionais para responder em duas frentes, o que daria margem a percepções de vulnerabilidade.

Ainda assim, a escalada mais imediata tende a permanecer na fronteira russa, considerada o epicentro de maior instabilidade.

Impactos globais e sensação de segurança relativa

Em meio às especulações, surge a ideia de que certos países poderiam estar mais protegidos em um cenário de guerra global, seja por neutralidade diplomática, isolamento geográfico ou autossuficiência energética.

No entanto, a experiência recente mostra que nenhum território está imune aos reflexos indiretos.

O conflito na Ucrânia provocou choques em cadeias de suprimento, mercados de energia e segurança alimentar, atingindo nações sem envolvimento direto.

A percepção de “segurança” tende a ser relativa, já que impactos econômicos e sociais ultrapassam fronteiras com rapidez.

O papel da diplomacia

Mesmo diante de tensões, mecanismos diplomáticos seguem como instrumentos centrais para reduzir riscos.

Negociações limitadas, como as que permitiram acordos sobre exportação de grãos pelo Mar Negro, funcionam como válvulas de contenção.

Da mesma forma, canais militares de comunicação, missões de observação e compromissos de transparência em exercícios ajudam a reduzir a probabilidade de incidentes fatais.

A avaliação predominante é que, embora as potências disponham de meios para destruir umas às outras, também têm interesse em evitar erros de cálculo.

A diplomacia, portanto, continua sendo a principal barreira entre uma crise localizada e um conflito de alcance mundial.

O gatilho possível

A resposta fornecida pelo ChatGPT condensa um cenário plausível: a Rússia poderia ser o ator que, ao agir de forma localizada, desencadearia uma reação em cadeia capaz de arrastar diversas potências para o campo de batalha.

Seria menos o caso de uma decisão unilateral de iniciar uma guerra total e mais o risco de uma escalada não contida.

Resta a questão: quais sinais de alerta a comunidade internacional ainda pode reconhecer a tempo para evitar que uma crise regional se transforme em uma guerra global?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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