1. Início
  2. / Curiosidades
  3. / ‘Navio da Vergonha’: por que portos em TODO o mundo se recusam a receber cargueiro
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 2 comentários

‘Navio da Vergonha’: por que portos em TODO o mundo se recusam a receber cargueiro

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 13/10/2024 às 03:03
Navio MV Kathrin carregado enfrenta rejeição global em portos por suspeita de violações de direitos humanos e leis internacionais. (Imagem/ ilustração IA)
Navio MV Kathrin carregado enfrenta rejeição global em portos por suspeita de violações de direitos humanos e leis internacionais. (Imagem/ ilustração IA)
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

‘Navio da Vergonha’ é barrado em portos ao redor do mundo. Cargueiro carrega explosivos destinados a Israel e enfrenta boicote global, pressionado por denúncias de violação de direitos humanos.

Em uma série de rejeições incomuns, o navio cargueiro MV Kathrin, conhecido como “Navio da Vergonha”, enfrenta um bloqueio global sem precedentes.

Com bandeira portuguesa hasteada, o cargueiro navega de porto em porto em busca de atracação, mas em vão.

Portos no Mediterrâneo, no Adriático e até fora da Europa têm negado a entrada do navio por suspeita de que ele transporta explosivos de alto poder destrutivo destinados a Israel.

A carga, de acordo com denúncias de organizações de direitos humanos, é destinada a operações militares contra territórios palestinos, o que tem gerado protestos em escala global.

A Anistia Internacional se envolveu no caso, pressionando o governo português para que retire o registro do MV Kathrin do Registo Internacional de Navios da Madeira.

Segundo a organização, a carga contém RDX, um explosivo altamente destrutivo, cuja utilização em conflitos armados está sob rígida regulação do direito internacional.

Esse tipo de armamento pode ser associado a execuções em massa e crimes de guerra, o que motivou o movimento de bloqueio em diversos portos.

A embarcação, de propriedade de um alemão e com tripulação ainda desconhecida, viu-se em uma situação embaraçosa ao solicitar, em 27 de setembro, a retirada da bandeira portuguesa.

No entanto, dez dias depois da solicitação oficial, o navio continuava navegando sob o pavilhão português, segundo informações divulgadas pelo jornal Público de Portugal.

Um movimento liderado por direitos humanos

Desde sua partida do porto de Hai Phong, no Vietnã, no final de julho, o MV Kathrin já foi impedido de atracar em diversas nações, incluindo Namíbia, Montenegro, Eslovênia, Croácia e Malta.

Os bloqueios vêm como resposta à pressão de diversas organizações internacionais de direitos humanos que acreditam que o carregamento do navio viola normas internacionais.

Conforme afirma a Anistia Internacional, a presença do explosivo RDX a bordo representa um sério risco para as populações dos territórios palestinos, onde o governo israelense conduziria operações militares.

De acordo com a organização, a transferência de tais armamentos para zonas de conflito viola leis internacionais que proíbem o fornecimento de armas onde há risco de genocídio ou outras atrocidades.

Risco e monitoramento contínuo

O bloqueio de acesso aos portos é apenas uma parte do que o MV Kathrin enfrenta.

Desde que sua suspeita carga foi revelada, as autoridades de segurança de diversos países e até a mídia internacional têm monitorado o trajeto da embarcação.

Para algumas nações, receber o MV Kathrin em suas águas pode significar uma violação das legislações de controle de armas e até um risco de segurança.

A vigilância contínua de seu paradeiro tem mantido o navio em constante movimento, sem um porto seguro à vista.

MV Kathrin: um caso que desafia leis e diplomacia

YouTube Video

A complexidade do caso do “Navio da Vergonha” se torna evidente à medida que questões de jurisdição, diplomacia e legislação internacional entram em jogo.

Portugal, como país de bandeira, tem a responsabilidade de verificar as atividades do navio, mas também enfrenta a pressão de grupos como a Anistia Internacional para agir rapidamente.

Para muitos, a presença da bandeira portuguesa no navio é vista como uma conivência indireta com as atividades suspeitas, o que tem levado a questionamentos sobre a regulamentação do setor marítimo.

Agora, com o aumento das tensões e a crescente pressão global, a comunidade internacional aguarda para ver qual será o destino final do MV Kathrin.

Este caso coloca em destaque a dificuldade de regular o transporte marítimo em um cenário de incertezas e desafios diplomáticos.

Será que o navio conseguirá encontrar um porto para desembarcar? E até que ponto governos e autoridades estão dispostos a ignorar o clamor de organizações de direitos humanos?

Aplicativo CPG Click Petroleo e Gas
Menos Anúncios, interação com usuários, Noticias/Vagas Personalizadas, Sorteios e muitos mais!
Inscreva-se
Notificar de
guest
2 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Sidney Pereira da Silva
Sidney Pereira da Silva
15/10/2024 02:36

A invasão da Rússia que já dura mais de um ano, matou menos civis do que a matança de Israel sobre o povo palestino , mais de 40.000 mil civis inclusive milhares de crianças, é ****, é extermínio deliberado.

Paulo Rufino
Paulo Rufino
14/10/2024 22:31

Fico aqui imaginando, por que anistia internacional não se manisfestou quando a Rússia invadiu a Ucrânia assassinando crianças, jovens, mulheres e idosos ?
Por que a anistia internacional não se envolveu quando o Hamas lançou uma ofensiva sequestrando e assassinando crianças, jovens, mulheres e idosos ?
Por que a anistia internacional não se manismfetou contra o Irã por armar e financiar grupos terrorista que matam crianças, jovens e idosos?

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x