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Nascido em 1989, um homem vive sozinho nas montanhas do condado de Anlong, na junção entre Guizhou e Guangxi, produz vinho e milho, usa moinho de pedra e recorre ao celular com dados para acessar a internet enquanto mantém uma criação extensiva de ovelhas à beira de um abismo
Nascido em 1989, o homem que vive sozinho nas montanhas mantém hoje uma criação de aproximadamente 156 ovelhas em galpões construídos à beira de precipícios nas profundezas do condado de Anlong, Guizhou. A rotina combina práticas tradicionais como o uso de moinho de pedra e produção caseira de vinho com recursos modernos mínimos, como dados móveis no celular para comunicação e entretenimento.
A logística do local é severa: estradas montanhosas acidentadas e trechos íngremes tornam o acesso difícil e limitam a frequência de abastecimento. A combinação de isolamento e adaptação tecnológica básica explica como a vida ali se sustenta, entre pastoreio diário, armazenamento de alimentos e manutenção de abrigos suspensos sobre o vale.
Localização e acesso
O imóvel e os campos de pasto estão localizados nas profundezas das montanhas do condado de Anlong, numa área que faz a transição entre Guizhou e Guangxi.
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O acesso exige percorrer estradas de terra e trechos inclinados; uma pequena ligação de três a quatro quilômetros pode levar meia hora por trilha.
O isolamento geográfico condiciona toda a organização da propriedade: abastecimentos, deslocamentos para serviços de saúde e transporte de produtos dependem de planejamento prévio e da disponibilidade sazonal das rotas.
Em épocas de chuva a dificuldade aumenta, o que eleva o risco logístico e a necessidade de estoques locais.
Estrutura das habitações e segurança na beira do penhasco
As casas e barracões foram construídos com materiais locais, predominantemente pedra, e alguns abrigos ficam literalmente sobre pilares nadando sobre o precipício.
Essa solução estrutural prioriza ventilação e aproveitamento do terreno íngreme, fatores relevantes para a sanidade do rebanho.
Apesar da aparência precária, esses galpões são adaptados à topografia e ao manejo extensivo; ainda assim, a posição junto ao desfiladeiro expõe o projeto a riscos geológicos e dificulta intervenções rápidas em caso de emergência. A manutenção periódica das fundações e dos pilares é crucial para evitar colapsos.
Rotina de criação e manejo das ovelhas
O pastoreio é executado diariamente, com saída pela manhã e recolhimento ao fim da tarde, prática que permite ao criador monitorar a saúde e o comportamento do rebanho.
Atualmente são citadas cerca de 156 ovelhas, número que exige organização de pastagens, fornecimento de água e controle sanitário básico.
A separação de animais doentes e a vigilância diária são medidas adotadas para evitar surtos; há registro de animais isolados quando necessário, procedimento que reduz o risco de contágio.
O manejo é essencialmente manual e exige esforço físico intenso, sobretudo em terrenos íngremes.
Produção alimentar e economia doméstica
A subsistência combina alimentação comprada na vila com produção local: o criador cozinha milho, utiliza moinho de pedra e produz vinho em pequena escala.
Esses elementos garantem parte do autoconsumo e reduzem a dependência de suprimentos externos.
O abastecimento predominante ainda vem das ruas e vilas próximas em viagens periódicas; a vida econômica ali é uma mescla de autossuficiência prática e trocas pontuais com mercados externos.
A ausência de sementes e insumos agrícolas estruturados limita práticas de cultivo mais intensivas.
Uso de tecnologia e conectividade
Embora a área seja remota, o celular com dados móveis proporciona conectividade básica para o criador acesso a vídeos e comunicação esporádica com visitantes ou familiares.
Esse recurso é usado principalmente para entretenimento e verificação esporádica de informações, não substituindo infraestrutura de comunicação mais robusta.
A presença de dados móveis altera sutilmente a dinâmica do isolamento: permite acompanhamento de notícias, contato com compradores potenciais e entretenimento para enfrentar o tempo ocioso.
Ainda assim, a conectividade é precária e muitas vezes limitada ao volume de tráfego disponível no plano.
Riscos, adaptabilidade e sustentabilidade
A situação exposta combina desafios naturais e humanos: riscos geológicos, dificuldades de logística e limitações no acesso a serviços médicos e veterinários.
A durabilidade da atividade depende da capacidade do criador de manter estruturas, gerir emergências sanitárias e assegurar fornecimento periódico de insumos.
Ao mesmo tempo, a longa permanência no local demonstra alto grau de adaptabilidade: soluções construtivas locais, manejo tradicional e uso pontual de tecnologia configuram uma estratégia de sobrevivência eficiente para um contexto de isolamento.
A continuidade do projeto depende também da disponibilidade de mão de obra e do interesse das gerações futuras.
Dimensão social e implicações demográficas
Viver sozinho nas montanhas coloca o criador numa realidade distante das tendências urbanas que atraem a maior parte dos jovens.
A trajetória dele, nascido em 1989, ilustra uma escolha ou uma circunstância de permanência rural que contrasta com a migração para centros urbanos.
Essa condição revela tensões entre tradição e modernidade: os métodos de subsistência preservam saberes locais, enquanto a conectividade mínima aproxima o morador de referências contemporâneas.
A viabilidade demográfica do local dependerá de políticas locais, acesso a serviços e da disposição de novas gerações em continuar atividades rurais em ambientes tão remotos.
A vida de quem vive sozinho nas montanhas do condado de Anlong combina coragem, técnica tradicional e adaptações tecnológicas elementares para manter um rebanho extenso em terreno perigoso.
A experiência mostra como práticas centenárias podem conviver com o uso esporádico de dados móveis e pequenos eletrodomésticos, formando um modo de vida resiliente, porém vulnerável.
Você acha que medidas públicas de apoio ou iniciativas comunitárias poderiam tornar esse modo de vida mais seguro e sustentável sem destruir sua autonomia?
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