A NASA quer entender os efeitos da gravidade zero no corpo humano para futuras missões espaciais de longa duração e como isso pode impactar astronautas em viagens a Marte
A NASA, em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) e o Centro Aeroespacial Alemão (DLR), está recrutando voluntários para um experimento inusitado: ficar deitado por 70 dias consecutivos. O objetivo do estudo é simular os efeitos da microgravidade no corpo humano, ajudando a desenvolver contramedidas para proteger astronautas em futuras missões espaciais. Como compensação, os participantes receberão US$ 18.000 (aproximadamente R$ 90.000).
Como funciona o experimento da NASA
Os voluntários para pesquisa da NASA deverão permanecer deitados de cabeça para baixo, inclinados em 6 graus, reproduzindo a redistribuição de fluidos corporais que ocorre no espaço. Durante esse período, eles realizarão todas as atividades diárias, incluindo comer, tomar banho e até se exercitar, sem sair dessa posição. O estudo será conduzido em instalações da ESA na Alemanha.
Para garantir que os resultados sejam válidos, a NASA estabeleceu critérios rigorosos para a seleção dos participantes:
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- Idade: entre 24 e 55 anos;
- Altura: entre 1,53m e 1,90m;
- Boa condição de saúde e não fumantes;
- Fluência em alemão (já que os testes ocorrem na Alemanha).
Os pesquisadores esperam que os dados coletados ajudem a reduzir a perda muscular e óssea dos astronautas em gravidade zero, tornando missões de longa duração, como uma possível viagem a Marte, mais seguras.
Por que a NASA paga para pessoas ficarem deitadas?
A microgravidade afeta significativamente o corpo humano, causando problemas como atrofia muscular, perda de densidade óssea, dificuldades circulatórias e redistribuição de fluidos. Para mitigar esses impactos, os cientistas precisam entender melhor as adaptações do corpo humano a longos períodos sem gravidade.
O estudo de microgravidade da NASA pode trazer benefícios também para a medicina na Terra. Os resultados podem ser aplicados em tratamentos para pacientes acamados por longos períodos, ajudando a prevenir complicações de imobilização prolongada.
Importância do estudo para futuras missões espaciais
Com a NASA planejando missões tripuladas à Lua e, futuramente, a Marte, entender os efeitos da microgravidade no corpo humano é essencial. Viagens espaciais prolongadas podem durar anos, e garantir que os astronautas mantenham sua saúde e capacidade física é uma prioridade para as agências espaciais.
Estudos anteriores já mostraram que a permanência prolongada no espaço pode causar redução na massa óssea e muscular de até 2% por mês. O desenvolvimento de novas estratégias para minimizar esses impactos será fundamental para o sucesso das missões futuras.