Com 30 metros de comprimento, o X-59 realizou seu primeiro voo sobre o deserto da Califórnia. O projeto busca eliminar o estrondo sônico e reduzir drasticamente o tempo de viagem entre grandes cidades
A NASA e a Lockheed Martin deram um passo importante no desenvolvimento de jatos supersônicos silenciosos. Nesta semana, um avião experimental projetado para voar mais rápido que o som com baixo ruído realizou seu primeiro voo de teste sobre o deserto do sul da Califórnia, logo após o nascer do sol. O evento marcou um avanço que pode transformar o transporte aéreo comercial.
O voo inaugural do X-59
O jato experimental, batizado de X-59, foi desenvolvido para atingir velocidades supersônicas sem provocar o estrondo sônico que historicamente limitou esse tipo de operação sobre áreas habitadas. Durante o teste, a aeronave ainda não ultrapassou a barreira do som.
O objetivo principal foi verificar a integridade estrutural e os sistemas de voo. Mesmo assim, a decolagem foi celebrada como um marco significativo pela NASA e pela Lockheed Martin.
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Com 30 metros de comprimento, o X-59 partiu das instalações da Lockheed Martin Skunk Works, em Palmdale, a cerca de 100 quilômetros ao norte de Los Angeles, e pousou próximo ao Centro de Pesquisa de Voo Armstrong da NASA, a 64 quilômetros de distância. Segundo os engenheiros envolvidos, o voo ocorreu conforme o planejado e demonstrou a estabilidade do projeto.
Reduzindo o ruído e o tempo de viagem
Desde a década de 1940, aviões já alcançam velocidades supersônicas, mas o ruído explosivo — o chamado estrondo sônico — levou à proibição desses voos sobre terra nos Estados Unidos. O famoso Concorde, operado pela British Airways e Air France, chegou a oferecer viagens transatlânticas entre as décadas de 1970 e 2000, mas foi desativado em 2003 após um acidente e custos operacionais elevados.
O X-59 promete uma revolução ao voar mais rápido que o som com apenas um “leve solavanco”, como descreve a Lockheed Martin. Caso o projeto cumpra suas metas, viagens entre cidades como Nova York e Los Angeles poderão levar metade do tempo atual, reabrindo caminho para o renascimento das viagens supersônicas comerciais.
A NASA pretende usar os resultados para propor mudanças regulatórias que permitam o retorno desses voos sobre território americano, desta vez de forma silenciosa e eficiente.



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