Após 25 anos em órbita, a Estação Espacial Internacional tem data marcada para o fim: em 2030, será guiada pela NASA até o Ponto Nemo, o remoto “cemitério das espaçonaves” no Oceano Pacífico
No último domingo (2), a Estação Espacial Internacional (ISS) completou 25 anos de ocupação humana contínua. O feito é histórico porque representa a mais longa presença humana fora da Terra. No entanto, o encerramento dessa jornada já tem data e local definidos: o Ponto Nemo, uma área remota do Oceano Pacífico conhecida como o “cemitério das espaçonaves”.
A NASA confirmou que, em 2030, uma cápsula Dragon, da SpaceX, realizará a reentrada controlada da ISS na atmosfera. Fragmentos da estrutura cairão no oceano, encerrando três décadas de operação em órbita.
A maior colaboração científica já realizada no espaço
Construída entre 1998 e 2011, a ISS é considerada uma das maiores conquistas tecnológicas da humanidade.
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Ela foi desenvolvida por cinco agências espaciais — Estados Unidos, Rússia, Japão, Canadá e Europa — e se tornou o maior laboratório científico já colocado em órbita.
Desde sua inauguração, 290 pessoas de 26 países já viveram e trabalharam no local. Elas realizaram experimentos em diversas áreas, como física, medicina e biologia.
Essa cooperação global permitiu avanços significativos porque reuniu conhecimento técnico, recursos e objetivos comuns em torno da pesquisa espacial.
A participação de cada país é proporcional à sua contribuição financeira e tecnológica. Os Estados Unidos lideram o número de missões, com 170 astronautas enviados.
Já a Rússia enviou 64. Essa divisão ilustra o caráter colaborativo que marcou toda a existência da estação.
Como será o fim da ISS
Para encerrar a missão de forma segura, a NASA pretende usar uma versão modificada da cápsula Dragon, fabricada pela SpaceX.
O plano é conduzir a estação a uma reentrada controlada, garantindo que a maior parte da estrutura seja consumida pelo calor da atmosfera antes de atingir o oceano.
O ponto de destino, o Ponto Nemo, está a cerca de 2.700 quilômetros da terra habitada mais próxima.
Essa distância torna a região ideal para a queda de destroços espaciais, porque praticamente elimina qualquer risco para pessoas ou embarcações.
Por essa razão, o local ganhou o apelido de “cemitério das espaçonaves”. Ali repousam centenas de satélites, sondas e antigas estações que completaram suas missões. A ISS será, portanto, o maior objeto já “sepultado” nesse lugar remoto.
O processo de reentrada e o simbolismo do encerramento da Estação Espacial
Durante a reentrada prevista para 2030, a ISS deve se desintegrar gradualmente. Primeiro, painéis solares e radiadores se desprendem.
Em seguida, os módulos principais se fragmentam em pedaços menores. A maioria desses fragmentos queimará completamente, mas partes mais densas poderão resistir até atingir o oceano.
Casos anteriores mostram que esse tipo de operação exige precisão. Em 2001, a Rússia direcionou a estação Mir para o mesmo ponto no Pacífico.
Já em 1979, parte da estação Skylab, dos Estados Unidos, acabou caindo na Austrália, o que rendeu à NASA uma multa simbólica de US$ 400.
Com suas 460 toneladas e dimensões equivalentes a um campo de futebol, a Estação Espacial Internacional encerrará sua trajetória como o maior artefato humano a reentrar controladamente na Terra — um adeus que simboliza o fim de uma era e o início de uma nova fase na exploração comercial do espaço.
Com informações de Olhar Digital.



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