1. Início
  2. / Ciência e Tecnologia
  3. / Nasa acelera plano para instalar reator nuclear na Lua até 2029 após China e Rússia anunciarem base conjunta até 2035
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 0 comentários

Nasa acelera plano para instalar reator nuclear na Lua até 2029 após China e Rússia anunciarem base conjunta até 2035

Publicado em 05/08/2025 às 10:25
Nasa acelera plano para instalar reator nuclear na Lua até 2029 e tenta evitar exclusão imposta por China e Rússia
Nasa acelera plano para instalar reator nuclear na Lua até 2029 e tenta evitar exclusão imposta por China e Rússia
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Projeto prevê geração de energia contínua para missões tripuladas e pode redefinir disputa geopolítica no espaço

A Nasa divulgou uma diretriz oficial para antecipar a instalação de um reator nuclear na superfície da Lua até o final de 2029. A iniciativa, liderada pelo administrador interino Sean Duffy, visa garantir a liderança dos Estados Unidos na exploração espacial diante da aproximação estratégica entre China e Rússia, que também planejam uma base lunar com energia própria.

O plano inclui a construção de um sistema de geração de pelo menos 100 quilowatts de energia suficiente para alimentar cerca de 80 casas e busca soluções comerciais para acelerar o projeto. A medida representa uma virada de ritmo e escopo na corrida espacial, com implicações técnicas, energéticas e militares para o futuro da presença humana fora da Terra.

Por que um reator nuclear na Lua é prioridade?

Nasa acelera plano para instalar reator nuclear na Lua até 2029 após China e Rússia anunciarem base conjunta até 2035

O maior desafio para manter equipamentos e astronautas na superfície lunar está no ciclo extremo de luz e escuridão. Um único dia lunar equivale a cerca de quatro semanas terrestres, sendo duas com sol constante e duas em escuridão total.

Pai e filho sorrindo ao fundo de arte promocional da Shopee para o Dia dos Pais, com produtos e caixas flutuantes em cenário laranja vibrante.
Celebre o Dia dos Pais com ofertas incríveis na Shopee!
Ícone de link VEJA AS OFERTAS!

Nesse cenário, painéis solares e baterias se tornam insuficientes especialmente na região do polo sul lunar, onde o sol mal passa do horizonte e certas áreas nunca recebem luz direta.

Diante dessa limitação, a Nasa decidiu priorizar a geração nuclear, uma fonte de energia constante e robusta que pode suportar operações críticas mesmo nas condições mais adversas. A proposta inclui:

  • Nomeação de um líder de projeto em 30 dias;
  • Abertura de edital para empresas interessadas em 60 dias;
  • Entrega do reator até o final de 2029, pronto para lançamento.

Qual é o risco geopolítico envolvido?

Segundo Sean Duffy, há uma disputa real pelo domínio lunar. O temor da agência é que, caso China e Rússia consigam instalar primeiro seus sistemas energéticos, possam declarar zonas de exclusão e limitar a atuação dos EUA na superfície da Lua.

A aliança sino-russa já declarou intenção de estabelecer uma base lunar conjunta até 2035, com foco na região polar.

Se tiverem acesso antecipado à geração de energia estável, poderão controlar áreas de interesse estratégico, como crateras que abrigam gelo, recurso vital para missões prolongadas.

O que muda com a nova diretriz da Nasa?

Até recentemente, os estudos sobre energia lunar estavam focados em protótipos de 40 quilowatts, com menos de seis toneladas. Agora, a Nasa quer mais potência, mais rápido.

A meta mínima é de 100 kW, com cronograma apertado e foco em tecnologias aplicáveis ao programa Artemis, que deve levar os próximos astronautas à Lua.

A diretriz também reflete uma mudança de prioridades no governo americano. Há uma tendência clara de redirecionar recursos para projetos tripulados e competitivos, reduzindo investimentos em sondas robóticas, pesquisas climáticas e aviação.

A estratégia é reforçar a presença humana permanente na Lua e, futuramente, em Marte.

E os próximos passos?

O primeiro pouso tripulado do programa Artemis está previsto para 2027, embora especialistas apontem atraso provável. Parte do sistema essencial como o módulo lunar Starship, da SpaceX ainda não foi testado em operações reais.

Mesmo sem todos os detalhes técnicos definidos, a decisão da Nasa envia um recado claro: a corrida pela presença sustentável na Lua está em andamento, e os EUA não pretendem perder a dianteira.

Você acha que o uso de energia nuclear na Lua é inevitável? A disputa entre EUA, China e Rússia pelo espaço lunar pode mudar o rumo da exploração espacial? Deixe sua opinião nos comentários queremos saber o que você pensa sobre esse avanço.

Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x