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“Não vou abrir mão do petróleo brasileiro”: Lula defende uso soberano da riqueza do pré-sal para financiar transição energética e combater desigualdade social

Publicado em 07/07/2025 às 17:49
Em cerimônia no Rio, Lula defende soberania sobre o petróleo brasileiro, anuncia investimentos da Petrobras e reforça que o combustível pode financiar a transição energética e o combate à pobreza.
Em cerimônia no Rio, Lula defende soberania sobre o petróleo brasileiro, anuncia investimentos da Petrobras e reforça que o combustível pode financiar a transição energética e o combate à pobreza. Foto: Tauan Alencar/MME.
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Em cerimônia no Rio, Lula defende soberania sobre o petróleo brasileiro, anuncia investimentos da Petrobras e reforça que o combustível pode financiar a transição energética e o combate à pobreza.

Na última sexta-feira, 4, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu com veemência o uso das reservas de petróleo do Brasil como fonte de financiamento para a transição energética e o combate à desigualdade social. A declaração foi feita durante cerimônia na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, evento que também anunciou mais de R$ 33 bilhões em investimentos da Petrobras no estado.

Lula foi direto ao afirmar que o Brasil não abrirá mão da exploração do seu petróleo em nome de interesses externos.

Para ele, a riqueza gerada pelo combustível fóssil deve ser revertida em benefício do povo brasileiro, desde que respeitados os princípios de responsabilidade ambiental.

“Eu não vou abrir mão do petróleo brasileiro para os outros explorarem”, declarou o presidente.

Petróleo como motor da transição energética e da inclusão social

Durante o discurso, Lula enfatizou que o petróleo, embora poluente, pode ser a chave para financiar a transição energética de maneira soberana e justa.

Segundo ele, é possível abandonar gradualmente os combustíveis fósseis, mas com planejamento e uso estratégico dos recursos gerados por eles.

“Sou favorável a acabar [com o combustível fóssil], quando a gente fizer do combustível fóssil o financiamento da chamada transição energética que temos que fazer”, explicou.

Além disso, o presidente reforçou que o foco do governo é garantir que as riquezas naturais do Brasil gerem progresso para quem mais precisa, combatendo a pobreza e ampliando as oportunidades econômicas.

Petrobras: protagonista da reindustrialização e da energia limpa

A fala de Lula foi acompanhada do anúncio de novos investimentos da Petrobras, que somam mais de R$ 33 bilhões apenas no estado do Rio de Janeiro.

Os recursos serão destinados à expansão da Reduc, ao Complexo de Energias Boaventura em Itaboraí, e a outras frentes estratégicas da companhia.

Segundo o governo, esses projetos devem gerar mais de 100 mil empregos diretos e indiretos, impulsionando a reindustrialização nacional e posicionando a Petrobras como peça-chave da transição energética no país.

Além de ampliar a produção de diesel S-10 e querosene de aviação, o plano da estatal também prevê a fabricação de combustíveis renováveis, como o HVO (óleo vegetal hidrotratado) e o SAF (combustível sustentável de aviação), com tecnologias de menor impacto ambiental.

Lula critica pressões externas e defende autonomia brasileira

Lula não poupou críticas às pressões internacionais que pedem o fim imediato da exploração de petróleo em países em desenvolvimento.

Para ele, essas exigências desconsideram as desigualdades históricas e os desafios sociais enfrentados pelo Brasil.

“Não queremos prejudicar nada, mas não queremos abrir mão da riqueza do nosso país, para favorecer o nosso povo”, afirmou.

O presidente ressaltou que a transição energética precisa respeitar o contexto de cada país, e que o Brasil pode liderar esse processo sem abrir mão da sua soberania.

“Quero que a gente faça da forma mais saudável possível, da forma mais responsável possível”, completou.

Investimentos ampliam atuação da Petrobras até 2029

Além dos anúncios no Rio de Janeiro, a Petrobras projeta investimentos totais de US$ 111 bilhões até 2029, com foco em expansão das refinarias, atuação em fertilizantes, logística, petroquímica e fontes renováveis.

Essa estratégia posiciona a empresa como protagonista no desafio global de conciliar segurança energética, responsabilidade ambiental e crescimento econômico. Lula destacou o papel da estatal nesse equilíbrio:

“Tenho orgulho de a Petrobras ser uma empresa que leva muito a sério a questão climática”, declarou.

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Andriely Medeiros de Araújo

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o CPG — Click Petróleo e Gás.

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