Um novo comportamento está redesenhando as relações de trabalho e dividindo opiniões no mercado: a postura da Geração Z de fazer apenas o essencial. Com a frase “não ganho mais por isso” como lema, jovens profissionais estão deixando de lado a busca por promoções, evitando responsabilidades extras e priorizando a saúde mental. Para eles, cumprir o contrato ao pé da letra é mais inteligente do que se sacrificar sem recompensa.
Um novo conceito começa a se destacar no mercado de trabalho: o “minimalismo profissional”. A filosofia valoriza o cumprimento rigoroso do horário, o foco exclusivo nas tarefas contratadas e a rejeição a esforços extras por promoções. O movimento surge como resposta a uma cultura corporativa que glorifica a intensidade e o crescimento a qualquer preço.
Apesar de parecer preguiça ou desinteresse, o fenômeno reflete prioridades diferentes e estratégias de sobrevivência. Para a Geração Z, proteger a saúde mental e evitar o estresse são escolhas conscientes. Cerca de 68% dos jovens afirmam que não desejam cargos de chefia, a menos que a remuneração seja significativamente alta.
Economia e múltiplos empregos impulsionam mudança
A necessidade econômica explica boa parte desse comportamento. Segundo pesquisa do Glassdoor, 57% dos jovens da Geração Z precisam ter mais de um emprego para manter o sustento. Entre os millennials, o índice cai para 48%, e entre os baby boomers, para 21%.
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Diante desse cenário, sair no horário e evitar sobrecarga se torna essencial para preservar energia e equilibrar diferentes fontes de renda. Para quem cresceu assistindo a demissões em massa e instabilidade, apostar em um único empregador representa um risco elevado. A segurança está na diversificação.
Uma estratégia consciente
Chris Martin, diretor de pesquisa do Glassdoor, resume o fenômeno como “uma mudança consciente da dependência de um único empregador para o estabelecimento de limites e a busca por múltiplas fontes de renda”.
O minimalismo profissional, portanto, não significa trabalhar menos. Trata-se de trabalhar de maneira mais estratégica e segura em um ambiente onde a antiga promessa de lealdade corporativa deixou de ser confiável.


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