Mulher em regime prisional encontrou dinheiro dentro de saco plástico durante limpeza em imóvel alvo de ordem judicial em Sengés (PR). Valor foi entregue à Polícia Penal e encaminhado ao Poder Judiciário.
Uma mulher privada de liberdade que presta serviço externo supervisionado em Sengés (PR) encontrou R$ 8 mil em espécie durante uma ação de limpeza urbana e entregou o dinheiro às autoridades.
A quantia estava dentro de um saco plástico, misturada ao entulho recolhido em um imóvel alvo de ordem judicial.
De acordo com a Polícia Penal do Paraná (PP-PR), o valor foi encaminhado ao Poder Judiciário para posterior restituição aos responsáveis.
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Dinheiro encontrado em meio ao entulho
A ocorrência foi registrada durante uma operação conjunta da Vigilância Sanitária, da guarda municipal e da Polícia Penal.
As equipes cumpriam uma decisão judicial para limpeza de uma residência denunciada por acúmulo de materiais.
Durante o trabalho, a custodiada encontrou o dinheiro dentro de um saco plástico e comunicou imediatamente os servidores que acompanhavam o serviço.
Em nota, a Polícia Penal informou que “o dinheiro foi entregue ao Poder Judiciário para que seja restituído aos responsáveis”.
O imóvel era ocupado por sua proprietária, que, segundo o órgão, estava acolhida pela assistência social do município no momento da limpeza.
A identidade da detenta não foi divulgada.
Ordem judicial e apoio das forças locais
Segundo a PP-PR, a limpeza ocorreu após denúncias de acúmulo excessivo de materiais e risco à saúde pública.
A Vigilância Sanitária coordenou os trabalhos, com apoio de agentes municipais e da equipe prisional.
A devolução da quantia seguiu os protocolos de registro e encaminhamento padrão em casos de achado de valores durante ações públicas.
A Polícia Penal não detalhou o processo judicial relacionado ao imóvel nem o crime pelo qual a mulher cumpre pena, afirmando que essas informações são sigilosas e servem para preservar a segurança da pessoa privada de liberdade.
Projeto Justiça Sem Grades e reintegração social
A detenta integra o Justiça Sem Grades, projeto que promove atividades laborais supervisionadas como forma de reintegração social.
Em Sengés, 24 custodiados participam atualmente da iniciativa.
Segundo a Polícia Penal, os internos passam por avaliação de uma equipe multidisciplinar e precisam manter bom comportamento para atuar em trabalhos externos.
A corporação informou que a mulher entrou no sistema prisional em junho de 2023 e passou a integrar o projeto em julho deste ano.
O órgão mantém parcerias com prefeituras e com o Fundepar para execução de serviços em escolas estaduais.
No estado, aproximadamente 35% dos presos desenvolvem algum tipo de atividade laboral.
Conduta é vista como reflexo do acompanhamento prisional
O coordenador regional da Polícia Penal em Ponta Grossa, William Ribas, afirmou que o episódio reforça a importância de acompanhamento constante dos custodiados autorizados ao trabalho externo.
“O trabalho é uma ferramenta poderosa de reinserção social e o resultado está evidente nesse gesto de integridade”, disse.
A policial penal Indianara Barbosa, gestora da Cadeia Pública de Sengés, também destacou o desempenho dos participantes do Justiça Sem Grades.
Segundo ela, a rotina de trabalho e o monitoramento próximo contribuem para o desenvolvimento pessoal e disciplinar dos presos envolvidos em atividades externas.
Procedimentos após a devolução do dinheiro
Após o achado, a quantia foi conferida, lacrada e registrada conforme os trâmites administrativos da Polícia Penal.
O valor foi encaminhado ao Poder Judiciário, responsável por definir o destino final, incluindo a restituição aos legítimos proprietários quando comprovada a origem.
O órgão não informou prazos nem o juízo responsável pela análise do caso.
O imóvel passou por limpeza completa e retirada de entulho, com o objetivo de eliminar possíveis focos de vetores e reduzir riscos sanitários para a vizinhança.
O trabalho foi encerrado no mesmo dia, sem intercorrências.
Seleção e controle dos participantes do projeto
De acordo com a PP-PR, o Justiça Sem Grades adota critérios técnicos de seleção para participação.
A escolha leva em conta avaliação psicológica, perfil disciplinar e aptidão para o trabalho externo.
A supervisão é constante, e os horários, trajetos e tarefas são definidos previamente.
Especialistas em execução penal apontam que a oferta de atividades laborais reduz a reincidência e melhora o comportamento dentro das unidades.
Em diversas cidades do estado, os custodiados atuam em áreas como limpeza urbana, pintura, jardinagem e manutenção predial.
Repercussão e próximos passos do caso em Sengés
Servidores que participaram da ação relataram à PP-PR que a devolução do dinheiro foi feita de forma imediata.
O episódio foi registrado oficialmente e incluído no prontuário da custodiada, podendo ser considerado em futuras avaliações de conduta.
O órgão reiterou que não divulga informações pessoais ou processuais de internos, por se tratarem de dados sigilosos.
Segundo a Polícia Penal, a transparência nos registros e o cumprimento de protocolos buscam garantir segurança jurídica e reforçar a credibilidade de programas de reintegração, como o Justiça Sem Grades.
Contexto de saúde pública e atuação legal
Situações de acúmulo de materiais em imóveis podem resultar em ordens judiciais de limpeza compulsória, principalmente quando há risco à saúde pública.
Nessas operações, é comum o apoio de equipes técnicas e da força pública para assegurar o cumprimento da decisão e a preservação do local.
A utilização de mão de obra prisional em atividades desse tipo ocorre mediante convênios firmados entre o Estado e os municípios.
Os participantes recebem treinamento e são acompanhados por agentes penais durante todo o expediente.
Quando algum objeto de valor é encontrado, o procedimento prevê o registro e a comunicação imediata à autoridade competente, como ocorreu em Sengés.
Avanços e desafios na reintegração social
Programas de trabalho externo são apontados por órgãos de execução penal como instrumentos de reinserção gradual.
Segundo especialistas, a rotina supervisionada e a remuneração simbólica contribuem para a retomada de vínculos sociais e para a redução da ociosidade dentro do sistema prisional.
O caso registrado em Sengés reacende o debate sobre o alcance dessas iniciativas e o papel do Estado na promoção de oportunidades para custodiados.



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