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Mulher presa encontra R$ 8 mil no lixo trabalhando como mão de obra do estado e devolve quantia

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 08/11/2025 às 17:27
Detenta em Sengés (PR) encontra R$ 8 mil em serviço externo supervisionado e devolve valor ao Judiciário, gerando novo foco para reintegração social.
Detenta em Sengés (PR) encontra R$ 8 mil em serviço externo supervisionado e devolve valor ao Judiciário, gerando novo foco para reintegração social.
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Mulher em regime prisional encontrou dinheiro dentro de saco plástico durante limpeza em imóvel alvo de ordem judicial em Sengés (PR). Valor foi entregue à Polícia Penal e encaminhado ao Poder Judiciário.

Uma mulher privada de liberdade que presta serviço externo supervisionado em Sengés (PR) encontrou R$ 8 mil em espécie durante uma ação de limpeza urbana e entregou o dinheiro às autoridades.

A quantia estava dentro de um saco plástico, misturada ao entulho recolhido em um imóvel alvo de ordem judicial.

De acordo com a Polícia Penal do Paraná (PP-PR), o valor foi encaminhado ao Poder Judiciário para posterior restituição aos responsáveis.

Dinheiro encontrado em meio ao entulho

A ocorrência foi registrada durante uma operação conjunta da Vigilância Sanitária, da guarda municipal e da Polícia Penal.

As equipes cumpriam uma decisão judicial para limpeza de uma residência denunciada por acúmulo de materiais.

Durante o trabalho, a custodiada encontrou o dinheiro dentro de um saco plástico e comunicou imediatamente os servidores que acompanhavam o serviço.

Em nota, a Polícia Penal informou que “o dinheiro foi entregue ao Poder Judiciário para que seja restituído aos responsáveis”.

O imóvel era ocupado por sua proprietária, que, segundo o órgão, estava acolhida pela assistência social do município no momento da limpeza.

A identidade da detenta não foi divulgada.

Ordem judicial e apoio das forças locais

Segundo a PP-PR, a limpeza ocorreu após denúncias de acúmulo excessivo de materiais e risco à saúde pública.

A Vigilância Sanitária coordenou os trabalhos, com apoio de agentes municipais e da equipe prisional.

A devolução da quantia seguiu os protocolos de registro e encaminhamento padrão em casos de achado de valores durante ações públicas.

A Polícia Penal não detalhou o processo judicial relacionado ao imóvel nem o crime pelo qual a mulher cumpre pena, afirmando que essas informações são sigilosas e servem para preservar a segurança da pessoa privada de liberdade.

Projeto Justiça Sem Grades e reintegração social

A detenta integra o Justiça Sem Grades, projeto que promove atividades laborais supervisionadas como forma de reintegração social.

Em Sengés, 24 custodiados participam atualmente da iniciativa.

Segundo a Polícia Penal, os internos passam por avaliação de uma equipe multidisciplinar e precisam manter bom comportamento para atuar em trabalhos externos.

A corporação informou que a mulher entrou no sistema prisional em junho de 2023 e passou a integrar o projeto em julho deste ano.

O órgão mantém parcerias com prefeituras e com o Fundepar para execução de serviços em escolas estaduais.

No estado, aproximadamente 35% dos presos desenvolvem algum tipo de atividade laboral.

Conduta é vista como reflexo do acompanhamento prisional

O coordenador regional da Polícia Penal em Ponta Grossa, William Ribas, afirmou que o episódio reforça a importância de acompanhamento constante dos custodiados autorizados ao trabalho externo.

“O trabalho é uma ferramenta poderosa de reinserção social e o resultado está evidente nesse gesto de integridade”, disse.

A policial penal Indianara Barbosa, gestora da Cadeia Pública de Sengés, também destacou o desempenho dos participantes do Justiça Sem Grades.

Segundo ela, a rotina de trabalho e o monitoramento próximo contribuem para o desenvolvimento pessoal e disciplinar dos presos envolvidos em atividades externas.

Procedimentos após a devolução do dinheiro

Após o achado, a quantia foi conferida, lacrada e registrada conforme os trâmites administrativos da Polícia Penal.

O valor foi encaminhado ao Poder Judiciário, responsável por definir o destino final, incluindo a restituição aos legítimos proprietários quando comprovada a origem.

O órgão não informou prazos nem o juízo responsável pela análise do caso.

O imóvel passou por limpeza completa e retirada de entulho, com o objetivo de eliminar possíveis focos de vetores e reduzir riscos sanitários para a vizinhança.

O trabalho foi encerrado no mesmo dia, sem intercorrências.

Seleção e controle dos participantes do projeto

De acordo com a PP-PR, o Justiça Sem Grades adota critérios técnicos de seleção para participação.

A escolha leva em conta avaliação psicológica, perfil disciplinar e aptidão para o trabalho externo.

A supervisão é constante, e os horários, trajetos e tarefas são definidos previamente.

Especialistas em execução penal apontam que a oferta de atividades laborais reduz a reincidência e melhora o comportamento dentro das unidades.

Em diversas cidades do estado, os custodiados atuam em áreas como limpeza urbana, pintura, jardinagem e manutenção predial.

Repercussão e próximos passos do caso em Sengés

Servidores que participaram da ação relataram à PP-PR que a devolução do dinheiro foi feita de forma imediata.

O episódio foi registrado oficialmente e incluído no prontuário da custodiada, podendo ser considerado em futuras avaliações de conduta.

O órgão reiterou que não divulga informações pessoais ou processuais de internos, por se tratarem de dados sigilosos.

Segundo a Polícia Penal, a transparência nos registros e o cumprimento de protocolos buscam garantir segurança jurídica e reforçar a credibilidade de programas de reintegração, como o Justiça Sem Grades.

Situações de acúmulo de materiais em imóveis podem resultar em ordens judiciais de limpeza compulsória, principalmente quando há risco à saúde pública.

Nessas operações, é comum o apoio de equipes técnicas e da força pública para assegurar o cumprimento da decisão e a preservação do local.

A utilização de mão de obra prisional em atividades desse tipo ocorre mediante convênios firmados entre o Estado e os municípios.

Os participantes recebem treinamento e são acompanhados por agentes penais durante todo o expediente.

Quando algum objeto de valor é encontrado, o procedimento prevê o registro e a comunicação imediata à autoridade competente, como ocorreu em Sengés.

Avanços e desafios na reintegração social

Programas de trabalho externo são apontados por órgãos de execução penal como instrumentos de reinserção gradual.

Segundo especialistas, a rotina supervisionada e a remuneração simbólica contribuem para a retomada de vínculos sociais e para a redução da ociosidade dentro do sistema prisional.

O caso registrado em Sengés reacende o debate sobre o alcance dessas iniciativas e o papel do Estado na promoção de oportunidades para custodiados.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas e também editor do portal CPG. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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