Apostadora de Michigan venceu prêmio de R$ 540 mil na loteria após pedir ao ChatGPT para gerar os números da Powerball, caso que reacende o debate sobre o papel da inteligência artificial em jogos de azar e sorteios aleatórios.
A história de Tammy Carvey, de 45 anos, virou destaque nos Estados Unidos após ela ganhar R$ 540 mil na loteria com uma aposta gerada pelo ChatGPT. A moradora de Wyandotte, no estado de Michigan, decidiu pedir à inteligência artificial que escolhesse uma sequência de números para o sorteio da Powerball e, para sua surpresa, o bilhete foi premiado.
Carvey acertou quatro números principais e a Powerball, garantindo US$ 50 mil, valor que foi automaticamente dobrado para US$ 100 mil por causa da função Power Play, segundo informou a Loteria de Michigan. O curioso é que o prêmio chamou mais atenção pelo método usado do que pela quantia recebida.
Como o ChatGPT entrou na aposta
Tammy contou que a ideia de usar a ferramenta de IA surgiu por curiosidade.
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Ela pediu ao ChatGPT que gerasse uma combinação aleatória de números para jogar na Powerball, sem acreditar realmente que aquilo pudesse influenciar o resultado.
No entanto, os mesmos números apareceram entre os sorteados na edição de 6 de setembro.
“Pedi ao ChatGPT um conjunto de números da Powerball, e foram esses os números que joguei no meu bilhete”, afirmou Carvey.
Ao conferir o resultado em sua conta da Loteria de Michigan, ela percebeu que havia ativado o Power Play por engano e, por isso, o prêmio havia dobrado.
“Meu marido e eu ficamos em total descrença”, disse.
Casos semelhantes e a curiosa tendência
O caso de Tammy não é isolado. Em setembro, Carrie Edwards, da Virgínia, também relatou ter usado o ChatGPT para gerar números vencedores, levando para casa US$ 150 mil.
Esses episódios mostram um padrão curioso: apostadores estão recorrendo à inteligência artificial como parte do ritual de sorte, mesmo sabendo que não existe relação entre algoritmos de linguagem e resultados aleatórios.
Especialistas destacam que o ChatGPT não prevê padrões numéricos nem manipula sorteios.
O que ocorre é um fenômeno de “efeito de coincidência reforçada”, no qual a aleatoriedade natural da loteria é interpretada como resultado de uma escolha racional.
A posição da Loteria de Michigan e o papel real da IA
Em comunicado, a Loteria de Michigan confirmou o prêmio e destacou que os resultados da Powerball continuam sendo totalmente aleatórios.
A entidade também lembrou que a inteligência artificial é usada no setor apenas para melhorar a segurança, detectar fraudes e monitorar sistemas, não para gerar combinações vencedoras.
A tecnologia, portanto, atua na administração dos jogos, não na previsão dos resultados.
Ainda assim, o episódio levanta discussões sobre o uso crescente de IA em atividades antes associadas ao acaso um exemplo do quanto as ferramentas digitais estão sendo integradas à vida cotidiana, até mesmo em contextos imprevisíveis.
A linha tênue entre sorte e tecnologia
O caso reacende uma questão antiga: a fronteira entre estatística e sorte.
Embora a aposta de Tammy Carvey tenha sido bem-sucedida, matemáticos lembram que as chances de vencer a Powerball continuam em torno de uma em 292 milhões.
Ou seja, o uso de IA não altera a probabilidade matemática mas reforça o fascínio humano pela ideia de controlar o imprevisível.
A própria Tammy reconheceu que pretende continuar jogando, mas com os pés no chão.
“Não acredito que a IA tenha poder sobre o acaso, mas é divertido imaginar que ela pode dar sorte”, brincou.
A vitória de R$ 540 mil na loteria reacendeu o debate sobre como as pessoas usam a tecnologia em situações de pura aleatoriedade.
A aposta feita com ajuda do ChatGPT mostra mais sobre a relação humana com a esperança e a inovação do que sobre qualquer capacidade real de prever o futuro.
E você? Acredita que a tecnologia pode mesmo influenciar a sorte, ou vê casos como esse apenas como coincidências felizes? Deixe sua opinião nos comentários e conte se já usou a inteligência artificial em algo inusitado do dia a dia.


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