Uma idosa francesa de 90 anos descobriu que o pequeno quadro pendurado sobre seu fogão era uma obra rara do gênio medieval italiano Cimabue, avaliada em mais de R$ 100 milhões e hoje parte do acervo do Museu do Louvre.
Uma senhora de 90 anos, moradora da cidade de Compiègne, no norte da França, vivia há décadas com uma verdadeira relíquia pendurada na cozinha sem saber. O pequeno quadro de 25 por 20 centímetros, posicionado acima do fogão, foi identificado como uma obra autêntica de Cimabue, mestre florentino considerado um dos fundadores da pintura ocidental e gênio medieval italiano do século XIII.
De acordo com o portal da G1, a descoberta, feita durante uma avaliação de rotina da casa em 2019, levou à venda da obra por 24 milhões de euros mais de R$ 100 milhões na cotação da época e transformou o caso em um dos achados artísticos mais valiosos do século. O painel, intitulado “O Cristo Zombado”, havia sido tratado como uma simples peça decorativa por décadas.
Uma obra-prima escondida em uma cozinha comum
A pintura foi encontrada por acaso quando a família da idosa decidiu vender a casa. Leiloeiros locais quase descartaram o quadro, acreditando se tratar de uma reprodução sem valor.
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No entanto, o especialista em arte Éric Turquin foi chamado para avaliar a peça e identificou imediatamente características típicas de Cimabue, um dos artistas mais influentes da transição entre o estilo bizantino e o renascimento italiano.
Realizada com têmpera sobre madeira de álamo, a pintura retrata a zombaria de Cristo por uma multidão.
Testes com luz infravermelha revelaram traços e proporções idênticas às de outras obras conhecidas de Cimabue, confirmando sua autenticidade.
O painel fazia parte de um conjunto maior, um díptico composto por oito cenas da Paixão de Cristo, pintado por volta de 1280.
Conexão com outras obras do mestre italiano
“O Cristo Zombado” tem irmãs conhecidas: as cenas “A Virgem com o Menino Entronizada e Quatro Anjos”, exposta na National Gallery, em Londres, e “A Flagelação de Cristo”, na Frick Collection, em Nova York.
A comparação técnica entre essas peças e a pintura descoberta na França foi fundamental para atestar que o painel fazia parte do mesmo conjunto.
A descoberta reforçou a importância de Cimabue como o artista que rompeu com a rigidez bizantina e inaugurou uma nova linguagem visual, mais humana e tridimensional, abrindo caminho para nomes como Giotto, seu aluno, e mais tarde para os mestres do Renascimento.
Do fogão ao Louvre: o leilão e o reconhecimento histórico
A casa de leilões Senlis colocou a pintura à venda em outubro de 2019, com estimativa inicial de 4 a 6 milhões de euros.
O valor, porém, ultrapassou todas as expectativas: foi arrematada por 24 milhões de euros, um recorde mundial para uma obra do período pré-renascentista.
Após a venda, o governo francês declarou o quadro um Tesouro Nacional, bloqueando sua exportação por 30 meses.
Essa decisão deu tempo para que o Museu do Louvre reunisse recursos e formalizasse a compra em 2023, integrando oficialmente o “Cristo Zombado” ao acervo da instituição. O museu planeja uma grande exposição em 2025 para celebrar a chegada da obra.
O legado e o impacto da descoberta
A idosa faleceu pouco depois do leilão, deixando a herança para três filhos, que enfrentaram longas negociações fiscais para regularizar a venda.
A história do quadro mobilizou a comunidade artística mundial, tanto pelo valor histórico quanto pela simbologia: um tesouro esquecido em uma cozinha simples, preservado por acaso durante séculos.
A descoberta também reacendeu o interesse por Cimabue, cuja obra é extremamente rara.
Apenas cerca de 15 pinturas são conhecidas no mundo, e cada uma delas é considerada um marco na evolução da arte europeia.
O episódio reforça o valor do olhar técnico e do acaso um lembrete de que o passado ainda pode surpreender mesmo nos lugares mais improváveis.
A história da idosa francesa que viveu com uma pintura de Cimabue sobre o fogão é um símbolo de como o gênio medieval italiano segue influenciando o presente tanto pela arte quanto pela forma como desperta a imaginação de quem a redescobre.
Uma obra esquecida em uma cozinha tornou-se parte do patrimônio artístico mundial, reforçando a força atemporal da criação humana.
E você, acredita que ainda há tesouros escondidos em casas comuns pelo mundo? O que faria se descobrisse uma obra multimilionária em sua parede? Compartilhe sua opinião nos comentários histórias como essa mostram que a arte pode estar mais perto do que imaginamos.
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