Mudanças no FGTS entram em vigor e alteram o saque-aniversário no Brasil. Confira regras, prazos e impactos para o seu bolso.
Mudanças do FGTS entram em vigor: o que muda, quem é afetado e quando começa
O governo federal coloca em prática, a partir deste sábado (1º de novembro), importantes mudanças no FGTS que alteram diretamente o funcionamento do saque-aniversário no Brasil.
A revisão da modalidade, que afeta milhões de trabalhadores, define um limite de antecipações, exige espera mínima de 90 dias para a primeira operação e impõe novas regras para valores liberados.
As mudanças foram aprovadas pelo Conselho Curador e passam a valer imediatamente, com impacto direto na Economia e no acesso aos recursos do Fundo.
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Segundo o Ministério do Trabalho, a nova política busca devolver poder financeiro aos trabalhadores e fortalecer o Fundo como instrumento de proteção ao emprego. O governo estima redirecionar R$ 84,6 bilhões que hoje ficam com bancos diretamente para a população até 2030, garantindo que o dinheiro volte a movimentar o consumo e a renda no Brasil.
Governo mira recuperação do FGTS e critica saque-aniversário
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defende as mudanças e critica a estrutura atual do saque-aniversário.
De acordo com ele, o modelo criado em 2019 prejudica o trabalhador ao restringir o saque total em casos de demissão e ao transformar o FGTS em uma linha de crédito para instituições financeiras. Ele chamou a modalidade de “armadilha” e alertou sobre perdas acumuladas pelos trabalhadores.
“Hoje já temos 13 milhões de trabalhadores com valores bloqueados, somando R$ 6,5 bilhões”, disse.
Assim, o governo sinaliza que pretende preservar o FGTS como poupança social e instrumento de investimento estratégico no país, garantindo estabilidade financeira e fortalecendo cadeias produtivas essenciais na Economia do Brasil.
FGTS e o impacto econômico: bilhões voltam ao trabalhador
Entre 2020 e 2025, operações de antecipação do FGTS movimentaram R$ 236 bilhões, o que demonstra o tamanho da demanda por crédito entre os trabalhadores. Atualmente, o Fundo registra 42 milhões de contas ativas, com 21,5 milhões de brasileiros aderindo ao saque-aniversário — mais da metade da base.
Com as novas regras, o governo quer reduzir o endividamento vinculado ao Fundo, evitar bloqueios prolongados e ampliar a circulação de recursos diretamente para o cidadão, que poderá usar o dinheiro de forma mais estratégica.
Como vai funcionar o novo saque-aniversário do FGTS
As mudanças do saque-aniversário incluem limites de antecipação, prazo de carência e controle de operações. Confira as novas regras a partir de hoje:
Principais mudanças do saque-aniversário
- Prazo mínimo de 90 dias para realizar a primeira antecipação
- Antecipação limitada a até cinco anos; redução para três anos a partir de novembro de 2026
- Parcela mínima anual antecipada: R$ 100
- Parcela máxima antecipada: R$ 500
- Apenas uma operação por trabalhador
O que muda para o trabalhador a partir de agora
Com a reformulação, o trabalhador terá mais controle sobre o saldo e enfrentará menos risco de bloqueios longos.
Porém, quem contava com antecipações maiores e sucessivas pode sentir impacto imediato. Ainda assim, a promessa do governo é clara: mais dinheiro no bolso do brasileiro, menos dependência de crédito e melhor circulação na Economia do Brasil.
Saque-aniversário pode continuar, mas com ajuste e foco social
Mesmo com maior rigidez, o saque-aniversário não será extinto neste primeiro momento. Contudo, especialistas já avaliam que o país caminha para um modelo híbrido mais sustentável e protetivo para o trabalhador.
Assim, com mais recursos liberados e menos travas financeiras, o governo aposta que o FGTS volta a cumprir seu propósito: proteger o trabalhador e apoiar o desenvolvimento nacional.



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