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Uma motorista de Brasília recebeu multa de quase R$ 3 mil por dirigir bêbada… em outro estado! A infração foi registrada em Minas Gerais, onde ela nunca esteve na data. Se pagar, perde a CNH por um ano. Ela luta para provar inocência enquanto órgãos públicos trocam a responsabilidade. Um escândalo absurdo!
Brasiliense afirma que nunca saiu do DF na data da infração e agora precisa provar que não cometeu crime de trânsito em Minas Gerais
Uma fisioterapeuta do Distrito Federal se viu no centro de um verdadeiro pesadelo burocrático após receber uma multa gravíssima de trânsito registrada em outro estado — sem sequer ter saído de Brasília.
A penalidade, de R$ 2.934,70, foi aplicada por suposta recusa ao teste do bafômetro na capital mineira, Belo Horizonte, em fevereiro deste ano, mesmo com a motorista afirmando que estava a quilômetros dali no mesmo momento.
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O caso, que levanta suspeitas sobre erro de sistema ou possível clonagem de placa, gerou revolta nas redes sociais e levanta uma série de dúvidas sobre a segurança e confiabilidade dos registros de infrações no país.
Multa por embriaguez sem sair de casa
A motorista em questão é Patrícia Rodrigues, uma fisioterapeuta que vive em Brasília.
Conforme explicou em entrevista à TV Globo, ela ficou surpresa ao descobrir que havia sido multada por se recusar a fazer o teste do bafômetro em uma blitz realizada em Belo Horizonte, a mais de 700 quilômetros de distância de onde ela se encontrava no dia da suposta infração.
“Se eu pagar a multa, vou estar assumindo uma infração que não cometi. Perco minha carteira de motorista, fico um ano sem dirigir e ainda tenho que tirar tudo de novo, como se fosse uma nova habilitação”, desabafou Patrícia, visivelmente abalada com a situação.
A penalidade, além de financeira, traz punições administrativas severas: a suspensão imediata do direito de dirigir por 12 meses e a necessidade de refazer todo o processo de obtenção da carteira de motorista após o período.
Dificuldades para contestar
Mesmo ciente do erro, Patrícia relatou que não conseguiu registrar sua contestação através do aplicativo da Carteira Nacional de Habilitação (CNH Digital), que deveria facilitar esse tipo de procedimento.
Buscando ajuda, a motorista entrou em contato com o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), onde seu veículo está registrado.
No entanto, a resposta recebida foi desanimadora: o órgão informou que nada poderia fazer, já que a multa havia sido aplicada por um departamento de outro estado.
Segundo o Detran-DF, como a autuação ocorreu em Minas Gerais, o único caminho seria resolver a situação diretamente com o Detran-MG, responsável pelo auto de infração.
O que diz o Detran de Minas Gerais
Em nota enviada à imprensa, o Departamento de Trânsito de Minas Gerais confirmou a existência da autuação e esclareceu que a motorista tem até o dia 28 de abril de 2025 para apresentar um recurso oficial.
O procedimento deve ser feito por meio do site institucional do órgão.
“Durante a análise da defesa, será averiguado se houve erro no lançamento do auto de infração de trânsito”, informou a Coordenadoria Estadual de Gestão de Trânsito (CET-MG).
Ainda conforme o Detran-MG, não há, até o momento, qualquer indício formal de que a placa do veículo de Patrícia tenha sido clonada, o que torna o caso ainda mais nebuloso.
Clonagem de placas é realidade no Brasil
Embora o Detran-MG ainda não tenha identificado clonagem, esse tipo de crime é mais comum do que se imagina nas grandes cidades brasileiras.
Dados recentes da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) indicam que milhares de motoristas são vítimas de placas clonadas todos os anos, o que resulta em multas indevidas, apreensões e até envolvimento em investigações criminais.
Criminosos costumam usar placas falsas em veículos com as mesmas características de outros carros legalizados, dificultando a identificação imediata pelas autoridades.
As vítimas geralmente só descobrem o golpe após o recebimento de multas ou notificações judiciais.
Impunidade e transtornos
Para Patrícia, o mais preocupante é que, mesmo com provas de que estava no DF no dia da infração, ela precisa correr contra o tempo para evitar a penalidade automática da suspensão da carteira.
“É um sentimento de impotência. A gente é honesto, cumpre com as leis, e de repente se vê ameaçado por um erro que não cometeu”, declarou.
Especialistas alertam que, nesses casos, é essencial reunir provas documentais como recibos de compras, comprovantes de presença no trabalho ou imagens de câmeras de segurança, que possam comprovar o local onde o motorista estava no momento da suposta infração.
Como agir em caso semelhante da motorista
Motoristas que se veem em situação parecida devem seguir alguns passos para se proteger:
- Registrar boletim de ocorrência;
- Entrar com defesa prévia no Detran responsável pela autuação;
- Reunir provas que demonstrem a impossibilidade de ter cometido a infração;
- Solicitar uma vistoria para verificar possíveis indícios de clonagem.
Além disso, é recomendável procurar apoio jurídico para garantir que todos os direitos sejam respeitados.
Solução da multa ainda está longe
Até o momento, Patrícia ainda aguarda o andamento da análise do recurso, mas teme sofrer as consequências administrativas caso a resposta não venha a tempo.
O caso levanta discussões sobre a necessidade de modernização dos sistemas de fiscalização e maior integração entre os órgãos estaduais de trânsito, para evitar injustiças e facilitar a defesa de motoristas inocentes.
Casos como esse revelam falhas graves na administração pública, que podem afetar a vida de qualquer cidadão.
Você já passou por uma situação semelhante?
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