Descubra quais são os três motores com mais reclamações no Brasil, porque eles falham com frequência e o que isso significa para quem pretende comprar um carro agora.
No Brasil, três conjuntos motrizes figuram como os motores com mais reclamações no mercado, segundo levantamento de oficinas independentes, registros no Procon e relatos de proprietários.
O estudo apontou que o caso ocorre entre 2015 e 2025, em diferentes modelos comercializados em todo o País, em razão de consumo excessivo de óleo, superaquecimento e falhas recorrentes.
Esse cenário preocupa quem pretende adquirir ou manter um carro hoje, pois pode significar despesas elevadas e baixa valorização futura.
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Por que estes motores estão entre os motores com mais reclamações
Primeiramente, os motores com mais reclamações alcançaram este status por combinar tecnologia moderna e promessas de eficiência que não se concretizaram completamente.
Por exemplo, o propulsor 1.0 TSI da Volkswagen chegou em 2015 com grande expectativa de desempenho e economia, mas apresentou “consumo excessivo de óleo, falhas em bobinas de ignição e bicos injetores” segundo o levantamento.
Além disso, o segundo fator é a adoção de tecnologias mais avançadas – como turbo, sobrealimentação ou correntes de comando mais complexas – que exigem manutenção diferenciada.
Porém, essas exigências nem sempre foram explicadas claramente ao comprador ou suportadas por rede de peças e assistência adequada.
Por fim, uma terceira razão: a cultura de compra de usados ou seminovos no Brasil ainda valoriza mais o preço baixo do que a confiabilidade do motor, o que faz com que veículos com motores problemáticos permaneçam em circulação mesmo após evidências de falhas.
Quais são os três motores com mais reclamações
1. Volkswagen 1.0 TSI
Chegando ao Brasil em 2015, esse motor aparece em modelos como Up! TSI, Polo, Virtus, T-Cross e Nivus.
Embora oferecesse até 128 cv e 20,4 kgfm de torque, o motor acumulou reclamações de consumo elevado de óleo e problemas em bobinas e bicos injetores.
Portanto, embora fosse tecnicamente promissor, tornou-se um dos grandes exemplos de motores com mais reclamações.
2. Fiat 1.3 Firefly
Lançado em 2017 para equipar modelos da Fiat como Argo, Cronos e Strada, o motor foi projetado para substituir a antiga família Fire com mais eficiência.
Contudo, relatos de vibração acima do normal, consumo irregular de óleo e até quebras na corrente de comando colocaram o propulsor entre os motores com mais reclamações.
No cenário de usados e seminovos, isso significa atenção redobrada na manutenção e histórico do veículo.
3. Ford 1.5 Dragon
Este motor da Ford, utilizado em modelos como Ka, Ka Sedan e EcoSport entre 2017 e 2021, aparece como terceiro entre os motores com mais reclamações.
As queixas principais: superaquecimento, queima de junta do cabeçote e consumo excessivo de óleo.
Embora menos citado que os dois primeiros, ele reforça a tendência de que motores com foco em eficiência e cilindradas reduzidas podem apresentar desafios inesperados.
O que isso significa para quem vai comprar ou já comprou
Ao observar que os motores com mais reclamações são modelos de famílias relativamente recentes e tecnológicos, fica claro que as conversas com o vendedor ou revenda não podem se limitar ao preço ou ao visual do carro.
É fundamental exigir registros de manutenção preventiva, histórico completo de revisão e, se possível, relatórios de consumo de óleo e funcionamento do motor.
Além disso, vale considerar a eventual desvalorização: um veículo equipado com um desses motores pode enfrentar dificuldade de revenda ou aceite de financiamento.
Para quem já possui um desses, atenção às mensagens de advertência do veículo, verificações periódicas de óleo e desempenho, além de buscar um bom profissional de confiança. Isso pode evitar surpresas desagradáveis mais à frente.
Como o mercado e o consumidor podem reagir
Para reduzir o impacto dos motores com mais reclamações, algumas ações se desenham como prioritárias.
Em primeiro lugar, as montadoras precisam reforçar a transparência sobre as características desses motores, divulgando de forma clara requisitos de manutenção, consumo de óleo e recomendações de uso.
Em segundo lugar, consumidores e revendas devem dar mais valor ao histórico de motores — não apenas “quilometragem e estética”, mas componentes internos, documentação de revisões e inspeção.
Por outro lado, o mercado de usados e seminovos deve iniciar a inclusão de ferramentas que indiquem o tipo de motor e sua reputação, permitindo ao comprador comparar não só marca/modelo, mas “família de motor” e “histórico de reclamações”.
Isso ajuda a evitar que modelos com motores problemáticos se tornem armadilhas no pós-compra.
Em resumo, os três propulsores apontados como os motores com mais reclamações — Volkswagen 1.0 TSI, Fiat 1.3 Firefly e Ford 1.5 Dragon — demonstram que tecnologia e eficiência sozinhas não garantem confiabilidade.
Para quem vai comprar ou já comprou um carro, essa realidade é um alerta: procure investigar além do rótulo.
E, para o mercado brasileiro, este levantamento reforça que a credibilidade, manutenção e comunicação eficaz são essenciais para evitar que motores promissores virem fontes de frustração.
Enquanto isso, atenção redobrada e informação são os melhores aliados de quem circula com um desses motores ou pretende fazê-lo.
Fonte: Xataka



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