Alfa Romeo protege o design do SUV Junior no Brasil após duas décadas longe do mercado nacional, em movimento que sinaliza possível retorno da marca e aproxima o modelo de rivais elétricos e híbridos no segmento premium.
A Alfa Romeo registrou no INPI imagens do Junior, SUV compacto apresentado na Europa em 2024.
O movimento ocorre quase duas décadas após a saída oficial da marca do mercado brasileiro, em 2006, e preserva os direitos de desenho do modelo no país.
O depósito não confirma venda local, porém indica interesse em manter a novidade protegida caso a fabricante avance com planos comerciais.
-
Fim da obrigatoriedade das autoescolas pode não sair do papel: deputado tenta barrar mudança — “um crime contra a segurança no trânsito”
-
Novo Aeroporto de R$ 1,3 bi construído pela China no deserto do Paquistão não tem passageiros, só um voo por semana e parece mais base militarizada que polo econômico ou turístico
-
Seu carro, sua casa e sua CNH estão em risco? A verdade sobre as dívidas nos bancos
-
A Fórmula do Milhão: Poupança, CDB, CDI e o Rendimento Líquido de R$ 40 Milhões da Mega-Sena
Na Europa, o Junior atua no mesmo território de SUVs compactos premium.
Disputa espaço com Volvo EX30, DS 3 e Audi Q2, além de enfrentar modelos equivalentes de marcas como BYD e Toyota.
A proposta combina porte urbano, pacote tecnológico atual e oferta de propulsão eletrificada.
Registro no INPI e significado para o mercado brasileiro
O pedido de registro garante exclusividade sobre o design do carro no Brasil.
Em geral, montadoras adotam esse expediente para evitar cópias e para abrir caminho a eventuais lançamentos.
Não há anúncio de importação ou produção nacional, mas a proteção intelectual antecipa cenários possíveis e mantém a estratégia da marca em aberto.
A marca se manteve ausente do país desde meados de 2006.
Ainda assim, acompanha movimentos de seus parceiros dentro do grupo Stellantis e, quando julga necessário, atualiza seus registros.
O Junior é o capítulo mais recente desse acompanhamento.
Plataforma CMP e parentesco com Jeep e Fiat
Construído sobre a plataforma CMP da Stellantis, o Junior compartilha arquitetura com produtos já conhecidos do grupo.
Há parentesco técnico com Jeep Avenger e Fiat 600, o que ajuda a explicar dimensões, soluções de engenharia e a variedade de motores disponíveis.
Essa base modular permite que o SUV nasça preparado para eletrificação em diferentes níveis.
Ao mesmo tempo, viabiliza produção compartilhada com maior escala industrial e ganhos de custo.
Motorização híbrida e elétrica
O portfólio europeu oferece duas famílias de motorização.
Na linha eletrificada com combustão, o Junior adota um 1.2 turbo em ciclo de maior eficiência, combinado a um sistema híbrido-leve de 48 volts que entrega assistência elétrica de 21 kW.
A potência combinada declarada é de 136 cv, sempre com câmbio automatizado de dupla embreagem e seis marchas.
Para quem busca opção totalmente elétrica, o modelo traz dois níveis de potência.
A configuração de entrada entrega 156 cv, enquanto a mais forte chega a 240 cv.
Em ambos os casos, a bateria tem 54 kWh de capacidade nominal, solução já utilizada em outros veículos da plataforma.
Autonomia e tempo de recarga
Com o conjunto elétrico de 156 cv, a Alfa Romeo informa 410 km de autonomia no ciclo padrão europeu WLTP.
Em uso urbano, onde a regeneração é mais intensa e as velocidades são mais baixas, a marca divulga até 590 km.
Em infraestrutura adequada, a recarga rápida em corrente contínua de 100 kW eleva o estado de carga de 10% a 80% em menos de 30 minutos, segundo a fabricante.
Esses números posicionam o Junior em linha com as propostas mais recentes do segmento.
A gestão térmica da bateria e o software de carregamento seguem calibragens da Stellantis já aplicadas a outros modelos da mesma base.
Rivais diretos e posicionamento no mercado
O Junior completa a ofensiva de SUVs da Alfa Romeo ao lado de Tonale e Stelvio.
O foco é o consumidor que migra de hatchbacks e sedãs compactos premium para utilitários esportivos urbanos, com expectativa de melhor posição de dirigir e conectividade mais avançada.
No cenário competitivo, o alvo inclui rivais compactos de proposta elétrica ou híbrida.
Além dos já citados Volvo EX30, DS 3 e Audi Q2, o escopo de concorrência abrange utilitários de marcas populares que oferecem soluções eletrificadas, como os SUVs de BYD e Toyota.
O resultado é uma disputa direta por clientes que valorizam design, eficiência e pacote de segurança ativo.
Nome, fábrica e bastidores da produção
O projeto estreou com o nome Milano e, poucos dias depois, foi rebatizado para Junior após contestação do governo italiano.
À época, o Ministério da Indústria apontou que uma denominação associada à cidade de Milão não deveria identificar um carro produzido fora da Itália.
Para contornar a polêmica e encerrar o impasse, a empresa adotou o novo batismo.
A fabricação ocorre na planta de Tychy, na Polônia, que também monta veículos da Stellantis de proposta semelhante.
A localização compartilha linhas com produtos como Fiat 600 e o próprio Jeep Avenger, o que simplifica a logística de componentes e reduz prazos de industrialização.
Panorama da Alfa Romeo no mundo
O apelo por SUVs tem sustentado a estratégia global recente da Alfa Romeo.
A marca vem concentrando investimentos em utilitários esportivos como forma de recuperar escala.
Em 2024, a empresa divulgou 62 mil unidades vendidas no mundo, desempenho abaixo da meta anual informada de 90 mil carros.
O Junior, portanto, assume papel relevante no plano de crescimento.
Ainda que o registro no Brasil não seja sinônimo de lançamento, ele deixa a porta aberta para diferentes rotas comerciais.
Caso a companhia avance, a sinergia com Jeep e Fiat tende a facilitar serviços, treinamento e cadeia de suprimentos, pontos sensíveis para marcas que retomam presença no país após longo hiato.
Resta saber qual estratégia a Alfa Romeo adotará para um eventual retorno: priorizará versões elétricas para disputar espaço com SUVs de marcas já consolidadas no segmento ou trará o híbrido 1.2 para testar apetite do público por opções mais acessíveis em preço e autonomia?
HÍBRIDO LEVE é fria, nem deveria existir, tem que ser híbrido pleno como os Toyota ou híbrido plug-in daí sim vale a pena.
Se vier com preço competitivo vai atrair muitos compradores que gostam de novidades…
Híbrido com 590km de autonomia??? Já nasce morto!!!!
‘Híbrido leve’ é o jeito bonito de dizer híbrido fake…
Que nem vc, já nasceu morto 😂 😂