Montadora francesa que já enfrentou anos de piadas, críticas e desconfiança dos brasileiros agora surpreende com um reposicionamento ousado, nova tecnologia e vendas em alta, conquistando espaço e se tornando uma das marcas automotivas mais promissoras no país.
Durante muitos anos, a Peugeot foi alvo de piadas e críticas entre os brasileiros.
A marca francesa era vista com desconfiança, marcada por carros que enfrentavam dificuldades de manutenção, desvalorização acelerada e uma fama injusta — ou não — de serem verdadeiras “bombas” sobre rodas.
Mas o tempo passou, a estratégia mudou, e a Peugeot conseguiu dar a volta por cima.
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Hoje, a montadora é uma das marcas que mais crescem no Brasil, conquistando espaço no mercado e no coração dos motoristas.
O passado turbulento: carros com fama ruim e mercado em queda
Na década de 2000 e início dos anos 2010, a Peugeot vivia um cenário complicado no Brasil.
Modelos como o 206, 207 e 307 até apresentavam um visual interessante e boas ideias, mas deixavam a desejar em confiabilidade mecânica e pós-venda.
Peças caras, escassez de oficinas especializadas e uma rede de concessionárias enfraquecida criaram um ambiente hostil para os consumidores — o que gerou uma reputação negativa difícil de reverter.
Na internet, a Peugeot virou meme.
Expressões como “carro francês é furada” ou “Peugeot é bomba” se espalharam nas redes sociais, nos fóruns automotivos e até nas rodas de conversa.
A desvalorização dos modelos da marca era tão acentuada que muitos compradores ficavam presos aos carros, sem conseguir revendê-los por preços justos.
A Peugeot chegou a figurar entre as montadoras com maior índice de insatisfação entre clientes, o que a deixou à beira de um colapso de imagem no Brasil.
A virada: entrada no grupo Stellantis muda o jogo
Tudo começou a mudar em 2021, quando a Peugeot passou a integrar o grupo Stellantis — resultado da fusão entre a francesa PSA (Peugeot-Citroën) e a italo-americana Fiat Chrysler Automobiles (FCA).
Com a criação da Stellantis, uma gigante global com presença em dezenas de países, a Peugeot finalmente encontrou a base sólida que precisava para se reinventar.
A partir daí, os modelos passaram a utilizar plataformas, motores e tecnologias compartilhadas com outras marcas do grupo, como Fiat, Jeep, Citroën e RAM.
Um exemplo claro é o motor 1.0 Turbo de três cilindros, o mesmo presente em modelos da Fiat como Pulse e Fastback.
Essa padronização elevou a confiabilidade dos carros da Peugeot, facilitou a manutenção e aumentou a disponibilidade de peças no mercado.
Além disso, a Peugeot passou a adotar um novo posicionamento de mercado.
Com o lema “a revolução francesa continua”, a marca passou a valorizar o design europeu aliado à modernidade, sem abrir mão da praticidade exigida pelo consumidor brasileiro.
Essa combinação de estética, tecnologia e desempenho — agora com base sólida — foi crucial para reverter sua imagem.
O novo queridinho: Peugeot 208 e a reviravolta nas vendas
O Peugeot 208 é um dos símbolos dessa transformação.
Com visual arrojado, bom acabamento interno e tecnologias embarcadas que surpreendem no segmento, como central multimídia flutuante e painel digital, o hatch virou um sucesso entre jovens motoristas e entusiastas da estética automotiva.
Além do design, a motorização confiável e o consumo eficiente foram pontos decisivos para mudar a percepção do público.
Ao deixar de lado os antigos motores que causavam dor de cabeça nos consumidores e adotar os propulsores do grupo Stellantis, a Peugeot ganhou um novo fôlego.
Em 2023, o crescimento da marca foi expressivo.
De acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a Peugeot teve um aumento superior a 35% nas vendas em relação ao ano anterior, consolidando-se como uma das marcas que mais cresceram proporcionalmente no país.
Expansão da linha: foco em SUV e veículos comerciais
A estratégia da Peugeot também se expandiu para além do 208.
A marca passou a investir fortemente no segmento de SUVs e utilitários.
O Peugeot 2008, reestilizado e equipado com motor turbo da Stellantis, também ganhou nova vida e agradou por entregar desempenho com preço competitivo.
Já o lançamento do novo 3008, com visual futurista e interior tecnológico, mostrou que a montadora quer também disputar com marcas premium.
Outro trunfo da marca é a linha de veículos comerciais, com destaque para o Peugeot Partner Rapid — basicamente um Fiat Fiorino com logotipo francês — e o Boxer, que têm sido adotados por empresas e empreendedores que buscam economia e robustez.
Essa diversificação mostra que a Peugeot está cada vez mais sintonizada com o mercado brasileiro, oferecendo opções para diferentes perfis de consumidores.
Assistência técnica, pós-venda e reposição de peças: um novo capítulo
Um dos pilares da má fama da Peugeot no passado era a dificuldade no pós-venda.
Hoje, com o suporte da Stellantis, a rede de concessionárias foi expandida, o atendimento modernizado e os preços de manutenção foram revisados para ficarem mais competitivos.
Além disso, com a maior padronização de peças entre as marcas do grupo, ficou mais fácil e barato consertar um Peugeot.
Isso se refletiu diretamente no índice de satisfação dos clientes, que vem crescendo segundo pesquisas de mercado.
O programa “Peugeot Total Care Pro”, por exemplo, oferece garantias estendidas, revisões com preços fixos e serviços com prazos rigorosos, o que transmite mais confiança ao consumidor.
De piada a promessa: o futuro da marca no Brasil
A história da Peugeot no Brasil mostra como uma marca pode mudar de imagem com planejamento, investimento e foco no consumidor.
O que antes era sinônimo de dor de cabeça e desvalorização virou referência em design, inovação e custo-benefício.
Se antes os brasileiros torciam o nariz ao ver um leão na grade do carro, hoje há filas de espera por alguns modelos da montadora. A Peugeot já não é mais chacota — é tendência.
E com novos lançamentos previstos para os próximos anos, incluindo modelos elétricos e híbridos, tudo indica que o “renascimento” da marca está apenas começando.
Para especialistas, a Peugeot prova que, mesmo após anos de descrédito, é possível dar a volta por cima e reconquistar o consumidor brasileiro.
E você, ainda vê a Peugeot com os olhos do passado ou já está pronto para dar uma chance à nova queridinha dos brasileiros?
Considerando o desempenho desses veiculos Peugeot nos crash tests, eu ainda chamo de bomba
Tenho 3008 griffe pack, meu carro possui 50 mil km, manutenções na concessionária da marca, sou extremamente cuidadoso com carro, mesmo assim, pra minha surpresa o carro aparentou problema na caixa de direção elétrica, com custo de manutenção superior a 15 mil reais, após esse problema descobri que existem inúmeras reclamações desse veículo com o mesmo problema!!! Entrei em contato com a marca solicitando a troca do item fora da garantia devido ao desgaste prematuro da peca e as inúmeras reclamações de clientes a respeito desse problema. No entanto a montadora recusou-se a realizar a troca , mesmo com todo o explicado, simplesmente por conta do carro estar fora da garantia. Se o 3008 que é um topo de gama da montadora tem uma caixa de direção com a durabilidade inferior a 50 mil km, coisa que qualquer outro veículo de outra montadora esse item tem durabilidade superior a 150 mil km, como fica a linha mais popular da marca… Será que tem confiabilidade???
No meu entendimento faltou bom senso e credibilidade da montadora em assumir que o produto possui uma falha.
É preciso melhorar ainda muito pra ter um pós vendas de qualidade que ofereça confiança e tranquilidade ao cliente.
Faz 20 anos que tenho Peugeot e não me arrependo 🇫🇷