O Oeste do Paraná foi palco de um encontro que destacou a mobilização contra raiva em herbívoros no Paraná, reunindo produtores, gestores e técnicos da Adapar
A mobilização contra raiva em herbívoros no Paraná foi o eixo central de um evento realizado na sede da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), em Cascavel, no último dia 2 de outubro, segundo uma matéria publicada.
Reunindo gestores públicos, lideranças estaduais, produtores rurais e técnicos especializados, a ação destacou o papel da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) na conscientização e no enfrentamento da doença, que ainda preocupa a saúde animal e humana na região.
O encontro reforçou a importância da vacinação, da educação sanitária e do diálogo entre comunidade e órgãos de defesa, especialmente diante do aumento dos focos registrados nos últimos anos.
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Vacinação obrigatória em 30 municípios e impactos na defesa agropecuária
A principal medida anunciada pela Adapar foi a publicação da Portaria nº 368/2025, que tornou obrigatória a vacinação de bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos em 30 municípios do Oeste.
Os produtores terão prazo de seis meses para se adequar à exigência, medida adotada em função da gravidade da situação. Em 2024, o Paraná confirmou 227 focos de raiva, sendo mais da metade nas regiões de Cascavel e Laranjeiras do Sul.
Até setembro de 2025, já haviam sido contabilizados 170 focos em 41 municípios, com 88 casos concentrados apenas no Oeste.
O risco para rebanhos próximos ao Parque Nacional do Iguaçu e a necessidade de atendimento médico para moradores que tiveram contato com animais suspeitos reforçaram a decisão.
A vacinação, de acordo com técnicos da Adapar, é a principal barreira para conter a expansão da doença e reduzir os prejuízos econômicos causados aos produtores.
Educação sanitária preventiva e envolvimento da comunidade no enfrentamento
Além da vacinação, a agência destacou a criação do Adapar Educa a Campo, projeto-piloto lançado no Oeste para aproximar a defesa agropecuária da população.
A proposta envolve ações em escolas, universidades, sindicatos rurais e prefeituras, levando informações claras sobre diagnóstico, prevenção e notificação de casos suspeitos.
Segundo Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, a meta é “sensibilizar os produtores e a sociedade para que compreendam a gravidade da raiva e atuem como aliados no processo de prevenção”.
A iniciativa foi considerada inédita porque rompe com a lógica de apenas publicar portarias e exigir cumprimento, passando a investir em diálogo direto com as comunidades.
Essa estratégia também foi elogiada por representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que reforçaram a importância de equilibrar fiscalização e educação sanitária.
Segundo Cesar Pian, “trata-se de uma transformação, porque a conscientização amplia a efetividade das políticas de defesa”.
Defesa agropecuária participativa e integração de setores no Oeste
O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, destacou durante o evento que a mobilização contra a raiva não pode ser restrita a órgãos governamentais.
Ele defendeu que a sociedade em geral participe da defesa agropecuária, criando uma rede colaborativa que envolva produtores, veterinários, acadêmicos e gestores públicos.
Essa integração foi reforçada por secretários municipais da Agricultura que participaram do encontro. Segundo eles, manter a mobilização contínua é essencial para proteger os rebanhos e evitar novas perdas econômicas.
O envolvimento de diversos setores também se alinha ao conceito de “Saúde Única”, que relaciona a sanidade animal com a saúde humana e ambiental.
Outro destaque da programação foi a apresentação técnica realizada pela chefe da Divisão de Raiva dos Herbívoros, Elzira Pierre, e pelo chefe do Departamento de Laboratórios da Adapar, Rubens Chaguri de Oliveira.
Eles detalharam os mecanismos de transmissão da raiva, os métodos laboratoriais utilizados para diagnóstico e a relevância de notificar rapidamente qualquer suspeita.
Redução dos focos de raiva e fortalecimento da saúde pública no Paraná
A redução dos focos de raiva em herbívoros no Paraná é um dos principais objetivos da mobilização.
Em regiões onde a doença avança, as perdas para o setor agropecuário são significativas, pois animais infectados não têm cura e o vírus representa risco direto à saúde humana.
Transmitida principalmente por morcegos hematófagos, a raiva pode ser fatal em todos os casos sintomáticos.
O trabalho da Adapar busca reduzir essas ocorrências por meio de um tripé: vacinação obrigatória, educação sanitária preventiva e fortalecimento da defesa agropecuária participativa.
Somado a isso, os técnicos reforçaram que casos suspeitos devem ser notificados imediatamente, para que medidas de contenção sejam aplicadas com rapidez.
Segundo dados do evento, mais de 500 produtores e técnicos participaram das atividades ao longo da semana em diferentes municípios.
A expectativa é que, com a adesão massiva à vacinação e a ampliação do programa Adapar Educa a Campo, seja possível diminuir expressivamente os números de focos até o final de 2026, fortalecendo a saúde pública e a economia rural.
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