1. Início
  2. / Economia
  3. / Ministro Fávaro e embaixador da China discutem acordos de cooperação energética no Brasil
Tempo de leitura 3 min de leitura

Ministro Fávaro e embaixador da China discutem acordos de cooperação energética no Brasil

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 24/02/2023 às 14:47
Ministro Fávaro
Ministro Fávaro (Foto/divulgação)

O Ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, se reuniu com o Embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, na quinta-feira (23), para discutir a cooperação agrícola entre os países. A visita ocorreu após o governo brasileiro confirmar o caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) em um animal da região de Marabá, no Pará.

A reunião contou com a presença do ministro Fávaro para prestar esclarecimentos sobre as medidas que estão sendo tomadas pelo governo brasileiro para monitorar o caso da EEB. O embaixador chinês destacou que ficou impressionado com a prontidão do Brasil em aderir ao protocolo sanitário estabelecido entre os países e reforçou a importância da cooperação agrícola.

“O governo brasileiro tem total transparência, determinação e agilidade para cumprir suas obrigações com relação aos nossos parceiros”, disse o ministro Fávaro durante a reunião. Ele também afirmou que é importante manter o fornecimento de produtos de alta qualidade, principalmente para mercados como o chinês – que é um dos principais destinos das exportações brasileiras de carne bovina. 

Após caso de vaca louca no PA, ministro da Agricultura se reúne com embaixador chinês 

Via CNN Brasil Business

Diante do caso de EEB no Pará, as exportações brasileiras para a China estão temporariamente suspensas até que as informações sejam devidamente analisadas pelos governos dos países. Uma amostra foi encaminhada para análise em um laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal, no Canadá, onde poderá ser confirmada a ocorrência atípica da doença. 

Em meio à parceria entre os países, é importante destacar que ambos possuem interesse em promover uma cooperação agrícola saudável, visto que as proteínas brasileiras são muito importantes para os consumidores chineses. Dessa forma, ambos buscam manter as exportações regulares de carne bovina sem comprometer a qualidade dos produtos fornecidos.

O Ministro Fávaro revela possibilidade de reavaliação do auto embargo com a China, dependendo da transparência do caso atual.

O Ministro da Agricultura e da Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que é possível rever o acordo de auto embargo das exportações de carne bovina para a China. Esta decisão foi tomada após a confirmação de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) na quinta-feira (23).

O protocolo sanitário firmado em 2015 entre os dois países prevê a suspensão temporária das exportações da proteína animal em casos como estes. No entanto, algumas entidades do setor criticaram o atual protocolo, pois ele prevê a suspensão mesmo diante da confirmação de atipicidade – quando a doença acontece de forma natural, devido à idade avançada do animal.

Em resposta às críticas,o ministro Fávaro explicou que “foi o protocolo que foi construído e aquilo que era possível no momento para abrir as exportações”. As exportações brasileiras para a China somam cerca de US$ 8 bilhões por ano, correspondendo a 61% das exportações brasileiras.

A amostra do exame que confirmou o EEB foi encaminhada para análise do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em Alberta, Canadá. Caso seja confirmada como uma ocorrência atípica da doença, Fávaro disse que é possível rever o protocolo atual. Para isso, é necessário mostrar transparência e celeridade na comunicação e nas análises dos casos.

O embaixador chinês elogiou a prontidão brasileira em cumprir o protocolo sanitário e disse que esperava promover a cooperação agrícola entre os países, já que as exportações brasileiras são muito importantes para ambos os lados.

O ministro Fávaro sugeriu uma visita dos secretários de Relações Internacionais e Defesa Animal à China para prestar mais informações sobre o caso. Porém, Zhu Qingqiao disse que não era necessário. A data de início das tratativas sobre a revisão do acordo não foi especificada pelo ministro.

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

Compartilhar em aplicativos