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Ministro da Fazenda diz que carne ficará mais barata para e ricos e explica, governo ainda pretende arrecadar R$ 20,9 bilhões ao elevar tributos na MP 1.303/2025

Escrito por Geovane Souza
Publicado em 25/09/2025 às 15:32
Ministro da Fazenda diz que carne ficará mais barata para e ricos e explica, governo pretende arrecadar R$ 20,9 bilhões ao elevar tributos na MP 1.303 2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que “até o rico vai pagar mais barato a carne” por causa da desoneração aprovada na reforma tributária.
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Em audiência na Comissão de Agricultura, ministro disse que a desoneração da carne decidida pelo Congresso reduzirá preços “para qualquer classe social” e pediu aprovação da MP 1.303 para sustentar o orçamento de 2026.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que “até o rico vai pagar mais barato a carne” por causa da desoneração aprovada na reforma tributária do consumo, durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, em 24 de setembro de 2025. A fala reforçou que a redução incidirá para todas as faixas de renda a partir da implementação do novo sistema.

Na mesma sessão, Haddad defendeu a MP 1.303/2025, que eleva a tributação de aplicações financeiras hoje isentas, alegando que a medida é necessária para fechar o orçamento de 2026 sem cortes em emendas e políticas do agro.

A carne foi incluída na cesta básica com alíquota zero durante a regulamentação da reforma aprovada pelo Congresso em 2024. O Senado listou carnes entre os itens isentos, consolidando a decisão que prevaleceu sobre propostas alternativas.

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Antes da definição final, o governo discutiu tributar carnes com alíquota intermediária (40%) e compensar famílias de baixa renda via cashback. O presidente Lula defendia diferenciar “a carne que o povo consome” das “carnes chiques” ao tratar da isenção.

Reforma tributária e carne: o que de fato muda

A CBS e o IBS entram em fase piloto em 2026 e avançam para vigência plena conforme cronograma legal, com a CBS substituindo PIS/Cofins a partir de 2027. A alíquota zero da cesta básica nacional passa a valer dentro desse calendário.

Com a inclusão das carnes na cesta, técnicos estimaram impacto de 0,4 a 0,53 ponto na alíquota-padrão do novo IVA, efeito que foi ponderado no desenho final. Preço ao consumidor dependerá também de custos logísticos, concorrência e oferta, mas a isenção retira carga do produto no varejo.

Haddad argumentou que a decisão do Congresso alcança todas as classes. A fala ocorreu em ambiente de forte debate com o setor ruralista e serve de base para a narrativa de que a reforma simplifica e reduz distorções ao mesmo tempo em que protege alimentos essenciais.

Especialistas do governo lembram que 2026 é ano de transição, com alíquotas-teste sem aumento real de carga e compensação em outros tributos. A migração completa do modelo vai até 2033.

MP 1.303: por que o governo quer elevar impostos

A MP 1.303/2025 altera a tributação de aplicações financeiras e criptoativos. No Congresso, o relator negociou cobrança de até 7,5% sobre LCI e LCA, mantendo isentos CRI, CRA, FII e Fiagro como contrapartida. O texto é tratado como peça-chave do ajuste de 2026.

Estimativas oficiais indicam R$ 20,9 bilhões de ganho de arrecadação em 2026, valor próximo a R$ 21 bilhões citados por membros do governo. A Fazenda sustenta que a medida corrige distorções e evita cortes em emendas, Plano Safra e investimentos.

Documentos do Congresso Nacional registram a tramitação da MP e seu escopo. O prazo final de vigência, após prorrogação, está marcado para 8 de outubro de 2025, o que pressiona a votação em Plenário. Sem aprovação, dispositivos perdem validade.

O Ministério argumenta que parte do benefício de títulos isentos “fica no meio do caminho” nas instituições financeiras, sem chegar integralmente ao produtor rural ou à construção civil, e que há instrumentos mais eficientes para canalizar crédito.

Agro, crédito e preços: onde estão as tensões

Entidades ligadas ao agronegócio afirmam que a MP encarece o crédito e pode reduzir a oferta de recursos para o setor ao onerar LCA e outros instrumentos. Parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária pedem alternativas focadas em corte de gastos.

O governo rebate dizendo que, sem a MP, seria preciso cortar emendas e reduzir o Plano Safra de 2026, o que também “machucaria” o agro. A equipe econômica aposta que ajustes calibrados preservam o financiamento e garantem previsibilidade fiscal.

No curto prazo, preços da carne seguem condicionados por oferta interna, câmbio e exportações. A desoneração definida na reforma tende a aliviar o varejo quando estiver vigente no novo sistema, mas não elimina oscilações cíclicas do mercado.

A discussão no Congresso concentra-se em quem paga a conta do ajuste. Para a Fazenda, investidores de produtos isentos devem contribuir mais. Para o setor, a conta encarece o crédito e pode afetar investimento produtivo.

Próximos passos no Congresso

A Comissão de Agricultura convocou Haddad para esclarecer medidas sobre dívidas no RS e a MP que mexe nas letras de crédito. O tema agora depende de acordo de líderes para ir a Plenário.

Como a MP 1.303 expira em 8 de outubro, a janela de negociação é curta. Paralelamente, a implementação da reforma segue o cronograma: piloto em 2026, CBS plena em 2027 e transição do IBS até 2033.

Se a MP cair, o governo terá de recalibrar o orçamento de 2026. Se for aprovada, a arrecadação extra ajudará a sustentar políticas e investimentos sem reabrir o debate sobre metas fiscais.

Para você, a isenção da carne é política pública eficaz ou cria distorções e eleva a alíquota geral? E a tributação de LCI e LCA corrige privilégios ou encarece o crédito do agro? Deixe seu comentário e explique quem deve pagar a conta do ajuste de 2026.

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newton
newton
25/09/2025 17:16

na verdade ,e na verdade muito impostos ,isto sim que vem acontecendo ,e pior uma inflação muito grande ,deveriam sim diminuir impostos

Geovane Souza

Especialista em criação de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com atuação focada em crescimento orgânico, performance editorial e estratégias de distribuição. No CPG, cobre temas como empregos, economia, vagas home office, cursos e qualificação profissional, tecnologia, entre outros, sempre com linguagem clara e orientação prática para o leitor. Universitário de Sistemas de Informação no IFBA – Campus Vitória da Conquista. Se você tiver alguma dúvida, quiser corrigir uma informação ou sugerir pauta relacionada aos temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: gspublikar@gmail.com. Importante: não recebemos currículos.

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