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Mineração em águas profundas pode ser a nova realidade da indústria mineradora em alguns anos

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 04/11/2020 às 12:58
Mineração - indústria - mineradora
Mineração em águas profundas

A indústria de mineração promete minimizar os danos aos ecossistemas oceânicos junto as mineradoras, os cientistas dizem que não podemos prever sua extensão total – ou como revertê-la.

Quase tudo que usamos depende da indústria de mineração, sejam telefones contêm elementos como alumínio, níquel e lítio, como as mineradoras podem mudar isso? A crescente população humana impõe uma demanda crescente sobre os recursos não renováveis que vêm da crosta terrestre. Os avanços tecnológicos e a busca por fontes renováveis de energia podem agravar a situação.  

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A inserção da indústria mineradora em alto mar imitará as operações em terra, com uma grande ressalva: tudo deve acontecer sob pressões esmagadoras e águas quase congelantes. Além disso, os depósitos em questão (nódulos polimetálicos, sulfetos polimetálicos e crostas ricas em cobalto) ocorrem predominantemente em profundidades entre 400 e 6.000 metros abaixo do nível do mar, proibindo o uso de veículos tripulados.  

Em vez disso, as operações da indústria mineradora serão inteiramente controladas por um navio de apoio na superfície. Cabos de fibra ótica que vão do navio ao fundo do mar por mineradoras irão alimentar e controlar veículos que parecem uma ferramenta de supervilão para dominar o mundo com instrumentos para triturar, raspar e aspirar sedimentos e minério.  

Depois que o minério foi extraído do fundo do mar, uma lama de minerais, sedimentos e água do mar deve ser bombeada mecanicamente de volta para o navio de apoio, onde os metais desejados serão separados do resto da lama. Qualquer água e materiais indesejados – chamados de “rejeitos da indústria” – serão descartados de volta ao oceano.

Minimizando Danos

O ISA parece ter aceitado a inevitabilidade dos danos ambientais da indústria mineradora em alto mar e planeja se concentrar em minimizar os danos e restaurar os ecossistemas após a ocorrência de danos na mineração.

Ao fazer isso, o ISA pode deixar de cumprir sua responsabilidade de proteger os frágeis habitats de profundidade das atividades de mineração prejudiciais.

Cientistas expressaram preocupações sobre as recomendações dentro do plano estratégico mais recente que fornecem apenas diretrizes não vinculativas com pouco respaldo legal para garantir a adesão dos contratantes.

Alguns também encontram falhas na aparente dependência do plano na restauração de habitats danificados após a mineração – esforços que se mostram caros e muitas vezes malsucedidos, mesmo em habitats de águas rasas (como recifes de coral e pântanos salgados) que entendemos muito melhor do que qualquer ecossistema de alto mar.  

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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